Distribuição

Orçamento natalício desce 4,3% em Espanha

Por a 14 de Novembro de 2008 as 2:00

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O orçamento médio das famílias espanholas consagrado às despesas relacionadas com as festividades natalícias é 4,3% inferior ao de 2007, o que fixa o tecto de gastos em 910 euros. O valor absoluto é 35% superior à média internacional (597 euros), mas a evolução percentual homóloga é mais negativa (4,3%, contra 3,7%).

Esta queda é inédita em Espanha (em 2007 o crescimento foi de 5,1%), mas plenamente confirmada por 60% dos inquiridos, que confessam a diminuição das disponibilidades financeiras. Essa compressão é devida, principalmente e por esta ordem, ao incremento dos preços dos géneros alimentares, à redução do rendimento disponível, à crise financeira e à alta do preço dos combustíveis.

De acordo com a 11ª edição do Estudo Xmas (2008) publicado pela consultora Deloitte, realizado em Espanha apenas desde 2004, as categorias mais sacrificadas por nuestros hermanos são, em média, os próprios presentes (6,8%), as saídas (4,1%) e os alimentos (1,8%). Contudo, 59% dos respondentes gasta o mesmo ou mais dinheiro em prendas do que em 2007. Os 41% que adoptam postura inversa sacrificam mais os amigos e os colegas, e menos os companheiros e os filhos. As lembranças predilectas no país vizinho são, por ordem decrescente, roupa, livros e dinheiro.

Mais de 50% dos indivíduos consultados prevê elaborar um orçamento específico para o Natal, realidade sem paralelo no passado de 24% deles, e 48% vai dedicar mais tempo a comparar preços que o dispendido o ano passado. Na hora de redigir o plano de gastos, os espanhóis destinam 367 euros a alimentos (40,3%, contra 39,3% em 2007 e 24% em 2006), 357 euros a presentes (39,2%, contra 40,2% em 2007 e 57% em 2006), e 186 euros a saídas (20%, equivalente a 2007 e 2006).

Entre as restantes estratégias possíveis para cortar custos, 51% dos espanhóis opta por adquirir produtos mais úteis, 38% por ignorar as marcas, 29% por concentrar-se nas promoções, e 28% por excluir os artigos de luxo. Neste quadro, não surpreende a preferência pelas grandes superfícies na hora de decidir o local onde realizar aquisições. Os hipermercados são escolhidos por 61% das pessoas para comprar alimentos, e por 55% para comprar prendas. As marcas de distribuidor são 35% mais referidas do que no ano passado, e 20% dos nossos vizinhos não hesita em visitar lojas de desconto.

Os supermercados (18%) e o comércio tradicional (11%) completam a lista dos espaços eleitos no capítulo alimentar, enquanto que no caso das lembranças são os grandes armazéns (59%) e as lojas especializadas (43%) que se destacam.

De acordo com o estudo, 64% dos indivíduos opta por ir às compras fora da temporada festiva (36% antes, e 28% depois). Em 2007, apenas 32% fugiu ao período natalício (28% antecipou-se, e 4% seguiu a estratégia do adiamento).

Como não poderia deixar de ser, a análise dos espanhóis à situação económica nacional está muito longe de ser positiva. 50% não antevê melhorias em 2009, embora o posto de trabalho pareça seguro para 57% dos inquiridos pela Deloitte.

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