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Aumentar produção agrícola é insuficiente para fazer face à crise alimentar

Por a 12 de Setembro de 2008 as 2:00

agricultura.jpgO aumento recente do preço dos alimentos arrastou mais 100 milhões de pessoas para a pobreza extrema, disse Olivier de Schutter, porta voz das Nações Unidas para o Direito à Alimentação, no plenário que reuniu o Conselho dos Direitos Humanos, em Genebra. Antes do encarecimento dos bens alimentares, a cifra atingia 854 milhões de carenciados.

Apesar da pior fase da crise alimentar já ter tido lugar, sublinhou Olivier de Schutter, o preço dos alimentos vai-se manter elevado durante vários anos porque os “factores estruturais” não foram resolvidos.

Entre esses factores, destacam-se o crescimento demográfico mundial, a alteração dos hábitos alimentares, a produção de biocombustíveis a partir de culturas essenciais à alimentação e o impacto das alterações climáticas. E avisa: “se nada for feito, esta crise repetir-se-á a cada cinco ou dez anos”.

Assim, medidas como aumentar a produção agrícola e proibir a produção de biocombustíveis não se revelam suficientes para trocar as voltas à crise, cujas causas ultrapassam o simples desequilíbrio entre oferta e procura.

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