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Charcutaria: Marcas adaptam-se às novas exigências do consumidor

Quinta de Jugais, Primor, Prisca Alimentação, Nobre e Izidoro têm ajustado as suas estratégias para responder às novas exigências dos consumidores portugueses, cada vez mais preocupados com a sustentabilidade, a alimentação saudável e a valorização dos produtos tradicionais.

Ana Rita Almeida
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Charcutaria: Marcas adaptam-se às novas exigências do consumidor

Quinta de Jugais, Primor, Prisca Alimentação, Nobre e Izidoro têm ajustado as suas estratégias para responder às novas exigências dos consumidores portugueses, cada vez mais preocupados com a sustentabilidade, a alimentação saudável e a valorização dos produtos tradicionais.

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Orgulhosos produtores de enchidos regionais da Serra da Estrela/Beira Alta Artur Moreira, diretor comercial da Quinta de Jugais, reconhece a evolução do perfil do consumidor português, que agora demonstra maior preocupação com a sustentabilidade. “72% procuram consumir produtos mais sustentáveis e 87% consideram importante consumir produtos acondicionados em embalagens sustentáveis”, explica. A procura por produtos tradicionais e de origem nacional ou regional também tem crescido, refletindo uma preocupação crescente com a saúde e o bem-estar.

Artur Moreira, diretor comercial da Quinta de Jugais

Ao Hipersuper, Artur Moreira destaca o lançamento da marca “Pata Negra – Charcutaria de Porco Preto” como resposta a esta mudança de paradigma, onde os consumidores valorizam alimentos saudáveis com benefícios organoléticos, mesmo com preços mais elevados. “Temos vindo a inovar e a lançar soluções, marcadamente, saudáveis e sustentáveis com lançamento de produtos sem a utilização de nitratos, nitritos e fosfatos – a nossa Gama ‘Natura’”, refere, enaltecendo a redução de 35% no uso de plásticos nos últimos quatro anos e o investimento em painéis solares nas fábricas.
A Quinta de Jugais tem implementado várias mudanças nas fábricas, como o reaproveitamento de águas e a reciclagem de plásticos e cartão. “Volto a destacar o lançamento, em 2021 da nossa Gama “Natura” que se caracteriza pela não utilização de fosfatos, nitritos e nitratos, resultando em Produtos mais saudáveis e sustentáveis”, afirma. A valorização dos enchidos tradicionais da Serra da Estrela também faz parte da estratégia da empresa, que opta por comercializar apenas produtos com raízes na região, resistindo a expandir o portefólio para outros enchidos não típicos. Como resultado desta estratégia, lançaram recentemente o Chouriço de Carne com Pimenta e Alho e a Farinheira Doce, fruto do trabalho de investigação da Engª. Lúcia Ribeiro. “A nossa ligação à nossa Região é algo que nos é intrínseco”, garante.
Sobre o impacto das marcas próprias (MDD) das grandes cadeias de distribuição, admite que estas representam uma fatia significativa da faturação da empresa. No entanto, lamenta a falta de abertura da distribuição moderna para a inovação no setor, o que impede que os consumidores tenham acesso a novos produtos. “A nossa empresa foca-se na diferenciação, apostando em sabores e receitas “fora do comum”, como referi anteriormente, mas também disponibilizando formatos e apresentações menos convencionais”, explica, acrescentando que a Quinta de Jugais continua a produzir os enchidos regionais da forma ancestral, utilizando fumeiro natural com lenha de azinho, o que resulta em produtos únicos.
No que diz respeito à exportação, destaca a importância da diáspora portuguesa nos mercados internacionais, especialmente em países como França, Alemanha, Inglaterra e Suíça, onde os enchidos de qualidade são apreciados. A Quinta de Jugais tem participado em grandes eventos internacionais, como a Anuga e a SIAL Paris, onde este ano irá apresentar um stand totalmente dedicado à charcutaria regional, promovendo as marcas Quinta de Jugais e Salsicharia Beira Serra. A grande aposta será na promoção da marca Pata Negra, lançada em 2022, que tem sido um sucesso. “A grande aposta passa pela promoção e divulgação da nossa Marca de Charcutaria de Porco Preto – Pata Negra, que lançámos em 2022 e que tem sido um sucesso. A estratégia de médio prazo passa por, sem nunca descurar os nossos enchidos tradicionais, implantar e fazer crescer a Marca Pata Negra no exterior, para além do Mercado Nacional, como é óbvio, procurando aliar e oferecer produtos nobres e de alta qualidade a uma Marca fortíssima, por si só definidora da própria categoria.”, conclui.

