APCV rejeita visão proibicionista no consumo de álcool

A Associação Portuguesa de Produtores de Cerveja (APCV) veio a terreiro rejeitar “a visão proibicionista e pouco ponderada da versão em discussão pública do Plano Nacional para a Redução dos Problema Ligados ao Álcool”, explica a entidade em comunicado.

Apesar de assumir a necessidade de criar “um plano nacional de combate ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas”, a associação considera o plano em debate “demagógico por não distinguir claramente entre o consumo moderado de álcool, compatível com um estilo de vida em adultos saudáveis, e o consumo abusivo, por essa razão, nocivo”.

O plano apresenta ainda contradições no conteúdo programático, diz a associação. “Aparentemente aposta na auto-regulação, na formação e na educação de todos os agentes, mas simultaneamente propõe medidas legislativas proibicionistas, como é o caso da passagem dos 16 para os 18 anos na aquisição e consumo de bebidas alcoólicas, da redução da taxa de alcoolemia para jovens encartados e da nova legislação restritiva em meio laboral”.

Assim, a indústria propõe um conjunto de soluções que eliminam “o enfoque proibicionista que tão poucos resultados têm apresentado noutros países”, entre as quais se destaca, e no caso do consumo ilegal de bebidas alcoólicas por jovens menores de 16 anos, antes reforçar o cumprimento da actual legislação através de mecanismos reforçados de fiscalização da mesma”.