Bebidas

Unicer duplica negócio com investimento em Angola

Por a 15 de Setembro de 2008 as 2:00

superbock.jpgA meta de Pires de Lima, presidente executivo da Unicer, é muito ambiciosa: executar em Angola “uma operação praticamente idêntica” à portuguesa “dentro de cinco ou dez anos”, onde a cervejeira alcançou vendas líquidas de 436,7 milhões de euros, em 2007, disse o próprio em declarações à agência Lusa.

O líder da empresa de Leça do Balio está em Angola a “acompanhar o projecto” que prevê estar em construção já no final do ano, e a laborar em 2010. A Can – Cervejas de Angola SA, detida em 49% pela Unicer, vai criar cerca de 200 postos de trabalho e terá capacidade para produzir 200 milhões de litros de cerveja.

Três motivos principais levaram Pires de Lima a investir na construção de uma fábrica em Luanda: Angola é o mercado mais forte no projecto internacional (consome 100 milhões de litros de Superbock e Cristal, que representam 60 milhões de euros e 25% da produção da Unicer), reduzir os custos de transporte (deslocação diária de cerca de 50 contentores via marítima) e, por último, a forte convicção que tem no crescimento através do “mercado da saudade”.

O projecto está no papel desde 2005 mas só este ano obteve luz verde do Governo de Angola. Giasope, Emprominas e Imosil constituem as três empresas angolanas que detém o restante capital, ou seja 17% cada. A fábrica vai produzir três marcas: Superbock, Cristal e uma marca angolana, para combater a líder de mercado Cuca.

Naquele que é considerado o 11º maior consumidor de cerveja do Mundo, vivem 13 milhões de habitantes. É por isso que Pires de Lima defende haver potencial para obter resultados semelhantes à operação em Portugal.

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