Alberto Martins, diretor comercial da Primor Charcutaria Prima

“Ingredientes mais saudáveis, mais naturais e sustentáveis”
Com uma aposta contínua na inovação, na sustentabilidade e na adaptação às novas tendências de consumo, a Primor Charcutaria Prima está a posicionar-se como uma marca de referência, tanto em Portugal como no mercado internacional.
Alberto Martins, diretor comercial da empresa que nasceu em 1961 em Vila Nova de Famalicão pelas mãos de Joaquim Moreira Pinto e Ana Amélia, destaca a evolução do perfil do consumidor português, que está cada vez mais atento à saúde e à sustentabilidade. Os consumidores continuam preocupados com aumento dos preços, mas tendencialmente estão a mudar a perceção dos alimentos e consumo, tendo uma preferência por alimentos com ingredientes mais saudáveis, mais naturais e sustentáveis, que contribuam para cuidar da sua saúde e bem-estar”, afirma, sublinhando que as marcas precisam, hoje, de ir além da conveniência e do preço competitivo. Esta mudança tem levado a Primor a ajustar a sua oferta, inovando com novas gamas de produtos que respondem a estas exigências. O lançamento da gama Primor Puro é um exemplo. Alberto Martins explica que “foi elaborada a partir de ingredientes de origem natural, sem corantes nem conservantes”. Este tipo de produto reflete a preocupação da Primor em desenvolver opções mais saudáveis e inovadoras no segmento da charcutaria. No entanto, o diretor comercial reconhece que há desafios neste caminho: “um grande exemplo desta dificuldade foi o lançamento da nossa Gama Primor Puro, uma gama elaborada a partir de ingredientes de origem natural, sem corantes nem conservantes, uma versão mais saudável e inovadora no segmento da charcutaria. O resultado são produtos de valor acrescentado, com preços mais elevados e com validades mais reduzidas (pelo facto de não terem conservantes artificiais), produtos para os quais, os nossos consumidores, ainda não estão preparados para assumir a um preço mais elevado”, expõe.
Paralelamente, a Primor tem acompanhado outras tendências do setor, nomeadamente a procura crescente por charcutaria de carnes brancas, como frango e peru. “A charcutaria de aves já representa mais de 30% do segmento total de charcutaria”, revela. A marca foi uma das primeiras a identificar esta oportunidade, apostando, desde 2007, na gama Balance, que inclui peitos e fiambres de frango e peru, mortadela e até bacon de peru. “Hoje é reconhecida e procurada como referência neste segmento”, evidencia.
Quanto à diferenciação da marca face às marcas próprias das grandes cadeias de distribuição, o diretor comercial da Primor Charcutaria Prima é claro: a inovação é uma das nossas principais prioridades. A empresa tem apostado em novos lançamentos, como o Bacon tipo inglês e a gama Clean Label, que oferecem produtos mais saudáveis e com menor teor de sal e gordura. Além disso, refere o papel da planta piloto da Primor, uma unidade produtiva de pequena escala que permite testar novos produtos e reduzir o tempo de lançamento no mercado. “ A uma escala muito reduzida, conseguimos obter protótipos para a validação de provas de conceito de cada novo produto. Permite-nos reproduzir todo o processo industrial, que antecede o scale-up, reduzindo o time-to-market dos novos produtos.  Aporta conhecimento e uma vantagem competitiva à Primor, ao nível do serviço aos nossos clientes que muito nos desafiam, a inovar e a apresentar projetos de desenvolvimento de novos produtos.”, enaltece.
No que toca à exportação, revela que o Grupo Primor já exporta para 23 países. ”Na Primor Charcutaria os cinco países que mais volume fazem são: Bélgica, Reino Unido, Moçambique, Alemanha e França. Na ICM os seis países que mais volume fazem são: Espanha, França, Bulgária, Brasil, China e Angola.”, explica. A estratégia para o futuro passa por consolidar a presença internacional e continuar a adaptar a oferta às exigências dos mercados externos.
Quanto às práticas sustentáveis, Alberto Martins destaca o investimento de 9,3 milhões de euros nos últimos dois anos, com metade deste valor destinado a projetos de inovação e sustentabilidade. Entre as iniciativas, menciona a instalação de unidades de produção de energia solar fotovoltaica (UPAC), que ajudarão a reduzir a pegada de carbono do grupo em 1.550 toneladas anuais.
Outro ponto essencial para a Primor é a redução do uso de plásticos e a aquisição de materiais com uma maior taxa de reciclagem. Estamos a tornar as nossas embalagens mais sustentáveis, sem comprometer a qualidade e a segurança alimentar, assegura. A automatização de processos produtivos também tem sido uma prioridade, com o objetivo de aumentar a eficiência, reduzir o desperdício e garantir a padronização dos produtos. E garante: “Para 2024 está previsto um investimento de aproximadamente 2 milhões de euros”.

