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Casa do Douro fala de ministro “hostil” e ex-candidato “insultuoso”

Por a 9 de Dezembro de 2008 as 2:00

manuel-antonio-santos-210.jpgA direcção da Casa do Douro (CD) acusa o Ministro Jaime Silva de uma “atitude permanente de hostilização” a todas as suas decisões, e o ex-candidato à liderança da instituição Pedro Garcias de ter “[agredido, insultado e posto] intenções nos outros” durante o período em que fez campanha eleitoral.

O presidente Manuel António Santos considera que “não é justo que a CD apareça na praça pública diariamente numa situação de incumpridora, caloteira”, quando dispõe do vinho como meio de pagamento, e porque “foram aqueles que nos chamaram nomes que criaram as condições necessárias para nos taparem todas as fontes de receitas e de financiamento”, acusa.

Manuel António Santos aludia às proibições, impostas à CD, de negociar 85% das suas próprias acções da Real Companhia Velha e de vender 8,6 milhões de litros de vinho confiscados pelo Estado, à interdição de adquirir vinhos na origem (decretada em 2003) e à perca das competências cadastrais para o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (este ano).

O dirigente revela que a inexistência de campanha oficial foi uma opção clara, aprovada em Conselho de Viticultores no pressuposto de que “a vida não pára e temos assuntos muito importantes em mãos para resolver”, declarou à Agência Lusa. E lembrou que Pedro Garcias também foi convidado a tomar parte nas decisões.

A mesma fonte clarifica que as 15 reuniões já decorridas e a decorrer nos concelhos durienses se destinam à recolha de 4000 assinaturas entre os viticultores. O objectivo é obrigar a Comissão de Economia e Finanças da Assembleia da República (na ausência sistemática de respostas por parte do Governo) a clarificar a natureza da CD como entidade pública com inscrição obrigatória dos produtores, e a viabilizar a eleição directa do corpo máximo da instituição. Tal natureza exigiria do Estado a concessão de “condições de sobrevivência”, reclama Manuel António Santos.

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