Produção da Unicer pode paralisar por uma dia

As fábricas da Unicer localizadas em Leça do Balio e Santarém correm risco de «parar» no dia 19. Em causa está uma greve agendada em plenário pelos trabalhadores da empresa liderada por Pires de Lima, em resposta ao despedimento colectivo de 18 trabalhadores da secção de logística da unidade de produção de Leça do Balio.

O objectivo do Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB) é «parar» as fábricas onde laboram cerca de 800 colaboradores. Para o sindicato, a decisão de recorrer a uma empresa externa para assegurar os serviços de logística e despedir os trabalhadores é «ilegal». «O despedimento colectivo obriga a uma fundamentação mas a empresa apenas diz que é importante que o serviço passe a ser feito por uma entidade externa».

Contactada pela Lusa, Joana Queiroz Ribeiro, directora de comunicação, sublinhou que a logística não é o core business do grupo, e legalmente a Unicer não tinha outra saída que não o despedimento colectivo.

Desde de que tomou o pulso da Unicer, Pires de Lima já dispensou 450 trabalhadores. O processo de reestruturação já registou poupanças de 12 milhões de euros, face a 2006, mas a cervejeira estima atingir um total de 20 milhões no próximo ano.