Vanda Serrumbia, responsável da direção comercial da Prisca Alimentação

“Continua a haver espaço para o consumo de enchidos tradicionais portugueses”
Vanda Serrumbia, responsável da direção comercial da Prisca Alimentação, explica que o perfil do consumidor de charcutaria em Portugal tem-se mantido relativamente estável, especialmente no que diz respeito aos artigos tradicionais e industriais. No entanto, “devido à retração económica, tem procurado soluções económicas que satisfaçam as suas necessidades, em especial na oferta das MDD”. A diretora reconhece que, apesar da crescente preocupação com a alimentação, “continua a haver espaço para o consumo de enchidos tradicionais portugueses, em especial nas épocas festivas”.
Em termos de práticas sustentáveis, a Prisca tem feito esforços significativos para melhorar o seu impacto ambiental. “A Prisca tem integrado várias práticas sustentáveis na produção, em especial na utilização de embalagens mais ‘amigas do ambiente’ (fatiados leaf skin – menos plástico e mais cartão), assim como em outras vertentes”, afirma Serrumbia. Além disso, a marca continua a valorizar os produtos locais e as tradições regionais, algo que considera essencial para a sua identidade. “A valorização de produtos locais e tradições regionais, mantem-se, uma vez que somos produtores centenários de enchidos regionais e assim mantemos a nossa génese”, reforça.
Sobre a crescente presença das marcas próprias das grandes cadeias de distribuição, admite que “as marcas próprias das grandes cadeias de distribuição vão proliferando, também no nosso segmento, e têm ocupado um espaço significativo da oferta”. No entanto, destaca que a Prisca mantém o foco na “manutenção da qualidade e excelência da nossa marca, assim como na inovação, que tem sido o grande motor do nosso crescimento”. Um exemplo dessa inovação é o recente lançamento do kit para francesinhas, que espera “que seja um sucesso de vendas nesta reta final do ano”.
Relativamente à exportação, sublinha que este é “um desafio constante, que enfrentamos diariamente e com uma expressão cada vez mais significativa no nosso volume de negócios”.
A Prisca já está presente em mais de 60 países, o que é um marco de orgulho para a empresa. Neste campo, quanto às estratégias adotadas, a responsável destaca que “as estratégias para promover os nossos produtos têm sido marcadas pela presença em feiras deste certame e as oportunidades identificadas para o crescimento neste segmento são a capacidade de adaptação às necessidades dos clientes internacionais e a manutenção da qualidade de excelência de toda a nossa oferta”.

Inês Silva, brand manager da Izidoro/Grupo Montalva

Consumidor está cada vez mais atento ao impacto dos alimentos na saúde e bem-estar
Inês Silva, brand manager da Izidoro/Grupo Montalva, aponta duas tendências distintas no perfil do consumidor em Portugal. “Por um lado, há um consumidor mais racional, que, face à perda de poder de compra, adota uma postura mais cautelosa, valorizando sobretudo a relação qualidade-preço e procurando sempre a melhor opção”, observa. Contudo, há também “um consumidor mais flexível e camaleónico, que alterna entre decisões racionais e emocionais, dependendo da categoria do produto e da sua ligação emocional à marca”. Neste cenário, apenas as marcas que conseguirem criar “uma ligação forte e autêntica com os seus consumidores” e oferecer “uma proposta de valor realmente diferenciadora e relevante” terão sucesso.
Segundo Inês Silva, a Izidoro tem como missão “democratizar o consumo nas categorias de fiambre e salsichas”, sempre com um foco na qualidade e no sabor. Para isso, a marca ajusta o seu portefólio às novas tendências de consumo, pensando sempre “na nutrição e conveniência”. Já a marca Damatta, com presença nas categorias de presunto e enchidos, tem um posicionamento diferente “preservando o melhor da tradição portuguesa” e é pensada para “momentos de indulgência e partilha à mesa”.
Nos últimos anos, Inês Silva nota que o consumidor está cada vez mais atento “ao impacto dos alimentos na saúde e bem-estar”. Em resposta a esta procura por produtos mais saudáveis, a Izidoro melhorou as fórmulas do Fiambre Perna Extra, reduzindo os níveis de sal e gordura e eliminando aromas artificiais, mantendo o sabor autêntico. A marca também aumentou as gramagens na gama de fatiados, oferecendo +30g grátis, e expandiu a oferta de receitas tradicionais com a nova gama de Porco Bísaro da Damatta.
A empresa tem-se focado igualmente na inovação e responsabilidade social. “ , lançámos uma edição limitada em parceria com o Manicómio, para sensibilizar para a temática da saúde mental. Além disso, reforçámos a gama Izidoro Veggie Lovers e introduzimos novos picados congelados, em resposta à crescente procura por alternativas vegetais e refeições já temperadas”, revela.
“Com um consumidor mais consciente e simultaneamente com menor poder de compra, temos ajustado a nossa estratégia, oferecendo produtos que combinam qualidade, bem-estar e valor, adaptando-nos continuamente às exigências de um mercado em rápida transformação.”, acrescenta.
Em termos de sustentabilidade, Inês Silva destaca que o Grupo Montalva combina “as mais avançadas tecnologias com as receitas tradicionais, sempre com um foco na sustentabilidade e na circularidade em todas as fases da produção, seguindo o princípio ‘Do Prado ao Prato’.”. A marca foi pioneira em Portugal ao obter a certificação de bem-estar animal para toda a cadeia de valor da carne de suíno. A empresa também investiu em painéis fotovoltaicos para reduzir a pegada carbónica e criou a PetAqua, uma unidade de transformação de subprodutos que promove a economia circular. “ “Introduzimos as novas embalagens ‘skin’, que reduziram em 70% o uso de plástico e são 100% recicláveis, reforçando o nosso compromisso com práticas mais sustentáveis. Com a marca Damatta, damos especial atenção à valorização das tradições regionais, preservando a autenticidade da charcutaria portuguesa e celebrando o que de melhor a nossa gastronomia tem para oferecer.”, reforçando o compromisso da marca com práticas mais sustentáveis.
Quanto ao impacto das marcas próprias das grandes cadeias de distribuição, a responsável reconhece que “representam entre 60 a 70% do mercado nas nossas categorias”, tornando o mercado mais competitivo. No entanto, destaca que a principal diferenciação da Izidoro “vai além do preço”, alicerçada na confiança e qualidade dos produtos, resultado de “um know-how consolidado”. A marca distingue-se pelo controlo integral da cadeia de valor, oferecendo carne “100% portuguesa com certificação em bem-estar animal”, algo que atrai consumidores que valorizam produtos éticos e sustentáveis. “A inovação tem sido um dos principais motores do nosso desenvolvimento”, salienta, referindo o investimento contínuo em novas tecnologias, processos e produtos.
“Embora as marcas próprias das grandes cadeias de distribuição tenham ganho terreno”, Inês Silva assegura que a Izidoro continua a diferenciar-se pela sua “história, expertise e compromisso com a qualidade e inovação. “Estes fatores, juntamente com o controlo integral da cadeia de valor e o foco na sustentabilidade, permitem-nos oferecer uma proposta verdadeiramente única.”, conclui.

