Preços dos alimentos não acompanham descida do crude
A Organización de Consumidores y Usuários (OCU), associação espanhola que defende os direitos dos consumidores, veio a terreiro denunciar que fabricantes e distribuidores aumentaram “imediatamente” o preço dos alimentos quando o preço do barril do crude alcançou 150 dólares, mas quando o petróleo desceu, assim como outras matérias-primas, não aplicaram as descidas no preço final dos produtos.
De acordo com um estudo da OCU, levado a cabo entre Novembro de 2006 e Maio de 2008, todos os alimentos de marcas conhecidas aumentaram o preço, como é o caso do óleo de girassol (47%), farinha (46%), margarina e maionese (28%), leite condensado (23%) e leite UHT (18%).
Assim, em Dezembro de 2008, com o barril de crude nos 46 dólares, apenas 4 de 16 produtos estudados baixaram o preço de forma significativa.
Os produtos de marca própria, que representam 32% das vendas do sector de grande consumo, encareceram entre Novembro de 2006 e Maio de 2008. O preço aumentou mais 8% quando comparado com as marcas dos fabricantes, segundo o mesmo estudo.