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Anil: «Há sempre leite para exportar»

Por a 3 de Março de 2008 as 2:00

leite

A capacidade de produção nacional de bens alimentares é insuficiente para a exportação. A afirmação é de Luís Mira, presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), em declarações à agência Lusa, na sequência do acordo de cooperação económico e energético, ainda em negociação, entre os dois países que prevê a troca de petróleo por alimentos de primeira necessidade, nomeadamente leite.

Rafael Ramiréz, ministro da venezuelano da Energia e do Petróleo, declarou à Lusa que o leite é um dos alimentos prioritários na lista de importação do país liderado por Hugo Chávez. Segundo Luís Mira, a quota leiteira nacional sofreu limites para fazer face à PAC (Política Agrícola Comum) e o sector não tem capacidade produtiva para responder ao desafio.

Para Pedro Pimentel, secretário-geral da ANIL (Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios), «há sempre leite para exportar, desde que o negócio se revele rentável para as empresas nacionais, nem que comprem fora para exportar. Os produtores de leite não têm qualquer obrigação legal de escoar no mercado nacional». Além disso, «estes negócios criam alternativas às empresas nacionais que estão dependentes de meia dúzia de compradores». Portugal exporta entre 12 a 15% do leite liquido que produz.

Quanto ao abastecimento de petróleo a Portugal, numa primeira fase, a Venezuela exportará cerca de 500 milhões de dólares (333 milhões de euros) em troca alimentos e serviços nacionais.

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