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Investimento em imobiliário comercial deverá recuar 14% em 2020

Por a 16 de Dezembro de 2020 as 10:46

retalhoO investimento imobiliário comercial em Portugal deverá recuar 30% em 2020, em relação às previsões feitas antes da pandemia para o fecho do ano, estima a consultora imobiliária Cushman&Wakefield (C&W). Ainda assim, 2020 será o terceiro melhor ano de investimento imobiliário no país, atingindo um valor de 2.800 milhões de euros, o que representa uma quebra homóloga de 14%.

“Em dezembro de 2019, as [nossas] estimativas apontavam para um volume de transações em 2020 próximo dos 3.400 milhões de euros. A cumprir-se, este representaria um novo máximo histórico. À data de hoje, o volume de investimento estimado para 2020 aproxima-se dos 2.800 milhões euros, traduzindo uma quebra de 31% face às estimativas feitas há 12 meses”, indica a C&W em comunicado.

O setor de retalho foi o que registou a maior quebra na alocação de capital face ao previsto no final do ano passado. “Muito influenciadas pelo portefólio Sierra Prime, as estimativas de há 12 meses apontavam para um domínio claro do retalho em comparação com os outros setores. Esperava-se que os ativos de retalho atraíssem 54% do capital, tendo-se verificado afinal uma quota de 39%”.

Interesse dos investidores estrangeiros mantém-se estável

Apesar da pandemia e consequente crise económica e social, o interesse dos investidores estrangeiros no mercado português manteve-se estável ao longo do ano. “Após uma primeira fase de ‘esperar para ver’, os principais ‘players’ deste mercado reconheceram a boa resposta que o país estava a dar à pandemia e foram também pressionados pelos elevados níveis de liquidez que registavam. A quebra verificada no investimento está perfeitamente em linha com outros países”, sublinha a consultora.

No primeiro trimestre de 2020 já tinham sido transacionados mais de 1.500 milhões de euros em ativos imobiliários, com o peso de capital estrangeiro a representar 73% do total. Pelo contrário, o segundo trimestre do ano “foi um dos mais baixos de sempre da história do investimento imobiliário em Portugal, retratando a atitude cautelosa de muitos investidores”.

A consultora explica que esta cautela “não foi visível apenas nas decisões de compra, nesta fase foram vários os ativos retirados do mercado por opção dos vendedores. Entre abril e junho transacionaram-se apenas 141 milhões euros, na sua totalidade provenientes de capital estrangeiro”, conclui.

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