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Sérgio Pereira, Director Comercial de distribuição da T.I.

Por a 20 de Abril de 2007 as 10:00

 

 «Queremos facturar mais 20% este ano»
Há duas décadas em Portugal, a Tecnologia Informática ambiciona ser “o pulmão” das empresas portuguesas. A experiência de 20 anos a desenvolver e comercializar software de gestão empresarial permite à empresa detida exclusivamente por capitais nacionais projectar este número como meta da facturação em 2007

Os módulos mais recentes do Artsoft, os primeiros passos da estratégia de internacionalização e a performance da empresa no ano passado, são temas em destaque na entrevista a Sérgio Pereira, director comercial de distribuição da empresa.

Hipersuper (H): Qual a área de actividade da Tecnologia Informática (T.I.)?
Sérgio Pereira (S.P.): A T.I. iniciou actividade a desenvolver software de gestão para as áreas comercial e financeira, e tem evoluído na produção de software. A actividade comercial divide-se em duas frentes: presença directa na Grande Lisboa, onde fazemos integração não só da aplicação mas de todos os serviços inerentes à implementação do ERP; e uma rede de distribuição a nível nacional, que cobre o resto do País.

H: Que soluções têm vocacionadas para a indústria e retalho?
S.P.: Nós só temos um produto: o Artsoft. Este pode é ser adaptado aos vários sectores de actividade. Consiste na gestão comercial e está dividido em vários sub-módulos, como sejam gestão de lotes, datas de validade, gestão de produção, entre outros.

H: Um dos módulos que disponibilizam é o da rastreabilidade.
S.P.: Sim. O Artsoft permite saber facilmente, a partir da aplicação, todo o percurso de determinado produto, desde a área de produção até ao consumidor final. Sendo atribuído a cada produto um número único, o software permite identificar ou imprimir de forma rápida uma listagem que indica onde o produto foi comprado, quando, em que fase da cadeia de abastecimento se encontra, a quem foi vendido, entre outras informações.

H: Qual o investimento que exige a solução?
S.P.: É variável. Para nós, é um módulo standard de gestão comercial, mas o investimento está relacionado com a dimensão do cliente. O licenciamento da aplicação é feito em função do número de postos de trabalho e do nível de parametrização que cada cliente pretende.

A solução mais pequena poderá rondar 10 mil euros e a maior entre 100 e 200 mil. A análise é sempre feita caso a caso, porque o cliente não solicita a solução para gerir apenas a rastreabilidade, mas a empresa. Nesse sentido, é necessário um levantamento de necessidades, que muitas vezes engloba as áreas financeira, contabilidade, tesouraria, e é feita a proposta global.

H: Os módulos podem ser implementados de forma faseada?
S.P.: Sim. O produto está totalmente disponível, é uma questão de licenciamento. A qualquer momento podemos licenciar mais módulos.
H: Em que consiste o novo módulo das transacções electrónicas?
S.P.: Resultou de uma parceria com a Safety e permite validar documentos electrónicos. O cliente pode enviar a factura por e-mail, pois a Safety garante a assinatura electrónica do documento. De seguida, o cliente recebe uma notificação que é importada automaticamente para o Artsoft.

H: Quais são as principais vantagens do módulo?
S.P.: O processo é mais simples: não há erro humano na digitação, o documento entra directamente no sistema. O cliente é apenas informado da chegada da mercadoria e factura.

H: Qual é o preço deste módulo?
S.P.: O licenciamento está abaixo dos 500 euros.

H: Quais as mais valias do Artsoft?
S.P.: A T.I. tem 20 anos de experiência e, nesse sentido, o software está muito optimizado para o mercado nacional. A mais valia não está apenas ligada ao produto, mas ao processo de venda e implementação. O enfoque não é tanto nas funcionalidades da aplicação, porque estas estão em constante mutação. O contrato permite que, de três em três, sejam adicionadas novas funcionalidades ao cliente.
A diferenciação é a grande adaptabilidade ao mercado.

H: A solução é, então, adaptada a cada cliente?
S.P.: Sim. O sucesso de implementação deve-se muitas vezes ao cliente, quando este sabe exactamente como quer as coisas parametrizadas e o software a funcionar.

H: Como está a correr a internacionalização?
S.P.: Está a dar os primeiros passos, quer em Espanha quer nos PALOP. Estamos actualmente desenvolver parceiras com empresas que nos possam representar nos mercados externos. A perspectiva inicial não é tanto comercial, mas estabelecer parcerias.

H: Qual a facturação da T.I.?
S.P.: Cerca de 400 mil euros em 2006, montante que representa um crescimento de 8% face ao exercício homólogo.

H: Qual a meta para 2007?
S.P.: Crescer 20%.

H: Quantas licenças têm?
S.P.: O Artsoft marca a quinta geração de produtos T.I., que tem já 40 mil licenças instaladas.

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