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Indústria alimentar gasta milhões a retirar produtos do mercado

Por a 10 de Setembro de 2008 as 2:00

bolachasA maioria dos fabricantes de alimentos destinam pelo menos 10 milhões de dólares anuais à retirada preventiva de produtos do mercado, de acordo com um estudo feito pela AMR Research, para a Lawson Software, junto de empresas dos Estado Unidos, Reino Unido, França e Suécia.

Segundo o relatório, a maioria das empresas de alimentação e bebidas sofreu pelo menos uma retirada de produtos do mercado no ano passado. Em metade dos casos implicou perdas de mais de 10 milhões de dólares e em cerca de 40% das empresas sondadas, as perdas ascenderam aos 20 milhões de dólares.

O estudo “Rastreabilidade na Cadeia de Abastecimento no Sector da Alimentação e Bebidas” enfatiza ainda um aspecto fundamental na indústria: a aplicação de medidas que garantam o acompanhamento dos alimentos através da cadeia de produção, algo obrigatório na União Europeia desde 2002.

Quando surge um problema, as empresas do sector demoram em média 14 dias para detectar a necessidade de uma retirada de produtos e 34 dias para levar a cabo essa mesma retirada. Nesse prazo, as empresas consultadas asseguram que apenas é possível recuperar menos de 40% de produtos afectados, o restante ou se consumiu ou foi descartado.

“Apesar da percepção que existe entre as empresas alimentares de que se está a fazer um bom trabalho na gestão de qualidade do produto, o elevado custo que implica a sua retirada demonstra que a abordagem de fazer as coisas como de costume não está a funcionar”, afirma Rob Wiersma, director de Estratégia Industrial da Lawson Software. “Os produtores de alimentos podem ser bastante mais eficazes na gestão da segurança alimentar para melhorar a qualidade do produto e reduzir o risco da cadeia de abastecimento”.

Apesar de a indústria de alimentação e bebidas ter adoptado um moderno software de traçabilidade, muitas companhias reconhecem que chegou o momento de mudar. Mais de três em cada quatro empresas prevêem investir este ano para melhorar o tempo que demoram a detectar um problema de qualidade e em levar a cabo a retirada do produto afectado.

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