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Bacalhau à mesa, com certeza!

Por a 28 de Novembro de 2008 as 9:30

bacalhau

Consensual ou não, o bacalhau faz parte da alimentação de qualquer família portuguesa e isso é evidente na penetração, que atinge 86% dos lares, de acordo com o painel TNS Worldpanel, significando que quase nove em cada dez lares compraram pelo menos uma vez bacalhau. Com efeito, no YTD P10 08 (dados deste ano a acabar em 05 de Outubro), a categoria cresceu 2,3%, em valor, e 2,2%, em volume.

O “bacalhau seco” é ainda rei e senhor em Portugal, no que toca à categoria Bacalhau. Tem uma quota de mercado, em volume, de 85,4%. Os restantes segmentos – bacalhau congelado, bacalhau fresco, bacalhau demolhado e refeições prontas de bacalhau – ainda não têm muita expressão.

A origem do bacalhau é diversa, mas o que tem mais quota de mercado em volume é o da Noruega, que representa 40,6% da categoria, aumentando a sua quota em 6,5 pp (pontos percentuais), relativamente ao mesmo período do ano passado. Aliás, de todos os segmentos, foi o único que aumentou a sua quota de mercado. Todos os restantes baixaram a sua quota de mercado em relação ao ano de 2007. Uma grande percentagem do bacalhau que é comprado (17,2%) é de origem indeterminada, muitas vezes porque os pontos de venda não indicam a origem do bacalhau, tornando-se difícil para o consumidor identificá-lo.

Analisando em detalhe o tipo de bacalhau mais vendido em Portugal – o “bacalhau seco” – verifica-se que o crescido (peso igual ou inferior a 2Kg e superior a 1Kg) atinge quase 50% de quota de mercado em volume. Aliás, face ao mesmo período de 2007, este tipo aumentou quase 10 pp. O “bacalhau corrente” (peso igual ou inferior a 1Kg e superior 0,5Kg) teve um grande decrescimento, passando de uma quota de 20,8% em 2007, para 14,3%, em 2008. Muito perto do “bacalhau corrente” está o “bacalhau graúdo” (peso igual ou inferior a 3Kg e superior a 2Kg), com uma quota de 12,3%. O “bacalhau especial” (peso superior a 3Kg) e o “bacalhau miúdo” (peso igual ou inferior a 0,5Kg) são tipos com menos quota de mercado em volume.

Por formato de “bacalhau seco”, o “inteiro” é o preferido dos lares portugueses, com uma quota em volume de 86,2%, no YTD P10 08. Os restantes formatos têm pouca expressão em termos de volume. As alterações de quotas do ano de 2007, para o ano de 2008 são muito poucas.

A região do País que mais comprou bacalhau neste período foi o Litoral, representando 41% em volume do total da categoria, sendo também a região que mais comprou “bacalhau seco”, com um peso de 42% para o segmento. Os grandes adeptos das “refeições prontas de bacalhau congeladas” são os lares da Grande Lisboa, que representaram 31,1% deste segmento.

No que diz respeito ao peso dos canais para o segmento de “bacalhau seco”, os supers têm 42,1% de quota em volume, seguidos dos hipers, que detém 32,4% de quota em volume. As insígnias da Sonae são as que têm mais peso para este segmento. Juntos, Modelo e Continente representam quase 30% do mercado. O Intermarché tem 12,8% de quota em volume, enquanto o Pingo Doce tem 11,6%

A época do Natal é um período de aumento de vendas para muitas categorias de FMCG, mas o “bacalhau” destaca-se muito mais. Cerca de 28% do volume total de bacalhau comprado em 2007 pelos lares portugueses foi efectuado no período do Natal. Além de que, comparando com outras categorias FMCG, o bacalhau é aquela em que o gasto médio por acto de compra neste período foi maior – quase 70% superior ao resto do ano. Por exemplo, o gasto médio por acto de compra de legumes aumentou, neste período de 2007, quase 45%, o marisco preparado não congelado aumentou 42,2% e o whisky 34,6%. Há tradições que ainda são o que eram.

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