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Produtos alimentares e bebidas representam 2 mil milhões em exportações

Por a 16 de Fevereiro de 2007 as 16:47

Os produtos dos sectores alimentar e de bebidas representam, para Portugal, dois mil milhões de euros em exportações, valor este que equivale a cerca de 7% do total das exportações nacionais. O número foi avançado pelo secretário de estado-adjunto da Agricultura e das Pescas, Luis Vieira, presente no XII SISAB (Salão Internacional do Vinho, Pescado e Agro-alimentar).

«No último ano, crescemos cerca de 11%, o que mostra, claramente, o reforço da capacidade competitiva que estes sectores têm registado no nosso país», sublinhou Luis Vieira.

De 12 a 14 de Fevereiro, o SISAB acolheu, no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, 1.500 empresários – entre produtores nacionais e importadores estrangeiros -, que se reuniram para negociar, exclusivamente, produtos portugueses.

Para Carlos Morais, administrador do SISAB, a edição deste ano superou todas as expectativas. Registou-se um aumento de 25% face ao ano passado no número de expositores e de visitantes estrangeiros. Para 2008, prevê novo crescimento, já que «há sectores, como o biológico, as frutas e os congelados que podem ser mais explorados, devido não existir tradição de exportação destes produtos», afirma o responsável.

De acordo com a organização, a edição deste ano «recebeu a maior comitiva de sempre de empresários estrangeiros». Num total de mais de 500 empresários, oriundos de 52 países, destacaram-se algumas delegações “de peso”, como as do Brasil, Hungria e Sérvia.

Carlos Morais refere que «os visitantes estrangeiros representavam cadeias de distribuição internacionais de maiores dimensões e com maior capacidade de compra», como o Pão de Açúcar, a empresa que detém o monopólio da compra de vinho na Noruega (Vinemonopolet) e a cadeia de distribuição para o Brasil, a Wal-Mart.

Japão, República Checa, Polónia e Holanda foram outros dos países referenciados pelo organizador do SISAB como aqueles onde foi feito «um esforço muito significativo», que se traduziu num aumento de participantes. Neste edição, a Europa Central, nomeadamente os países de Leste, foi a grande força do certame.

Em destaque estiveram também os países que pela primeira vez marcaram presença no SISAB, nomeadamente o Bahrain, Montenegro, Ucrânia, Croácia, Panamá, Eslováquia e Eslovénia.

O SISAB, cujo objectivo é promover e vender marcas portuguesas da área alimentar no estrangeiro, apresentou produtos tão variados como vinhos, cervejas, cafés, águas, lacticínios, azeites, conservas, confeitaria, enchidos, pescado, cereais, entre muitos outros.

Entre as empresas portuguesas a apresentar os seus produtos estiveram a Sogrape, Herdade do Esporão, Delta Cafés, Compal, Sumol, Nutricafés, Unicer, Sociedade Central de Cervejas ou Água de Caramulo.

Pela primeira vez, marcaram presença as regiões autónomas da Madeira e dos Açores, assim como as representações dos vinhos do Alentejo, Estremadura, Ribatejo e dos vinhos verdes. Também as áreas do pescado, azeite, doçaria e pré-congelados incluíram novos participantes. Outros expositores reforçaram o espaço anteriormente ocupado, como é o caso da Comissão Vitivinícola do Alentejo, que, este ano, duplicou a sua área.

De resto, o vinho, pescado, azeite e bebidas formam o grupo dos sectores mais representados na exposição de produtos portugueses.

«O nosso objectivo é que a interacção entre as empresas portuguesas e os empresários do estrangeiro assegure, ano após ano, a presença em Portugal de uma plateia como esta. O SISAB pretende ser uma “pedrada no charco” na promoção dos produtos portugueses», concluiu Carlos Morais.