Distribuição

Quebra desconhecida no retalho equivale a 1,16% do volume de vendas

Por a 21 de Outubro de 2009 as 2:00

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Na análise à quebra desconhecida no retalho, com dados referentes a 2008, apresentada ontem pela PremiValor Consulting na 2.ª edição do Barómetro Nacional do Furto no Retalho (2009), estima-se que esta se situe em 1,16% do volume de vendas.

O estudo independente da consultora, patrocinado pela Gateway, destaca ainda o facto de o investimento em equipamentos anti-furto ter correspondido, em 2008, a 0,357% do volume de vendas, comparativamente a 2007 com um valor de 0,263%, e que o peso do investimento em equipamentos de segurança foi inferior ao peso da quebra desconhecida nas vendas.

Este facto torna claro que o investimento em soluções de segurança tem vindo a aumentar, dada a crescente consciencialização do sector retalho para a quebra desconhecida.

Na apresentação do barómetro, Telmo Vieira, Managing Partner da PremiValor, ressalvou que a quebra total é constituída por quebra conhecida e desconhecida, revelando que “entre os valores totais de quebra é notório que a evolução recente é a de uma redução do peso da quebra desconhecida no peso da perda total”.

De facto, enquanto em 2007 a quebra desconhecida representava 62,5% da quebra total, em 2009 esse valor diminuiu para 56,5%. Do mesmo modo já em 2006 se havia verificado uma baixa do peso da quebra desconhecida face ao respectivo peso na perda total na ordem dos 3,8%.

Na análise mais concretamente à quebra desconhecida com dados referentes a 2008, e tendo em conta a amostra de empresas respondentes ao estudo, estima-se que esta se situe em 1,16% do volume de vendas, o que, face ao ano 2007 que registou uma percentagem de 1,04% do volume de vendas, representa um aumento de 11,5%, resultando assim num total de 177 milhões de euros.

De acordo com os dados apresentado pela PremiValor, o indicador de quebra desconhecida estimado para o segmento Hipermercado/Supermercado foi de cerca de 1,02%.

Já no segmento Têxtil e Calçado o indicador é substancialmente inferior (0,73%), revelando que esta área do retalho é menos permeável à ocorrência da quebra desconhecida, sendo a Electrónica e Entretenimento o terceiro segmento mais representado.

Aproximadamente 71% destas empresas consideraram que a rendibilidade das respectivas organizações é afectada pelo fenómeno da quebra desconhecida, uma vez que como em diversos outros sectores de actividade da sociedade portuguesa, o sector do retalho considera que as quebras desconhecidas são um problema que afecta directamente o seu negócio.

Em 2008 os clientes foram considerados responsáveis por 55% da quebra desconhecida, no entender dos respondentes, denotando uma ligeira redução face a 2007, enquanto os empregados com 23% e os erros internos 16% encontram-se sequencialmente na lista das principais fontes de quebra desconhecida em Portugal.

Quanto aos principais alvo de furto que o estudo apurou, as categorias de Pequenos Equipamentos Electrónicos e CD/DVD/Jogos são aquelas que o retalho considera serem as mais afectadas pelo fenómeno de “Shrinkage”, sendo indicados como prioritários ao nível de protecção, seguidos pelos Perfumes, Cosméticos, Acessórios de moda e Vestuário.

No que diz respeito à protecção na origem, as bebidas alcoólicas, o calçado, os cosméticos, o vestuário e os tinteiros foram mencionados como os que actualmente são mais protegidos por este sistema. Ainda no campo da protecção na origem, os inquiridos revelaram que os produtos para os quais os retalhistas mais desejavam que fosse aplicado este sistema são os Perfumes, CD/DVD/Jogos, Pilhas e outros Cosméticos.

De referir ainda que de entre os respondentes que comercializam produtos de marca branca é notório que a quebra desconhecida afectou mais os produtos de marca do que os produtos de marca branca.

Por último, o volume de negócios da actividade relativa à Segurança Electrónica em 2008 deverá ter representado cerca de 90 milhões de euros, uma evolução do volume de negócios da actividade de Segurança Electrónica em Portugal se constatarmos que de 2006 para 2008 o volume de negócios deverá ter registado um crescimento de cerca de 8%. A título de exemplo, sistemas como o CCTV representaram uma aposta de 29 milhões de euros, e sistemas anti-furto um valor de 15,750 milhões. Os sistemas CCTV abrangeram aproximadamente 47% dos gastos efectuados pelos respondentes em segurança electrónica, enquanto o investimento em EAS apresentou 43,1%.

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