Cadeias discount crescem face a super e hipermercados
*Com Victor Jorge
Em altura de crise os portugueses optam pelas cadeias de ‘discount’, de acordo com o Painel de Consumidores da Nielsen. Superfícies como o Lidl, Minipreço e Aldi atingiram uma quota de mercado de 17,5% nas compras em valor, correspondendo a um ganho de 2,5 pontos percentuais nos últimos dois exercícios.
De acordo com os dados da Nielsen, a taxa de crescimento anual total do consumo nos lares (Ano Móvel Junho 08 vs ano homólogo) foi de 5%, impulsionado pelo aumento do gasto realizado pelos lares nos discounts (+11%). Os supermercados, por sua vez, registaram um crescimento de 10%, enquanto os hipermercados apresentam uma estagnação.
Os discounts atrairam, segundo os cálculos da Nielsen, mais 200 mil lares em dois anos, ou seja, 90% dos lares portugueses já visitam os discounts, quando há dois anos era de 85%.
Em média, no ano móvel terminado em Junho de 2008, cada lar gastou3.335 euros em produtos de Grande Consumo,correspondendo a cerca de 280 euros por mês para consumo no lar. Nos discounts, esse valor ascendeu a 653 euros, representando um aumento de 9% face a igual a período homólogo.
Apesar do gasto na Distribuição Moderna registe uma subida, os lares estão a diminuir o número de vezes que fazem compras, tendo passado de 130 para 127 actos de compra por ano. Por conceito, os supermercados mantêm a liderança, embora tenham registado uma descida de 52 para 50 actos de compra. Também os hipermercados apresentam uma descida, passando de 20 para 17, sendo os discounts os únicos a não apresentar uma performance negativa, ou seja, mantêm-se nos 28 actos de compra por ano.
Por último, das 127 vezes que cada lar vai às compras, o gasto ascende a 26,35 euros, correspondendo a uma subida de 8%. A maior subida neste capítulo pertence aos hipermercados, com 12%, aumentando os discounts o gasto por ocasião de compra em 10% e os supermercados em 9%.