Ahold planeia expansão norte-americana

Segundo avança o Planet Retail, a Ahold planeia expandir-se no mercado norte-americano, tanto por crescimento orgânico e aquisições menores. Na apresentação dos resultados referentes ao terceiro trimestre, John Rishton, CEO da Ahold, admitiu aos investidores que esta é a altura certa para a companhia acelerar o crescimento. “Nos últimos três anos tivemos focados no nosso reposicionamento. Agora é tempo de crescer”, admitiu.

O retalhista holandês procura a expansão orgânica através de novos formatos como o conceito de lojas piloto Giant To Go lançadas em Abril passado. O crescimento, contudo, não aparecerá de um dia para o outro, adverte o responsável máximo do retalhista que ainda detém 49% da portuguesa Jerónimo Martins. “Iremos abrir mais algumas lojas de conveniência em 2010, mas expandir um novo formato demora tempo”, disse Rishton.

Quanto a aquisições, o retalhista irá procurar a compra de cadeias de lojas pequenas existentes nos mercados, admitindo Rishton que as grandes aquisições não estão no horizonte do retalhista.

Ao mesmo tempo que anunciava esta estratégia, a Ahold apresentava o novo programa de redução de custos. O retalhista espera reduzir custos em 350 milhões de euros nos próximos três anos, depois de poupar os já planeados 500 milhões até final do actual exercício. A redução de custos provirá da rede de lojas Ahold, cadeia de abastecimento, sede e sourcing.

No final, Rishton admitiu não estar preocupado com os rumores que davam conta da possibilidade da Ahol estar sob uma possível compra por parte da Tesco ou Delhaize. Na verdade, Rishton admitiu mesmo nunca ter falado com a Delhaize sobre uma possível fusão, desmentindo, assim, os rumores que começaram há dois ano quando o CEO da Delhaize, Pierre Olivier Beckers revelou que seria bom se a Ahold colocasse à venda a operação de serviços nos EUA, situação que veio a acontecer no mesmo ano. Rishton, contudo, concluiu: “Desde que entrei na Ahold, em 207, nunca falei com ninguém da Delhaize sobre um possível fusão”.

Em termos de resultados do terceiro trimestre de 2009, a Ahold registou um aumento das vendas de 4,3% face a igual período do ano passado, totalizando 6,040 mil milhões de euros, contra os 5,789 mil milhões de há um ano.

Já no acumulado do ano, as vendas aumentaram 10,8% face aos primeiros nove meses de 2008, totalizando 19,072 mil milhões de euros.

Quanto aos lucros líquidos, o retalhista holandês informa que a subida foi de 22,1% para 238 milhões de euros no trimestre, enquanto no acumulado do ano registou uma descida de 20,8%, para 629 milhões contra os 794 milhões conseguidos em igual período de 2008.

Por insígnia ou região de negócio, a operação dos EUA continua a liderar as vendas da Ahold, tendo facturado 3,542 mil milhões de euros no terceiro trimestre (+5,2%), enquanto no acumulado do ano o valor foi de 12,520 mil milhões de euros (+14%).

Já na Europa, a operação vendeu 2,498 mil milhões de euros (+3,1%), para no acumulado, o crescimento de 6,4% ditar um volume de vendas de 8,604 mil milhões de euros.