Gigantes alimentares ameaçam Mercadona
A “guerra” parece ter começado em Espanha. Os gigantes do sector alimentar estão a ameaçar com a retirada dos seus produtos dos supermercados Mercadona, caso a cadeia espanhola mantenha as medidas recentemente anunciadas e que visam uma redução em 10% das referências de marcas de fabricantes dos seus lineares e uma aposta nas marcas próprias.
A empresa presidida por Juan Roig está a exigir aos fornecedores o congelamento dos preços – nalguns casos fala-se inclusivamente de fortes reduções – para continuar a comprar os produtos, algo que a maioria do sector da produção considera inaceitável.
Até há data, ninguém se tinha atrevido a dar este passo e rescindir os contratos com uma das maiores cadeias a actuar no mercado espanhol, mas, segundo admitiram algumas fontes à imprensa espanhola, “a corda está mais tensa do que nunca e pode romper-se”.
No último dias, a Mercadona tem vindo a efectuar algumas reuniões com os seus fornecedores para explicar a nova política comercial. Muitos são taxativos na opinião: “O problema está no facto de se aceites os preços exigidos pela Mercadona, o normal é que o resto da distribuição passe a exigir o mesmo, tornando a nossa situação terrivelmente complicada”.
A Mercadona, por seu lado, refere que “passámos do tempo da abundância ao da necessidade” e insiste em reduzir ao máximo os custos para tornar os preços mais baratos, além de retirar das suas lojas todos os produtos que não se vendam.