Empresas de consultoria actuam sem condições

As empresa de consultoria em segurança alimentar podem estar a aconselhar indevidamente as empresas do sector, uma vez que estão a actuar sem estarem devidamente preparadas. “Estamos num mercado em que qualquer empresa pode exercer esta actividade, não precisa de ter condições especiais”, afirmou o presidente da Associação Nacional das Empresas de Segurança Alimentar (ANESA), Emídio Taylor, segundo noticiou o público.

Esta forma de proceder está a aumentar o número de empresas a actuar na área da segurança alimentar. O governo está há dois anos a trabalhar num projecto de lei que visa a regularização destas entidades. A ANESA afirma que o diploma está estagnado. Contudo, o Ministério da Economia garante que o projecto que visa regular a actividade de consultoria e apoio na área de higiene e segurança alimentar não está parado.

Da mesma forma o inspector-geral da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) demonstrou o seu descontentamento contra a actuação destas empresas. De referir que algumas foram criadas por antigos funcionários da IGAE, organismo fiscalizador anterior à ASAE.

Mário Pereira Gonçalves, presidente da Associação de Restauração e Similares de Portugal, que acumula 25 mil dos 85 mil estabelecimentos do sector, explica que há algum receio relativamente a empresas que “não estão preparadas para exercer aconselhamento técnico, pois “dizem aos operadores que não vão ter problemas com a ASAE e depois acontece um revés e o estabelecimento é encerrado pela fiscalização”.