Paulo Camoezas, diretor comercial da Salsicharia Limiana

“Já competimos de igual para igual nalgumas gamas com os espanhóis, por exemplo”
Paulo Camoezas, diretor comercial da Salsicharia Limiana, considera que o perfil do consumidor português se tem tornado cada vez mais exigente no momento da compra, valorizando produtos mais saudáveis e de maior qualidade. “O consumidor atual é extremamente exigente no ato de compra, e escolhe produtos essencialmente mais saudáveis, com maior qualidade. Exigem melhor qualidade a um preço competitivo”, afirma.
Com o surgimento das marcas próprias das grandes cadeias de distribuição, o responsável da empresa fundada em 1981 e com origem em Ponte de Lima, reconhece que houve uma verdadeira transformação no mercado: “Com o aparecimento das marcas próprias houve a primeira revolução, preços mais económicos, e na maior parte das vezes a mesma qualidade do fabricante”. No entanto, sublinha que, atualmente, as marcas se querem vender “têm de competir com as marcas próprias, às vezes coexistindo, e muitas das vezes com preços ainda mais competitivos”. Na Salsicharia Limiana, a resposta a esta concorrência tem passado por “trabalhar e investir muito na imagem do produto, na qualidade do mesmo, e principalmente na eficácia e eficiência de serviço”.
Quanto ao futuro da alimentação, Paulo Camoezas acredita que estamos a dar os primeiros passos para um paradigma de consumo mais saudável. “Produtos cada vez mais saudáveis, com menos sal, com menos gordura, com elevado teor cárnico e proteico” serão fundamentais, e a preocupação com o ambiente terá um peso crescente. “O consumidor dos próximos 10 anos vai olhar para a qualidade do produto, para o sabor, para o preço, mas também para a embalagem, se é amiga do ambiente ou não”. Na Salsicharia Limiana, já foi iniciada esta transição: “Já iniciámos esse caminho com a alteração de caixas e embalagens, utilizando menos cartão e menos plástico, e em muitos produtos já com embalagens de plástico e cartão reciclado e principalmente reciclável”.
“Estamos a reduzir a utilização de plásticos redesenhando as embalagens de forma a consumir menos recursos”, explica. Além disso, a empresa está a implementar energia fotovoltaica nas suas duas unidades de produção. “Estamos agora a meio de um projeto de colocação nas duas unidades de energia fotovoltaica 100% limpa”, revela.
Os produtos tradicionais são um dos pilares da Salsicharia Limiana. “Um dos pilares da nossa estratégia é precisamente manter os produtos o mais tradicionais possível, mantendo o sabor do antigamente”, explica Paulo Camoezas que refere: embora seja difícil conjugar a produção moderna com a tradição, esse equilíbrio é conseguido. “Fazer também o tradicional numa indústria que tem linhas de produção do mais moderno que existe atualmente é uma equação difícil, mas que conseguimos manter”. O foco principal da empresa é “o sabor característico do produto”, e a partir daí, tudo é desenvolvido.
Sobre a crescente presença das marcas próprias, Paulo Camoezas diz que a Salsicharia Limiana sabe coexistir bem com elas. “Estamos muito à vontade com marcas próprias, sabemos viver com elas, e por isso mesmo somos, em algumas cadeias de distribuição, a marca escolhida para esse efeito com resultados extremamente positivos para ambas as partes, mas principalmente para o consumidor”. O responsável destaca que, mesmo quando a empresa produz para outras marcas, mantém o mesmo nível de exigência. “Fazemos produto para a nossa concorrência, que reconhece em nós essa qualidade e competitividade que eles não conseguem obter”. Esta abordagem permitiu que a Salsicharia Limiana fosse líder em algumas cadeias de distribuição no fornecimento de marcas próprias.
No que diz respeito à exportação, destaca que a empresa tem consolidado a sua presença a nível internacional, embora enfrente desafios como os “aspetos cada vez mais burocráticos de alguns mercados” e a “localização geográfica periférica”, que encarece os custos logísticos. “O custo logístico de Espanha para França, por exemplo, é metade daquele que existe em Portugal”, o que reduz a competitividade em relação a outros países. Para promover os seus produtos no mercado internacional, a Limiana tem marcado presença em feiras importantes. “Temos ido a importantes feiras, dando posterior seguimento, não só dos potenciais clientes fornecedores de produtos portugueses para o chamado mercado da saudade, mas cada vez mais empresas locais para consumidores locais”.
Paulo Camoezas destaca o reconhecimento crescente dos produtos portugueses a nível internacional, notando que a diferença de qualidade entre os produtos portugueses e os de outros países, como Itália ou Espanha, está a desaparecer. “Hoje diria que em qualidade e apresentação já competimos de igual para igual nalgumas gamas com os espanhóis, por exemplo”, afirma, acrescentando que isso oferece uma “perspetiva de futuro fabulosa” para a Salsicharia Limiana e o setor alimentar português.

