ANAREC e DECO apelam à realização de estudo sobre combustíveis de marca branca

O Governo garantiu que o combustível vendido em hipermercados obedece a todos os critérios ambientais e químicos previstos na Lei.

Fonte do ministério da Economia disse em declarações à TSF que a qualidade mínima do gasóleo e gasolina comercializados pelos operadores da Moderna Distribuição está garantida.

A polémica instalou-se após as declarações do presidente da Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (ANAREC), à agência Lusa, segundo as quais os combustíveis comercializados por hipermercados são de qualidade inferior.

A mesma associação assegurou à TSF, em resposta à garantia governamental, que não existem estudos sobre esta temática, pelo que exige uma pesquisa para esclarecer as todas dúvidas nesta matéria.

Solicitação essa corroborada pela DECO. A Associação de Defesa dos Consumidores reclama a necessidade de realizar um estudo para acabar de vez com a polémica.

Cabe à Direcção-Geral de Energia e Geologia fiscalizar a qualidade dos combustíveis. A entidade recebe informação sobre o controlo dos combustíveis quatro vezes por ano.

A ANAREC afirma desconhecer qualquer análise e reafirma que os combustíveis dos hipermercados podem ter efeitos nocivos sobre o motor dos automóveis.

A polémica que já deu origem à apresentação de uma queixa crime por parte da APED (Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição) contra o presidente da ANAREC, e a vários spots publicitários quer da Grande Distribuição quer os revendedores tradicionais, parece não ter fim à vista.

Segundo uma sondagem levada a cabo no site do Hipersuper, 57% dos inquiridos afirma que a qualidade dos combustíveis à venda em hipermercados é igual à das grandes companhias petrolíferas. E 41% responde ser inferior (universo de 300 respondentes).