FMCG Vinhos

Consumidores chineses vítimas de burla

Por a 28 de Agosto de 2007 as 2:00

vinhos.jpgOs consumidores chineses estão à mercê de produtores de vinho sem escrúpulos que falsificam rótulos e vendem vinhos adulterados como genuínos. Esta conclusão foi tirada pela jornal norte-americano US McClatchy, revelando que alguns produtores chineses estão a vender vinhos de produção doméstica com a designação “Valley Napa” nos rótulos, colocando igualmente anos de produção falsos e misturando vinhos a granel importados com vinhos domésticos.

De acordo com o decanter.com, os investigadores chineses, «já encontraram muitos vinhos com pouco mais de água, álcool e alguns traços de vinho». A legislação chinesa não é tão restrita como a europeia ou norte-americana, permitindo aos produtores locais “enganar” facilmente (e legalmente) os consumidores no que diz respeito ao ano e origem dos vinhos. Segundo as leis actuais, os produtores podem misturar vinhos a granel importados com os seus próprios vinhos, mas a partir de Janeiro de 2008, as novas regras irão aproximar a rotulagem dos restantes mercados mundiais, exigindo-se que 80% do vinho seja do ano indicado no rótulo e 75% das castas mencionadas.

Qi Wang, responsável pela Associação das Indústrias de Bebidas Alcoólicas, referiu ao decanter.com que «em anos recentes têm surgido vários problemas na indústria do vinho, causando efeitos negativos entre os consumidores».

De referir que, segundo este responsável, a importação de vinhos a granel aumentou 121% na China, sendo que estes são comprados pelos três grandes palyers Great Wall, Dynasty e Changyu, que posteriormente rotulam o vinhos como “Product of China”.

No mercado chinês, o consumo per capita ronda menos de uma garrafa por ano – média que aumenta significativamente nos principais centros urbanos como Pequim, Xangai, Macau ou Shenzhen – referindo vários especialistas que o consumo está a registar um aumento de ano para ano. De acordo com alguns dados não oficiais, os chineses poderão vir a consumir aproximadamente 50 milhões de caixas por ano em 2017, bem mais que as 2,3 milhões actuais.

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