Preço dos preservativos pode atingir 0,20 euros em 2008

A Coordenação Nacional de Luta Contra a Sida (CNLCS) está a pressionar a distribuição moderna para baixar o preço dos preservativos nos hiper e supermercados. O objectivo é que em 2008 estejam disponíveis contraceptivos a 0,20 euros, segundo declarações de Beatriz Casais, especialista da entidade, ao Diário de Notícias.

Nos contactos em curso com os retalhistas, a CNLCS propõe a criação de marcas brancas de preservativos, já que o preço é apontado como o principal responsável pelo desempenho destes produto no mercado nacional. Em média, cada português utiliza 1,6 preservativos por ano. Em Espanha, por exemplo, o consumo duplica. Cada espanhol compra 3 contraceptivos por ano.

O objectivo da medida é assim aumentar a oferta e a procura através da redução de preço. «Fomos contactados por vários importadores que querem vender estes produtos a baixo custo. O problema é que não têm depois quem os escoe».

De acordo com um estudo levado a cabo pela CNLCS no ano passado, o valor médio de um preservativo nas farmácias era de 0,78 euros, um montante elevado, assegura a entidade. A justificação é simples: cada contraceptivo que distribuí custa à entidade 0,6 euros. As grande superfícies são as lojas que praticam preços mais reduzidos, 0,55 euros em média.