Distribuição

Lisboa ocupa 30.º lugar no ranking de europeu de retalho

Por a 8 de Julho de 2009 as 2:00

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A Jones Lang LaSalle e a Experian lançaram os “European Retail Centre Rankings 2009”, que, pela primeira vez, reflectem a relação entre o consumo nas cidades europeias e as rendas prime de retalho. Os novos rankings foram traçados para fornecer aos investidores, promotores e retalhistas uma ferramenta essencial na identificação das melhores oportunidades de localização de retalho na Europa. A análise combinada das duas variáveis permite, ao estudar o potencial de uma cidade em termos de retalho, perceber a qualidade do consumo desta e os níveis de retorno que os retalhistas podem obter.Lisboa aparece na 30.ª posição e, de acordo com Manuel Puig, director-geral da Jones Lang LaSalle (Portugal), “esta posição reflecte as dificuldades que os operadores de retalho têm vindo a encontrar para implantar as suas lojas nos principais eixos comerciais da cidade. Com a nova lei do arrendamento e o retorno da apetência dos operadores para se implementarem no down town, antevemos um potencial interessante que fará com Lisboa venha a subir posições neste ranking”.

Londres e Paris, que ocupam a primeira e segunda posições nos rankings em termos de consumo, registam algumas das rendas prime mais elevadas. (ver quadro european-retail-centre-rankings-2009.xls)

Itália, Alemanha e Espanha apresentam duas localizações de retalho cada no top 10, enquanto Moscovo é a única cidade da Europa Central e de Leste a constar nesses 10 primeiros lugares. Roma, no 3.º lugar, supera Milão como a principal localização italiana, “graças à sua importância como destino turístico e à relativa falta de concorrência face à sua oferta comercial de rua”, refere o relatório.

Em ambas as cidades, as rendas para as unidades super-prime podem alcançar níveis equiparáveis com as rendas habitualmente registadas em Paris e Londres, apesar do seu nível médio de rendas ser bastante inferior.

O domínio de Londres no panorama de retalho do Reino Unido é evidente, sendo Glasgow a outra única cidade britânica a constar no top 20. Contrariando a ideia pré-concebida de que o Reino Unido é um mercado ocupacional caro, as localizações afastadas de Londres têm níveis de rendas prime de comércio de rua comparáveis à generalidade das rendas europeias, apesar das rendas do Reino Unido estarem de momento bastante mais baixas do que habitualmente face as outras cidades europeias, devido às flutuações das taxas de câmbio.

Na Alemanha, apesar do consumo ser mais elevado em Berlim, os níveis de renda são bastante mais elevados em Munique e em Frankfurt. Esta realidade reflecte a forte procura de espaços e a elevada qualidade do mix de retalhistas, sendo, por isso, Munique considerada a principal localização de comércio na Alemanha. Do mesmo modo, Dusseldorf classifica-se na 43.ª posição em termos de consumo, mas tem uma oferta de retalho de luxo muito expressiva, com o 13.º nível de rendas na Europa, e regista um consumo per capita em consonância.

Já as localizações da Europa Central e de Leste (ECL) contabilizam apenas cerca de 10% do Top 50, demonstrando que, “apesar do boom registado na promoção nos últimos anos, as zonas de comércio de rua continuam a ter falta de qualidade e de quantidade do stock de retalho face às cidades da Europa Ocidental. As disparidades no consumo per capita são também uma limitação no número restrito de cidades da ECL a constar no top 50. Apesar disso, Praga, Istambul e Budapeste estão bem classificadas, devido à oferta de centros comerciais nas localizações de comércio de rua”, salienta o relatório da Jones Lang LaSalle e a Experian.

Estocolmo (26.ª posição) e Helsínquia (27.ª posição) têm rendas comparativamente mais baixas do que as suas congéneres na Europa Continental, devido, em parte, à procura historicamente mais fraca por parte dos retalhistas internacionais (principalmente por razões de logística), apesar de esta ser uma realidade em mudança.

Fora do top 25, é pouca a diferença entre as diversas localizações classificadas, com Varsóvia (52.ª) e São Petersburgo (65.ª), por exemplo, a terem um consumo na área de influência semelhante à de cidades melhor classificadas como Antuérpia (50.ª) e Bordéus (46.ª). As primeiras estão abaixo do top 50 devido, em parte, à baixa provisão de espaço nas localizações de comércio de rua e à concorrência por parte dos centros comerciais regionais.

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