Feiras

Feiras profissionais crescem mais na Ásia

Por a 14 de Outubro de 2008 as 2:00

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As feiras profissionais estão a crescer mais na Ásia, sobretudo nos “países emergentes” (China, Coreia do Sul, Hong Kong, Índia, Macau, Singapura e Taiwan), tanto em número como em espaço ocupado, pertencendo à China a liderança. De acordo com o Semanário Económico, que cita dados da UFI (Global Association of the Exhibition Industry), a área vendida pelos organizadores cresceu quase 18%, para 13,2 milhões de metros quadrados. Outros mercados em alta são o Brasil, EUA, Médio Oriente e Rússia. Na Europa, destacam-se Alemanha, França e Itália. Espanha sofre já o impacto da crise. A proliferação de espaços, a crise económica e a concorrência dos “tigres asiáticos” obrigam as empresas portuguesas a apostar nas feiras dirigidas ao público em geral e em nichos de mercado.

Ricardo Gonçalves, consultor da americana Deloitte, afirma ao Semanário Económico que “o forte abrandamento vai sentir-se mais daqui a uns meses”. O sector industrial português, prognostica o director da Feira Internacional de Lisboa, sentirá em breve o efeito da contracção da procura. Javier Galiana considera que o mercado nacional se encontra saturado, com uma oferta muito superior à procura, e denuncia que nem todos os recintos proporcionam “condições e serviços de apoio de qualidade numa óptica de oferta integrada e profissional”.

Galiana defende, em declarações ao Semanário Económico, que a aposta do empresariado nacional deverá passar pela especialização e inovação, e pelo aprofundamento da ligação com o Brasil e com os PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa), ou seja, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe, em detrimento da Europa, mergulhada na crise. Ricardo Gonçalves concorda e explica que os centros de negócios deslocam-se para “onde há mais probabilidade de êxito”.

Lá fora, os delegados lusos aos grandes certames testemunham o cancelamento da participação de empresas em pré-falência, de que é exemplo a Feira de Frankfurt, sobretudo na área do têxtil. Em Barcelona, 80% das firmas de construção desistentes são espanholas. Tal não impede, contudo, que o país vizinho domine os stands nas feiras portuguesas, contrariamente ao que sucede no sentido inverso, em virtude da “dimensão da economia portuguesa”, incomparável à das economias alemã, francesa e italiana, adianta o responsável máximo da FIL.

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