Lia Oliveira, diretora de marketing e de comunicação externa da Nobre

“Um dos pilares é continuar a reduzir a nossa pegada ambiental”
Lia Oliveira, diretora de marketing e de comunicação externa da Nobre, confirma que, nos últimos anos, “existe uma maior preocupação com os hábitos alimentares” por parte dos consumidores portugueses. Segundo a responsável, “os consumidores estão cada vez mais informados na hora de escolher produtos”, procurando opções mais equilibradas que permitam seguir “uma dieta flexitariana e um estilo de vida equilibrado”. Perante este cenário, a Nobre tem vindo a ajustar o seu portefólio de produtos, apostando em soluções inovadoras e adaptadas às novas tendências de consumo. “A Nobre Cuida-t+ e Nobre Vegalia são dois exemplos desta adaptação”, explica Oliveira, destacando a importância de oferecer produtos com “teor de sal e gordura reduzido” e opções com proteínas alternativas, como forma de diversificar a alimentação.
A inovação tem sido uma prioridade para a marca, sendo o lançamento da Nobre Omelete um exemplo disso. “Esta nova gama, à base de ovo e produzida com ovos de galinha criadas ao ar livre, é ideal para os portugueses que pretendem diversificar o tipo de proteína que consomem nas suas refeições”, explica Oliveira. A marca introduziu ainda um produto inovador na gama Nobre Cuida-t+: “o fatiado de peito de peru com cenoura”, que combina “um legume com proteína numa solução muitíssimo saborosa” e que é também “uma fonte de fibra”. Para Lia Oliveira, o objetivo da Nobre é claro: “O bem-estar individual e uma alimentação equilibrada, flexível e conveniente será cada vez mais uma necessidade”.
No que diz respeito à sustentabilidade, salienta que a Nobre tem vindo a desenvolver práticas consistentes ao nível ambiental. “Um dos pilares é continuar a reduzir a nossa pegada ambiental”, refere, acrescentando que a marca tem investido na melhoria das suas embalagens, procurando soluções mais sustentáveis. “Substituímos as mangas de plástico dos frascos de salsichas por rótulos de papel”, exemplifica, sublinhando também a alteração dos rótulos das latas para “papel 100% reciclado” e a incorporação de plástico reciclado nas embalagens de fiambres. Além disso, a marca tem intensificado o apelo à reciclagem, tanto através da comunicação nas redes sociais como no aumento do tamanho dos ícones visuais das embalagens.
A Nobre também promove a economia circular, incentivando os consumidores a reutilizarem as suas embalagens. “Nas redes sociais da Nobre mostramos aos portugueses que é possível a reutilização das nossas embalagens”, explica Oliveira, destacando ideias criativas como a utilização de frascos de salsichas como pequenos vasos para plantas ou porta-lápis.
Sobre o impacto das marcas próprias das grandes cadeias de distribuição, Oliveira reconhece que estas “têm vindo a ganhar o seu espaço no mercado”, especialmente tendo em conta o contexto económico atual. No entanto, a Nobre mantém a sua posição firme no setor alimentar, continuando a ser “a marca top of mind no momento da compra”. A confiança dos consumidores na marca é justificada pela “variedade e qualidade” dos produtos, assim como pelo investimento contínuo em “comunicação, inovação e certificações de qualidade alimentar”.
A exportação também é um canal importante para a Nobre, permitindo alcançar novos mercados e consumidores. “Sabemos que diferentes mercados apresentam diferentes hábitos e preferências de consumo”, afirma Oliveira, destacando a adaptação dos produtos às necessidades dos consumidores locais. Contudo, a marca garante que mantém “o nosso selo de qualidade em todos os produtos que exportamos”, com o objetivo de estabelecer relações de confiança, tanto com os portugueses no estrangeiro como com novos consumidores.
“A inovação faz parte do nosso ADN”, refere Lia Oliveira, sublinhando que a Nobre continuará a expandir o seu portefólio de produtos, tanto no mercado nacional como nos mercados internacionais. “Estamos empenhados em apresentar os melhores produtos, como temos vindo a fazer em Portugal”, assegura, destacando o compromisso da marca em continuar a desenvolver soluções inovadoras e adaptadas às preferências regionais. A marca continuará a expandir-se internacionalmente, “com a garantia de que os produtos que disponibilizamos mantêm a qualidade a que a Nobre está associada”, conclui.

Este artigo faz parte da edição 426 do Hipersuper

Sobre o autorAna Rita Almeida

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Pingo Doce e Pastelaria Versailles lançam edição especial de bolo-rei

“No Pingo Doce procuramos, desde sempre, criar produtos inovadores e de excelência. Queremos levar aos nossos clientes produtos diferenciadores e que se destacam pela qualidade ao melhor preço.” explica Luís Lobato Almeida, diretor de marca do Pingo Doce.

