FMCG Vinhos

Reforma europeia do vinho causa expectativa e apreensão a CVRVV

Por a 21 de Dezembro de 2007 as 2:00

Vinho Verde na praia termina hojeA Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) acredita que o acordo europeu que visa a reforma da Política Europeia dos Vinhos se reveste de cariz histórico e positivo para o sector, demonstrando, contudo algumas reservas no que concerne às medidas de arranque de vinha.

A simplificação das regras de rotulagem, o apoio à promoção, a adopção das práticas enológicas previstas pela organização mundial do vinho são algumas das medidas que os produtores de Vinho Verde apoiam fortemente. Segundo a CVRVV, o vinho verde tem vindo a beneficiar de grandes aumentos nas exportações e a Comissão procura agora aproveitar a liberalização que se anuncia para conquistar novos mercados.

Outro ponto que a CVRVV acredita ser positivo consiste no reforço dos apoios para a promoção nos mercados fora da Europa. Actualmente o vinho verde conta com uma forte presença nos Estados Unidos, Canadá, Brasil e Angola, mercados visados pela CVRVV que apresentará candidaturas aos novos apoios para reforçar a sua implantação nos mesmos.

Contudo, os promotores de vinhos verdes encaram com grande preocupação as medidas de arranque, uma vez que consideram inaceitável que se possam vir a arrancar vinhas que obtiveram apoios públicos e que foram plantadas há menos de um ano. Para a CVRVV, carece de qualquer sentido o acto de subsidiar o arranque de uma vinha que foi plantada recorrendo a outro subsídio.

Neste sentido, e apesar de considerar que as medidas de arranque se possam revelar úteis, a Comissão defende que estas sejam dirigidas por forma a que sejam arrancadas as piores vinhas, que menos contribuem para a qualidade.

Outra das preocupações que a CVRVV manifestou prende-se com a inclusão da referência à casta e ano de colheita nos vinhos de mesa. Para a Comissão, esta medida obriga a que passe a ser exercida uma fiscalização sobre estes vinhos, que concorrem directamente com as regiões demarcadas mas que operam praticamente sem controlos sanitários e fiscais.

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