FMCG Vinhos

Ilegalidades e manipulações afastam Pedro Garcias da Casa do Douro

Por a 4 de Dezembro de 2008 as 2:00

pedro-garcias-210.jpg

O jornalista Pedro Garcias desistiu da candidatura à direcção da Casa do Douro e a um lugar no Conselho Regional de Vitivinicultores, em ruptura com o “jogo sem princípios” da direcção em funções, adianta a Lusa citando um comunicado emitido pelo próprio.

Pedro Garcias acusa os dirigentes da instituição, e particularmente o presidente Manuel António Santos, de se julgarem eternos, ao utilizarem a renegociação das dívidas (100 milhões de euros) ao Estado e à banca como pretexto para prolongarem ilegalmente os seus mandatos e, assim, auferirem “um ano de salários indevidos”.

Os mandatos, por lei com a duração de 4 anos, terminaram oficialmente em Março último, mas foram prolongados até depois das eleições de 1 de Fevereiro de 2009.

Garcias denuncia igualmente os “estratagemas para manipular os viticultores, sobretudo os mais frágeis e vulneráveis”, intimando-os a assinarem uma petição destinada à Assembleia da República, na qual se solicita a clarificação do estatuto da Casa do Douro – associação pública ou associação privada. O agora ex-candidato argumenta que o estatuto já está definido, e que estas iniciativas “não passam de meras sessões de propaganda eleitoral” de uma candidatura que ainda nem sequer se formalizou.

Até ao dia das eleições “vai valer tudo”, alerta Pedro Garcias.

A estas acusações, o ainda presidente da Casa do Douro limita-se a responder, citado pelo Jornal de Notícias, que “temos necessidade de responder pelas dívidas ao Governo e à banca, e não é por haver eleições que a direcção vai ficar parada”.

Pedro Garcias, natural de Alijó, tinha formalizado a sua candidatura a presidente da Casa do Douro no dia 15 de Novembro. A Casa do Douro representa 40 mil viticultores da região do Douro e Porto.

Deixe aqui o seu comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *