Distribuição

Tesco assumirá o 2.º lugar do retalho mundial em 2012

Por a 12 de Dezembro de 2008 as 2:00

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De acordo com o último relatório da IGD – “Global Retailing: Preparing for Change” – o grupo britânico Tesco deverá tornar-se no segundo maior retalhista mundial, atrás da Wal-Mart, mas ultrapassando o Carrefour (actual 2.º no ranking), já em 2012.

Os dados da IGD indicam que a Tesco crescerá mais rapidamente que o concorrente francês, admitindo que o grupo britânico apresentará taxas de crescimento anuais a rondar os 11%, comparando com os 7% do Carrefour, entre 2007 e 2012.

Quanto ao volume de facturação, os números indicam que a Tesco deverá factuar 157,1 mil milhões de dólares (cerca de 121 mil milhões de euros) em 2012, com a expansão internacional para mercados como a China, EUA e Índia a representarem um papel muito significativo neste crescimento.

Embora a diferença seja muito ligeira, as análises da IGD indicam que a facturação do Carrefour, em 2012, totalizará 157 mil milhões de dólares, ou seja, menos 100 milhões de dólares que o concorrente britânico da Tesco, vaticinando-se que a expansão em mercados como o Brasil e China represente, igualmente, grande peso neste crescimento, contrapondo as fracas performances nos mercados da Europa Ocidental.

Assim, os números da IGD admitem que a Wal-Mart passe de uma facturação de 374,5 para 476,2 mil milhões de dólares (cerca de 367,5 mil milhões de euros) de 2007 para 2012. Já a Tesco deverá passar de 94,7 para 157,1 mil milhões de dólares, enquanto o Carrefour crescerá de 112,6 para 157 mil milhões de dólares, neste mesmo período. Em último deste ranking aparece o grupo alemão Metro, passando de uma facturação 88,2 para 119,9 mil milhões de dólares.

Apesar destas previsões, os próximos anos vislumbram-se como bastante desafiantes para os retalhistas globais. Os mercados emergentes aparecem como os que maiores capacidades possuem para atrair investimento no futuro, enquanto os mercados maduros registarão uma transferência desse mesmo investimento. O relatório admite, também, que os retalhistas terão de se adaptar melhor e rapidamente a esta ova fase da globalização, caracterizada por uma abordagem mais cautelosa e maior foco na performance dos investimentos e operações.

Enquanto os quatro maiores retalhistas – Wal-Mart, Tesco, Carrefour e Metro – se posicionam positivamente para continuarem a registar crescimentos, particularmente nos mercados internacionais, a IGD refere que é preciso ter em atenção que o factor escala não é suficiente para determinar esse mesmo crescimento. Se os preços baixos, mensagem de valor e eficiência operacional são fundamentais, os retalhistas globais não podem esquecer questões como a simplicidade, maior eficiência, flexibilidade e marcas fortes para manterem as performances em campo positivo.

No final, a IGD estima que os mercados retalhistas da China e Índia deverão registar taxas de crescimento anuais na ordem dos 13% entre 2008 e 2012, excedendo, assim, qualquer outro país ou região. Entre os outros mercados emergentes a ter em conta estão a Indonésia, Ucrânia e Vietname.

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