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FENELAC acusa APED de abrir caminho à importação massiva de leite estrangeiro

Por a 21 de Maio de 2009 as 2:00

leite.jpgEm resposta ao comunicado emitido na semana passada pela Associação de Empresas de Distribuição (APED), que denuncia, entre outras situações, a existência em Portugal de “um problema estrutural” na fileira do leite ditado pelo “quase monopólio” da Lactogal, pela “mediocridade dos níveis de serviços patenteados” e défice de “transparência, concorrencialidade e equilíbrio negocial a montante da cadeia de valor”, factores que obrigam ao “maior recurso ao mercado internacional do leite”, a resposta da FENELAC (Federação Nacional das Cooperativas de Produtores de Leite) não se fez tardar.

O comunicado da APED tem como objectivo “abrir as portas à importação massiva de leite estrangeiro e a uma baixa generalizada dos preços de leite que se alastrou a toda a distribuição”, defende a federação em comunicado.

“Um litro de leite está a ser vendido mais barato que um litro de água. Os preços que estão a ser praticados só são possíveis por se tratar de excedentes de produção que, sendo sobras nesses países [Polónia, Alemanha, França e Espanha], não teriam outro destino senão a sua retirada dos circuitos de comercialização”.

Esta situação “terá como consequência a destruição do sector de produção de leite em Portugal, com impactos económicos para o País, desde logo pelo desemprego que gerará”.

As “práticas da distribuição” e a “falta de garantia para os produtores da aquisição da sua produção por parte da indústria nacional”, são “os verdadeiros problemas da produção de leite em Portugal”.

Algumas associadas da APED não dão “sequer qualquer oportunidade os operadores nacionais de apresentar propostas de fornecimento”.

“Não é a legalidade das exportações que está em causa, pois o mercado é livre. O que está em causa é que em Portugal não se segue a prática levada a cabo em toda a Europa, que é de tomar medidas para incentivar os sectores produtivos”.

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