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ASAE espera notificação para testar importações da China

Por a 5 de Dezembro de 2008 as 2:00

asae-210.jpgA Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) portuguesa espera que a União Europeia (UE) a notifique sobre as últimas decisões do Comité Permanente da Cadeia Alimentar para depois agir “em conformidade”, declarou ao Diário de Notícias (DN) fonte do gabinete do secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, Fernando Serrasqueiro.

Por unanimidade, os 27 representantes nacionais no Comité decidiram interditar a entrada na UE de todos os produtos chineses com soja destinados a crianças, e impor testes a todos os demais que também incluam soja na sua composição. Neste sentido, só são aprovados os artigos com índice de melamina/quilo inferior a 2,5 miligramas, nos termos da legislação de Bruxelas. As aquisições de lácteos estão vedadas desde Setembro.

A Administração-Geral das Alfândegas chinesa informou dia 2 que a exportação de produtos lácteos não ultrapassou em Outubro as 1036 toneladas, o que contrasta com 12.000 toneladas de média mensal nos primeiros nove meses de 2008.

Desde Maio, 6 crianças já morreram, 154 permanecem hospitalizadas em estado grave, e 707 estão internadas mas não com tanta gravidade, revelou o Ministério da Saúde chinês. As complicações urinárias e as pedras no rim já levaram, ao todo, mais de 294.000 crianças às unidades hospitalares daquele país asiático.

Ainda no dia 2, o Ministério da Protecção do Consumidor do Estado alemão de Baden-Wurttemberg retirou dos circuitos comerciais o biscoito de especiarias tradicionais “Lebkuchen”, depois de neles terem sido detectados, em média, 200 a 470 miligramas de melamina por quilo, e 76 a 240 miligramas de sulfatos por quilo. Á violação da lei não correspondem riscos para a saúde infantil, “mesmo no caso de crianças ingerirem até meio quilo dos biscoitos contaminados”, assegura a Organização Mundial de Saúde.

Em França foram apreendidas, dia 28 de Novembro, 300 toneladas de soja provenientes da China, e destinadas à dieta de aves de capoeira biológicas. Na sequência de testes científicos, soube-se que um dos lotes “apresentava uma taxa de melamina de 116 miligramas/quilo”, adiantou uma responsável da cooperativa “Terrena en Ancenis”, Christophe Caroussé. O Ecocort, encarregue da certificação ambiental da soja comprada ao exterior, já responsabilizou por esta “fraude” e suspendeu os direitos de exportação da sociedade chinesa Hongliang, sedeada no Norte da China (Dalian).

No dia 25 de Novembro, o Wall Street Journal Online noticiou que a Administração para a Alimentação e Drogas (FDA) dos EUA detectara vestígios de melamina em leite maternizado, suplementos alimentares e suplementos medicamentosos produzidos por empresas nacionais. Contudo, o director do serviço de segurança alimentar da FDA, Stephen Sundlof, assegurou não existirem “motivos de apreensão” dados os níveis “extremamente baixos” de melamina encontrados.

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