Emprego & Formação

Salários no retalho atingem 115 mil euros

Por a 31 de Outubro de 2008 as 9:30

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As remunerações no sector retalhista português parecem continuar imunes à crise. O último “Relatório de Remunerações”, publicado pela consultora Michael Page Retail, referente a 2008/2009, revela que as diferenças podem chegar aos 70 mil euros por mês

O vencimento de um director regional de uma grande superfície alimentar pode chegar a 115.000 euros por mês – o salário mais elevado do sector. Em contrapartida, é também entre estes profissionais que pode encontrar-se o vencimento mais modesto – 45.000 euros, remuneração mínima de um director de operações de uma grande unidade generalista.

Nesta categoria, o leque salarial é mais pronunciado entre os vencimentos das lojas generalistas e os das suas congéneres especializadas. No escalão mínimo, os ordenados mensais oscilam entre 45.000 (generalistas) e 60.000 euros (especializadas). No escalão médio, os valores variam entre 55.000 e 80.000 euros, respectivamente.

No patamar mais elevado, a diferença chega a 45.000 euros (65.000 euros nas primeiras e 110.000 euros nas segundas), o que representa o maior desnível salarial horizontal em todas as funções de direcção. A variação remuneratória entre as unidades não-generalistas (especializadas e de alimentação) é bem mais modesta: nula no primeiro escalão, e de 5000 euros nos dois restantes (80.000 e 85.000 euros em termos médios, e 110.000 e 115.000 euros em termos máximos). A diferença de 10.000 euros entre as remunerações praticadas nas superfícies generalistas é o mais reduzido em tarefas dirigentes, ex aequo. Esse valor duplica quando falamos de superfícies especializadas. Nas lojas alimentares, 25.000 euros separam os salários mínimo e médio, e deste para o topo distam 30.000 euros, o maior desnível vertical entre as três funções directivas do retalho no País.

Os vencimentos dos directores comerciais são globalmente inferiores aos dos directores regionais/ operacionais. 50.000 euros mensais separam a remuneração mínima atribuída aos directores de compras das grandes unidades especializadas (55.000 euros) da retribuição máxima auferida pelos directores que gerem o aprovisionamento das lojas alimentares (105.000 euros). Um director comercial ganha 70.000 euros no escalão médio, podendo aspirar a 90.000 quando atinge o cume. No caso do ramo alimentar, o ordenado mínimo é de 65.000 euros, cifra-se nos 80.000 euros em termos médios, e apenas os dirigentes de topo superam a barreira dos 100.000 euros (105.000, concretamente).

A posição subordinada dos directores de unidade de negócio reflecte-se, naturalmente, nos seus vencimentos. De acordo com a consultora, o ordenado mínimo nas grandes superfícies especializadas não excede 50.000 euros, e o tecto máximo nesta categoria corresponde a 90.000 euros, que os gestores mais bem pagos das lojas especializadas levam para casa ao fim do mês. Também entre os chefes de grupo a desigualdade de salários faz sentir-se principalmente ao nível vertical. No que concerne às unidades especializadas, 30.000 euros separam a retribuição mínima (50.000 euros) da retribuição máxima (80.000), sendo a média 60.000 euros. Nas unidades alimentares, o gap é mais acentuado: 55.000 euros de ordenado mínimo, 70.000 euros de remuneração média e, no topo, 90.000 euros. Horizontalmente, o desnível salarial acaba por parecer quase irrisório: o escalão mínimo só reconhece direito a mais 5.000 euros no ramo alimentar do que nas suas equivalentes especializadas. Nos demais escalões, a diferença não ultrapassa 10.000 euros.

Finalmente, as remunerações dos responsáveis de merchandising das grandes lojas generalistas oscilam entre 24.000 (montante mínimo) e 40.000 euros (montante máximo), sendo o ordenado médio 32.000 euros. Nas grandes superfícies especializadas e alimentares, os salários praticados são idênticos: 32.000 euros na base e 50.000 euros no topo, fixando-se a média em 45.000 euros.

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