China mais influente nos mercados agrícolas internacionais
A China tem cada vez mais influência nos mercados agrícolas internacionais, tanto na oferta como na procura, e tem tendência para aumentar, refere um relatório da Comissão Europeia (CE).
A expansão da economia chinesa continuará nos próximos anos, mas a um ritmo mais lento. O documento destaca ainda o aumento dos rendimentos da população chinesa, que provocará mudanças na dieta e elevará o consumo de carne por parte da população chinesa.
Em relação às importações, refere o estudo, o objectivo da China tem sido apenas o auto-abastecimento de cereais e potenciar a produção pecuária, mas importação de alimentos para animais continuará a crescer nos próximos dez anos.
O estudo refere ainda o encarecimento dos alimentos, que está a provocar a inflação na China, onde as famílias gastam a maior parte do seu orçamento em comida. O governo chinês respondeu aumentando os incentivos para a produção de matérias-primas “chave”, impondo controlo nos preços e restrições comerciais.
Actualmente, a China é o maior importador de soja do mundo, com 43% das compras mundiais, percentagem que poderá tornar-se em 57% dentro de dez anos. Além disso, o relatório prevê que China aumente as importações de azeite e que poderá tornar-se num comprador de milho, trigo, carnes e lácteos.
Em relação às exportações, a influência da China nos mercados irá aumentar, nomeadamente nas frutas e hortaliças. No ano passado, a China foi o quarto abastecedor de produtos agrícolas da UE.
De acordo com o relatório, as principais exportação da China para os países comunitários são vísceras, caxemira, frutas, hortaliças e frutos secos.