Distribuição

Crise ‘democratiza’ marcas próprias

Por a 29 de Janeiro de 2009 as 2:00

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A redução do poder de compra das famílias como consequência da acentuada crise económico-financeira mundial, fez crescer significativamente os consumidores de marcas próprias nos últimos anos, segundo as conclusões de um estudo publicado pela Experian.

O estudo destaca que, até há pouco tempo, os estabelecimentos especializados em descontos e os produtos das marcas dos retalhistas estavam reservados a grupos de população com poder de compra mais reduzido. Actualmente, o consumo de marcas próprias foi “democratizado” e estendeu-se a todos os estratos da sociedade, conclui o estudo.

Deste modo, o consumo de marcas próprias já não é exclusivo de consumidores com baixo nível económico e, por outro lado, os distintos grupos de população cada vez mais valorizam a qualidade deste tipo de produtos.

Por tipologia de consumidor, avança o estudo, os residentes em zonas turísticas (nacionais e estrangeiros), jovens e casais com um crescente poder de compra e residentes em áreas nas quais primam actividades industriais, são os grupos que, junto com os consumidores e menor poder de compra, afirmam adquiri produtos de marca própria com maior frequência.

A consultora refere ainda que os grupos mais compradores deste tipo de produtos encontram-se também entre os que com mais frequência reconhecem cortar na alimentação para ajustar os gastos, “corroborando assim a relação existentes entre marca própria e poupança”.

Juntamente com a ideia de preço baixo, os resultados do estudo mostram também uma melhoria da imagem dos produtos de marca própria que, para grande parte dos consumidores, resulta da qualidade semelhante ao produtos de marca de fabricante.

“A confiança tradicionalmente transmitida por uma marca comercial de referência vê-se substituída pela confiança no estabelecimento comercial, marcando o consumo das sua marcas a tendência de ‘compra inteligente’, permitindo assim obter qualidade semelhante a preços mais baixo, adivinhando-se como uma nova forma de comprar que permanecerá para além da crise”, salientam as conclusões do estudo.

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