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Arroz carolino pode fazer baixar preços do cereal

Por a 20 de Maio de 2008 as 2:00

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O presidente da Associação Nacional dos Industriais de Arroz (ANIA), Ernesto Morgado, chama a atenção dos consumidores portugueses a respeito do aumento dos preços do arroz, afirmando ao Diário de Notícias, que há soluções e uma delas passa por comprar arroz carolino, uma vez que a produção deste tipo de arroz é suficiente para abastecer o mercado.

“Importamos mais de 50% de arroz devido ao consumo crescente dos tipos agulha, vaporizado e Basmati. Uma consequência natural dos novos estilos de vida, com a procura de experiências diferentes e curiosidades por novos produtos”, explicou Ernesto Morgado.

O responsável da ANIA acrescentou ainda que “se houvesse uma tendência de subida do consumo de arroz carolino, podia resolver-se eventuais problemas nas colheitas no exterior e podia resolver-se a situação dos preços altos”.

O arroz tipo agulha, em Portugal, chega parcialmente através da importação. Razão que leva os produtores e distribuidores a subir os preços, para estar a par da subida de preços nos mercados. Ernesto Morgado refere, no que diz respeito ao aumento do preço do agulha, que “o carolino é mais adequado à nossa gastronomia, sobretudo no arroz de peixe, de marisco ou no arroz malandrinho. Mas, o agulha apresenta melhores resultados para quem não sabe cozinhar ou não tem tempo para se dedicar à cozinha”. Assim, no que se refere ao aumento do consumo, “mesmo que haja boas colheitas na Europa não resolve o problema do agulha”.

O presidente da ANIA garante que há muitos anos que tem lutado “que os Estado apoie uma campanha de promoção ao consumo. Mas ainda não conseguimos avançar com essa iniciativa, que podia ajudar a resolver os preços altos.”

Ernesto Morgado, não deixa de lado as críticas à PAC (Política Agrícola Comum), no que se refere à redução da área de cultivo de arroz em Portugal. “Tínhamos antes 33 mil hectares para produzir por ano. Com a PAC, a União Europeia congelou áreas e ficámos apenas com 23 mil hectares. Por outro lado, fomos, muito prejudicados porque o consumo de arroz carolino caiu e tivemos de continuar a produzi-lo. Se houver uma revisão da PAC neste ponto, Portugal pode ter uma área de cultivo mais adaptada às suas necessidades”.

O responsável apela ainda a que não se dramatize pois “em Portugal o problema não é gravíssimo como nos países do Oriente ou África. Se as pessoas não entrarem em pânico e não começarem a açambarcar arroz sem necessidade, não haverá problemas de abastecimento”, rematando que “com uma consciencialização para não se aumentar o consumo desnecessário e incentivos ao aumento da oferta, conseguiremos passar esta fase de preços altos”.

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