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Europa reforça investigação no agro-alimentar

Por a 15 de Maio de 2009 as 5:57

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Fortalecer a competitividade da indústria agro-alimentar é o objectivo da nova rede de apoio à inovação europeia. A Euroagri-Foodchain ambiciona promover uma nova vaga de projectos de investigação e desenvolvimento.

A meta é dinamizar e fortalecer o sector agro-alimentar europeu. Para isso, foi recentemente lançada uma nova rede sob a ‘umbrella’ do Eureka (Network for Market Oriented R&D), uma iniciativa intergovernamental de apoio à inovação europeia, que teve início em 1985 e este ano é presidida pelo nosso País. Dá pelo nome Euroagri-Foodchain e ambiciona ser um mini-rede totalmente focalizada no sector agro-alimentar, cujo objectivo é fomentar a criação de novos projectos para aumentar a competitividade desta área de actividade.

A plataforma vem substituir a antecedente rede sectorial EuroAgri+, constituída em 2003. Um total de 15 países participaram no projecto anterior. A saber: Áustria, Bélgica, Croácia, Eslovénia, Espanha, Finlândia, Holanda, Hungria, Israel, Macedónia, Portugal, Roménia, Sérvia, Suíça e Turquia. No conjunto desenvolveram 63 projectos, um investimento global de 97 milhões de euros.

Actualmente, o principal desafio é “alavancar a competitividade do sector através do apoio e da promoção de uma nova geração de projectos de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico (IDT) que colmatem as necessidades do mercado agro-alimentar”, esclarece Maarten Schans, presidente do Euroagri-Foodchain.

A segurança alimentar, a valorização dos produtos agrícolas, do ponto de vista alimentar, farmacêutico ou energético, e a minimização do impacto ambiental das actividades agro-alimentares, são questões prioritárias entre as preocupações cientificas da nova rede.

A liderança da plataforma lançada em Portugal está a cargo da Holanda e conta com a participação de 14 países (Portugal, Áustria, Croácia, Dinamarca, Finlândia, França, Hungria, Israel, Roménia, Eslovénia, Espanha, Suíça, Holanda e Turquia).

Entre as mais-valias para os países-membros, destacam-se “o acesso a fundos, a novos parceiros, a conselhos muitos úteis para a construção de projectos, e ainda publicidade garantida para as empresas mais bem sucedidos”, resume Maarten Schans.

Fruta, sumos e legumes
Empresas, associações, institutos de investigação de desenvolvimento (I&D) e universidades de 18 países europeus assinaram recentemente um protocolo, no âmbito do Eureka, para dinamizar projectos de I&D na área de sumos frescos, frutas e legumes processados. O objectivo é identificar um conjunto de entidades com competência tecnológica para promover projectos internacionais que garantam maior eficácia económica e confiram mais qualidade aos produtos.

Portugal já conta com um caso de sucesso nesta área. A Campotec criou o projecto Greentech, cujos resultados permitiram aumentar o tempo de prateleira dos vegetais pré-embalados e passar a fornecer a cadeia McDonald’s.

UE 27 – Indústria Alimentar e de Bebidas em números

  • Volume de Negócios = 870 mil milhões de euros
  • Emprego = 4,3 milhões de pessoas
  • Empresas = 309.700
  • Investigação e Desenvolvimento = 0,24% do investimento
  • Exportação = 52 mil milhões de euros
  • Importação = 48 mil milhões de euros
  • 20,8% do total exportado no Mundo

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