UE financia estudo sobre origem do consumo de leite na Europa

“Leite -Persistência da lactose à história cultural primitiva da Europa” é o nome do estudo financiado pela União Europeia e coordenado pela universidade de Uppsala, na Suécia, em conjunto com outras 13 universidades, para investigar o desenvolvimento da tolerância à lactose pelos povos europeus.

85% da população adulta do Norte da Europa é capaz de digerir a lactose, um açúcar presente no leite e seus derivados. Em contrapartida, no resto da população mundial a tolerância à lactose desvanece no fim da infância. À medida que se desce da Escandinávia para Sul, a intolerância à lactose passa a ser cada vez mais comum na população adulta.

A persistência da lactase (enzima que decompõe a lactose) em adúltos europeus é uma característica genética que remonta a finais da Idade da Pedra, como explica Anders Gotherstrom, coordenador do projecto Leite: “As mutações que se produziram ao longo da evolução da história podem ser negativas ou positivas. Mas não existe nenhuma mutação com uma selecção tão positiva nos últimos dez mil anos como aquela que cria a tolerância à lactose.”

Os participantes do estudo pertencem a universidades na Dinamarca, França, Alemanha, Irlanda, Países Baixos, Suécia e Reino Unido.