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Cultivo de milho transgénico não prejudica tradicional

Por a 19 de Fevereiro de 2007 as 16:18

milho

Se forem cumpridas as regras de precaução estabelecidas na lei, o cultivo de milho geneticamente modificado (OGM) não afecta as culturas tradicionais da mesma espécie que estão próximas. Este é a conclusão do primeiro estudo no terreno, em condições reais, feito em Portugal sobre esta questão, elaborado pela Direcção-Geral de Protecção de Culturas.

O estudo foi baseado no acompanhamento e avaliação do cultivo das variedades de milho transgénico autorizadas na União Europeia (UE) desde 2004. Em Portugal, este tipo de cultura teve início em 2005, mas só em 2006 cresceu 62,4%, atingido um total de 1254 hectares.

As variedades de milho OGM em causa têm um gene que inibe o desenvolvimento de uma larva destrutiva chamada broca, que existe no Alentejo, Beira Litoral e Ribatejo Oeste. Por isso, a utilização desta semente evita aos agricultores dois a três tratamentos por época para eliminar a larva. São 36 as variedades de milho geneticamente modificado que a UE permite cultivar. O estudo da Direcção-Geral de Protecção das Culturas mostrou que as regras impostas a estas culturas “são apropriadas”, porque a maioria das análises às culturas tradicionais localizadas junto aos campos OGM não revelaram contaminação. Nos locais onde esta foi detectada, era inferior a 0,5%.