Distribuição

Retalho prefere hipers para crescer

Por a 14 de Novembro de 2007 as 9:30

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As estratégias de expansão dos retalhistas a operar em Portugal continuam firmes. A conclusão é da segunda edição do Market Pulse, um inquérito levado a cabo pela Cushman&Wakefield aos principais operadores nacionais e internacionais. Um total de 88% dos inquiridos optam pelo crescimento a médio/longo prazo e mais de metade elege o centro comercial como canal preferencial de expansão. Até porque a grande maioria (71%) acredita ainda haver espaço para edificação de shoppings no país. No que diz respeito ao formato, mais de metade acredita no sucesso da tradicional fórmula «hipermercado aliado a lojas e praça de restauração».

O comércio de rua reúne as preferências de 26% dos inquiridos e começa a ganhar terreno nas estratégias de desenvolvimento dos grupos de distribuição.

Segundo a consultora, a Área Bruta Locável (ABL) nacional atingirá 2,5 milhões de metros quadrados no próximo ano, pelo que não se adivinham dificuldades para os promotores escoarem a oferta.

A grande maioria dos retalhistas inquiridos tem mais de uma década de actividade. O mercado ibérico é, por isso, a grande aposta dos operadores para expandir o negócio. Os países do Leste da Europa e o Brasil, constituem a segunda e terceira opções preferenciais, respectivamente. Alemanha, China, Rússia, Itália, Índia e Estados Unidos são outros destinos apontados pelos retalhistas para eventuais internacionalizações.

Crescer 5% em 2008

A previsão de crescimento para 2008 é positiva. Um total de 75% dos retalhistas estimam uma subida nas vendas superior a 5%. Quando questionados sobre o volume de vendas do ano passado, 70% respondeu ter atingido um incremento de 5% e apenas 3% admitiu a evolução das vendas abaixo da linha de água.

O endividamento das famílias e o aumento da oferta de espaços comerciais são apontados como os principais travões ao crescimento do sector.

A Cushman&Wakefield contactou 94 retalhistas e obteve uma taxa de resposta de 38%. Destes, cerca de metade tem presença forte no país, com mais de 25 unidades comerciais em funcionamento e uma área de venda acumulada superior a 5 mil metros quadrados.

Mais de 50% das lojas ocupam áreas de venda inferiores a 150 metros quadrados e operam no sector têxtil. Apenas 17% têm espaços comerciais superiores a 1.000 m2.

No que diz respeito à expansão geográfica, cerca de 25% das marcas desenvolvem a sua actividade em exclusivo no mercado nacional e 20% estão presentes em mais de 100 países. A rede é constituída na sua maioria por lojas próprias mas o recurso ao franchising cresceu 15% face à edição do Market Pulse do ano passado.

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