O Pingo Doce e a Versailles juntaram-se e criaram uma edição especial do famoso bolo-rei desta pastelaria histórica que vai estar à venda, em exclusivo, nas lojas Pingo Doce a partir de 17 de novembro.
“No Pingo Doce procuramos, desde sempre, criar produtos inovadores e de excelência. Queremos levar aos nossos clientes produtos diferenciadores e que se destacam pela qualidade ao melhor preço. E foi com este racional que fomos ter com a Versailles, uma emblemática pastelaria com mais de 100 anos de história, para elevar a experiência que os nossos clientes já tinham quando compravam um bolo-rei nas nossas lojas. Com esta edição especial, vamos levar a todo o país um bolo-rei de qualidade extraordinária.” explica Luís Lobato Almeida, diretor de marca do Pingo Doce.
“Tal como a Pastelaria Versailles, o Pingo Doce é uma marca que valoriza a tradição. Quando surgiu esta ideia de criarmos um bolo-rei em conjunto, fez-nos todo o sentido porque, desta forma, a Versailles consegue levar um pouco da sua história e da pastelaria tradicional a todo o país, em parceria com uma marca que partilha dos mesmos valores que nós.”, acrescenta Sérgio Nunes, sócio-gerente da Pastelaria Versailles.
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Clube de Produtores Continente premeia produção nacional

O Clube de Produtores Continente (CPC) distinguiu o que de melhor se faz no setor agroalimentar nacional. “Os projetos premiados refletem a capacidade dos produtores nacionais aliarem a tradição à inovação, promovendo práticas sustentáveis e reforçando o compromisso do Continente com a qualidade e o desenvolvimento da produção local.”, sublinha Ondina Afonso, presidente do Clube de Produtores Continente.

O Clube de Produtores Continente (CPC) distinguiu, no passado dia 31 de outubro, o que de melhor se faz no setor agroalimentar nacional, com a atribuição de quatro prémios que destacam a inovação, sustentabilidade e excelência na produção nacional. Estes prémios visam reconhecer as parcerias, as boas práticas e o impacto positivo dos produtores que integram o CPC, reafirmando o compromisso do Continente com a sustentabilidade e a valorização da produção local.

Cooperfrutas

O Prémio Sustentabilidade foi entregue à Cooperfrutas, uma organização de produtores que integra o CPC desde 2011 e que é especialista na produção de Pera Rocha e Maçã de Alcobaça. A Cooperfrutas tem vindo a adotar práticas de gestão sustentável dos seus pomares, assegurando o uso eficiente da água, a nutrição do solo e a biodiversidade. Em colaboração com o Clube de Produtores Continente, a Cooperfrutas participa em diversos projetos de sustentabilidade, como a Produção Zero Resíduos de Pesticidas, Agricultura Regenerativa e Agroecologia, promovendo um sistema agroalimentar mais sustentável e com menor impacto ambiental.

Herdade da Figueirinha

Monliz

Os Prémios Inovação foram atribuídos a dois projetos inovação, apresentados no âmbito da Academia do Clube de Produtores Continente, que se distinguiram pela originalidade e pelo contributo para uma economia circular e uma alimentação saudável. A Herdade da Figueirinha e a Monliz, ambos membros do CPC desde 2023, foram reconhecidas pela capacidade de transformar subprodutos das suas produções em produtos disruptivos que respondem às tendências de consumo atuais. A Herdade da Figueirinha, localizada em Beja, dedica-se à produção de vinho, azeite e amêndoa. A Monliz, situada em Alpiarça, é especializada em hortícolas e ervas aromáticas ultracongeladas, destacando-se pelo foco em soluções inovadoras alinhadas com o consumo responsável.

Queijaria Guilherme

Queijaria Guilherme

Também a excelência foi destacada no Encontro Anual do Clube de Produtores Continente, tendo sido atribuído o Prémio Excelência à Queijaria Guilherme, o que reflete o reconhecimento da parceria de longos anos do produtor com a MC. Membros do CPC desde 2010, esta é uma empresa localizada em Vila Nova de São Bento, Serpa, que se distingue pela qualidade dos seus produtos, pelas práticas sustentáveis, que incluem o bem-estar animal e o uso eficiente de recursos, e ainda pelo impacto social desta empresa na região onde atua.

“O encontro anual do Clube de Produtores é um marco que reconhece e celebra o que de melhor se faz na produção nacional, premiando aqueles que estão na vanguarda da inovação e da sustentabilidade. Os projetos premiados refletem a capacidade dos produtores nacionais aliarem a tradição à inovação, promovendo práticas sustentáveis e reforçando o compromisso do Continente com a qualidade e o desenvolvimento da produção local.”, sublinha Ondina Afonso, presidente do Clube de Produtores Continente.

 

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Bolt Food expande presença a Leiria

A Bolt passa a operar em Leiria, depois de ter expandido a presença para a ilha da Madeira e para Guimarães.

No âmbito do reforço da presença em Portugal, a Bolt Food expandiu agora a sua operação a Leiria.

Para assinalar a presença na capital do distrito, até ao final do ano, a plataforma europeia online de encomenda e entrega alimentar está a dinamizar uma campanha “de 20% de desconto nos pedidos, com entregas gratuitas num raio de até dois quilómetros”, informa.

De entre as mais de 100 ofertas de parceiros presentes na aplicação, McDonald’s, Burger
King, Pizza Hut, Domino’s, são algumas das cadeias e Bali Food & Drinks, O Favorito,
Daruma, Oficina do Hamburguer, Koború os restaurantes tradicionais na região
disponíveis.

