Distribuição

Liberalização eleva preço dos medicamentos de venda livre

Por a 26 de Julho de 2007 as 2:00

O preço dos medicamentos não sujeitos a receita média subiu em média 3,5%. Quem o diz é a Deco que já no ano passado levou a cabo um estudo cuja conclusão denunciava o aumento do preço destes remédios, embora o crescimento se ficasse pelos 2,8%, noticia o Diário de Notícias.

A grande novidade do recente estudo é a diferença de valores praticados entre as farmácias e os estabelecimentos de venda livre, que somam já 471 unidades comerciais. A associação de defesa dos consumidores analisou os 20 medicamentos mais vendidos e concluiu que a maior subida registou-se nas farmácias. Estes operadores praticam em média valores superiores a 6,3% face aos preços há dois anos, quando o Executivo anunciou a liberalização dos medicamentos de venda livre com vista à redução de preço dos mesmos. Nas lojas, por sua vez, a subida registou em média 1%.

Da lista de remédios analisados, nove baixaram o preço. É o caso do Ilvico N que diminui o preço em 8,3%. No entanto, as subidas foram superiores a 20%, O Antrigripine, por exemplo, registou o maior aumento, 43%.

Entre as conclusões do estudo, que obteve resposta de 110 lojas e 97 farmácias, destaca-se ainda o facto de três operadores da distribuição moderna (Pingo Doce, Jumbo e Sonae Distribuição) oferecerem os melhores preços, que baixaram entre 4 a 5%. No entanto, as farmácias continuam a dominar fortemente o mercado, com 95% de quota.

O Infarmed, por sua vez, refuta os dados da Protest. Segundo a avaliação mensal do Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento, em Junho, os preços dos medicamentos de venda livre estavam em média 0,7% mais baixos do que há dois anos. Contudo, os dados do Infarmed comportam apenas as vendas das lojas.

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