A relação do retalho com as redes sociais

Por Camilla Fonseca, Sales Director da comScore Portugal

A sua empresa retalhista relaciona-se bem com as redes sociais? Se sim,  quão ativa é a sua presença? Se este é um tema que lhe traz hesitação em responder, tenha cuidado. Apesar de algumas redes nascerem e morrerem em pouco tempo, o fenómeno não é passageiro e relacionar-se com elas poderá ser bastante benéfico para sua marca.

Tanto a categoria do retalho como a categoria de redes sociais (Social Media – Social Networking) encontram-se entre as dez categorias com maior penetração na população digital portuguesa. De acordo com o último ranking da comScore de fevereiro de 2017 (MMX, fev17, Desktops, 15+), a categoria retalho alcançou 59,3% da população digital portuguesa, com o total de 3.247.931 visitantes únicos. Já a categoria de redes sociais teve como de costume uma performance ainda mais alta, com 75,5% de alcance na população e encerrou o mês com um total de 4.133.381 visitantes únicos. Neste contexto, é de suma importância verificar o potencial de relacionamento entre retalho e ferramentas sociais.

Se somarmos todos os visitantes únicos de ambas as categorias, teremos assim o total de pessoas sem duplicação com interesse nos dois conteúdos. No mês em questão, esta soma resulta em 2.448.036 visitantes únicos, o que representa 44,7% do universo dos desktops. Cada rede possui as suas particularidades e formas de interação e, com base nisto, analisamos no gráfico 1 o “casamento” entre retalho e algumas redes. É importante dizer que estas redes foram escolhidas aleatoriamente.

Gráfico 1

Vimos que em fevereiro o FACEBOOK.COM é de facto a rede social preferida daqueles que visitaram a categoria do retalho. Do total de pessoas que visitaram alguma propriedade do retalho, 61,1% também visitaram a rede americana. O LINKEDIN.COM, plataforma criada com foco no âmbito profissional, foi visitado por 14,6% da audiência retalhista. O PINTEREST.COM, que funciona como um catálogo de imagens, foi visitado por 10,2% das pessoas e o TWITTER.COM, microblog de até 140 caracteres por postagem, foi visitado por 5,7% da audiência.

Também é possível analisar algumas outras plataformas que não estão na categoria de redes sociais mas possuem semelhante atuação, como é o caso do YOUTUBE.COM, cujo conteúdo é classificado como Entretenimento (Entertainment – Multimedia), do INSTAGRAM.COM, que acaba por ser classificado como serviços de fotos (Services – Photos) ou ainda dos comunicadores WHATSAPP.COM e MESSENGER.COM (ambos na categoria de mensagens instantâneas ou Services – Instant Messengers). Todos estes serviços estão bastante presentes no âmbito mobile como aplicações, porém eles também possuem audiência (e aplicações interessantes) nos desktops. No gráfico 2 estão, portanto, as audiências totais das redes mencionadas segundo os dispositivos desktop somente.

Gráfico 2

Outro fator bastante relevante é a sobreposição entre as redes, por exemplo. Em fevereiro o total de pessoas que visitou pelo menos uma das redes acima ficou em 3.585.087 visitantes únicos. Em termos de páginas vistas foram 873,727 milhões, enquanto em total de minutos gastos foram 968,271 milhões para o mesmo período.

Tão importante quanto ter a dimensão destas redes é perceber quem as frequenta. As redes com o público entre os 15 e 24 anos são nomeadamente Instagram, Messenger, Twitter e Youtube. Já na faixa dos 25 a 34, a única rede com maioria desta faixa etária é o Whatsapp. As redes Facebook, Linkedin e Pinterest têm em sua maioria a audiência entre os 35 a 44 anos, faixa esta também em maioria em toda a audiência portuguesa (1.368.862 visitantes únicos em fevereiro). Quanto ao género, os homens representam a maioria em quase todas as redes, com leve diferença à frente das mulheres, como já acontece em geral em toda a audiência digital. A única rede social que possui mais audiência feminina é o Pinterest, com 237.088 visitantes únicos. O mesmo fenómeno ocorre entre os géneros com relação às visitas, onde nesta métrica, as visitantes representam quase 70% do total.