Manuel Castel-Branco, responsável pela Bolt Food em Portugal, afirma que a plataforma quer” mostrar que Leiria está viva e tem peso no panorama nacional”. “Por isso, ficamos
felizes de conseguir chegar a mais esta cidade estratégica, a próxima capital de distrito no
nosso mapa em Portugal. É um reforço do compromisso de chegar a cada vez mais
portugueses – e, até ao final do ano, não nos ficaremos por aqui”, avança.

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Retalho

Retalho representa mais de 60% do volume total de investimento imobiliário

Segundo a CBRE, no 3.º trimestre de 2024, o setor do retalho destacou-se por representar mais de 60% do volume total de investimento, superando os 200 milhões de euros (alavancados pela transação de centros comerciais). Registaram-se também 28 novas aberturas de lojas nos principais eixos de Lisboa e Porto, lideradas pelo segmento de Food & Beverage (F&B).

O mercado imobiliário em Portugal continua a demonstrar uma resiliência significativa, com o volume de investimento a alcançar os 342 milhões de euros no 3.º trimestre de 2024, um crescimento de 39% face ao período homólogo e de 9% em relação ao trimestre anterior, segundo dados da CBRE.

“A resiliência do mercado imobiliário português continua a superar as expectativas, refletindo uma procura robusta em segmentos estratégicos como o retalho e a logística. Observamos uma estabilização nas yields e um pipeline de transações promissor, o que aponta para um crescimento sustentável a curto prazo. Este desempenho destaca a atratividade de Portugal como um destino seguro para investidores, que procuram diversificação e solidez, investindo tanto em setores tradicionais como em produtos emergentes. Para o futuro, mantemos uma perspectiva otimista, estimulada por novas oportunidades de desenvolvimento e expansão, especialmente nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto”, sublinha Francisco Horta e Costa, CEO da CBRE, em comunicado.

Retalho representou mais de 60% do volume total de investimento

Segundo a consultora, no 3.º trimestre de 2024, o setor do retalho destacou-se por representar mais de 60% do volume total de investimento, superando os 200 milhões de euros (alavancados pela transação de centros comerciais). Registaram-se também 28 novas aberturas de lojas nos principais eixos de Lisboa e Porto, lideradas pelo segmento de Food & Beverage (F&B).

Este dinamismo no setor de retalho traduz-se também em números positivos nos centros comerciais geridos pela CBRE, com vendas a crescerem 5,4% e o tráfego a aumentar 5% até setembro. Segundo a CBRE, até ao final do ano, espera-se a entrada de 17.550 m² adicionais no que se refere a retail parks atualmente em fase final de desenvolvimento.

Aumento de 51% no investimento acumulado no setor de Industrial & Logística

Verificou-se um aumento de 51% no investimento acumulado no setor de Industrial & Logística (I&L) em relação ao ano anterior. Apesar de uma queda de 20% na absorção de espaços logísticos em comparação com o 3.º trimestre de 2023, com uma área ocupada de 234.000 m², motivada pela falta de oferta existente, o setor continua a ver uma procura forte, estimulada por novos produtos a entrar no mercado. Este cenário está a pressionar as rendas prime para níveis mais elevados, agora fixadas em 6,55€/m²/mês. Em termos de yields, Lisboa e Porto mantiveram-se estáveis, a 5,75% e 6%, respetivamente.

Escritórios em Lisboa e Porto

No mercado de escritórios, tanto Lisboa como Porto registaram ocupações acumuladas relevantes. Em Lisboa, foram ocupados 41.000 m² de espaços de escritórios no 3.º trimestre, totalizando 168.500 m² desde o início do ano, representando um aumento de 46% face ao total de 2023.

A taxa de vacancy em Lisboa diminuiu 23 pontos-base, para 7,45%. No Porto, a ocupação de escritórios ultrapassou os níveis de 2023, com uma absorção de 58.600 m² até setembro, representando um aumento de 14%. Este crescimento foi impulsionado, sobretudo, pela relocalização de empresas, que representou cerca de 60% das ocupações no 3.º trimestre.
A taxa de vacancy aumentou ligeiramente, mas mantém-se em níveis baixos, fixando-se agora em 5,6%.

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Retail Media em Portugal: da teoria à realidade

O Retail Media tornou-se um canal fundamental para as marcas, que aproveita o conhecimento e o acesso direto aos consumidores no ponto de venda. Os Estados Unidos, com cerca de 30% do investimento mundial, e o Reino Unido, têm sido pioneiros nesta transformação.

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Espanha também avançou com modelos robustos, em grandes superfícies como o El Corte Inglés e o Carrefour.

Portugal, por sua vez, está perante a oportunidade de acelerar esta transição e construir um ecossistema de Retail Media que maximize o valor do ponto de venda.

Gestão de dados: o novo ouro do Retail Media

Em Espanha, o Retail Media evoluiu através da gestão inteligente dos first party data. Um bom exemplo disso é a joint venture Unlimitail, entre o Carrefour e a Publicis, com a qual a in-Store Media firmou um acordo estratégico para a gestão conjunta do Retail Media. Esta colaboração permitiu às marcas impactar os consumidores de forma mais relevante e precisa e gerar aumentos nas vendas em torno de +24%.

Estes números mostram que a relevância e o valor do Retail Media está na capacidade de analisar e interpretar os dados e transformá-los em resultados mensuráveis e estratégias de ativação de alto impacto.

Casos de sucesso em Portugal: Auchan e Continente

A Auchan e o Continente foram pioneiros na adoção de estratégias avançadas de Retail Media, que, em colaboração com a in-Store Media, desenvolveram soluções que permitem realizar campanhas personalizadas com base no perfil e comportamento do consumidor, gerando impactos mais relevantes e mensuráveis.

Com a Auchan e com o Continente, implementámos um sistema de medição de campanhas que permite analisar o desempenho de cada ação na loja, otimizando o investimento das marcas e anunciantes em função dos resultados obtidos. Nas primeiras 40 medições realizadas, gerou-se um aumento de +25% nas vendas dos produtos publicitados.

Por outro lado, a colaboração centra-se na capacidade de segmentar os shoppers no tradicional e no digital. Isto permite às marcas e anunciantes ajustar as suas mensagens e focar-se no shopper do seu interesse.

A experiência e o valor diferencial da in-Store Media

Os dados e a tecnologia tornaram-se fatores diferenciadores e os retailers precisam de parceiros que compreendam a dinâmica do Retail Media e as especificidades do sector. A in-Store Media é uma referência global na gestão de Retail Media, está 9 países e tem uma experiência sólida a trabalhar com marcas internacionais de FMCG e em sectores especializados, como a eletrónica de consumo.

O nosso enfoque multiretailer permite-nos gerir campanhas em grande escala e em diferentes formatos e pontos de contacto, traduzindo-se numa quota de mercado de 60% no setor de FMCG. Além disso, contamos com uma oferta omnicanal que abrange tanto o eCommerce (canais online e offline) como soluções publicitárias no ponto de venda físico, utilizando suportes tradicionais e digitais. Esta capacidade de ligar ambos os mundos permite às marcas desenhar campanhas integradas e coerentes que maximizam a sua visibilidade e retorno do investimento.

Portugal deve acelerar a sua transição para o Retail Media

Os exemplos da Auchan e do Continente mostram que o potencial do Retail Media em Portugal vai muito além da simples colocação de publicidade nos pontos de venda. Trata-se de construir um ecossistema publicitário baseado em dados, que permita aos retailers e às marcas maximizar o seu investimento e melhorar a experiência de compra do consumidor.

Portugal está numa posição privilegiada para se consolidar como um mercado-chave no desenvolvimento do Retail Media e tem o talento, a tecnologia e as parcerias necessárias para construir um ecossistema bem-sucedido. Mas temos de agir rapidamente. Segundo os últimos estudos, o investimento em Retail Media na Europa cresce a um ritmo anual de 30%.

Os dados são claros: o retail não pode ser apenas um espaço de compra, mas sim um meio de influência e de engagement único.

 

Jordi Cassany

Diretor Geral – in-Store Media Portugal

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Bebidas

Actimel lança produto com zero açúcares adicionados e sem adoçantes

A Actimel está a lançar um novo produto pensado especialmente para os mais novos, sem adoçantes e com zero açúcares adicionados – contém os açúcares naturalmente presentes.

Com o lançamento do Actimel Sistema Inmunitário Kids, “estreia-se como a única no mercado com um leite fermentado livre de açúcares adicionados e adoçantes pensado, especialmente, para os mais novos”, afirma a marca.

A Actimel está a lançar um novo produto pensado especialmente para os mais novos, sem adoçantes e com zero açúcares adicionados – contém os açúcares naturalmente presentes. 

Os novos Actimel Kids têm na sua composição, cálcio, vitamina B6 e com alto teor de vitamina D. A nova fórmula estreia-se a par do lançamento de um novo licensing de uma das personagens favoritas de animação, o Sonic.

Para assinalar o lançamento e o novo licensing, até 15 de janeiro de 2025, a marca está a realizar um passatempo que vai habilitar a ser a família vencedora de uma viagem a Tóquio.

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Logística

Grupo Paulo Duarte investe 4 milhões de euros em novo Centro Logístico em Almeirim

Com abertura prevista para o primeiro trimestre de 2025, o novo centro logístico está a ser desenvolvido numa localização estratégica, impulsionada pela futura abertura do novo bloco logístico da cadeia de supermercados Mercadona, também previsto para a zona de Almeirim.

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O Grupo Paulo Duarte vai avançar com a construção de uma nova base operacional no concelho de Almeirim, distrito de Santarém, num investimento que, segundo informa a empresa de transporte de mercadorias, ronda os 4 milhões de euros e faz parte da estratégia de expansão do grupo.

Com abertura prevista para o primeiro trimestre de 2025, o novo centro logístico está a ser desenvolvido numa localização estratégica, impulsionada pela futura abertura do novo bloco logístico da cadeia de supermercados Mercadona, também previsto para a zona de Almeirim.

 A infraestrutura ocupará uma área de 25.000 metros quadrados e será equipada com um edifício administrativo de dois pisos, um amplo parque para veículos, com oficina, áreas de lavagem e abastecimento, além de um espaço dedicado ao descanso dos motoristas, com balneários e refeitório, garantindo melhores condições de trabalho para toda a equipa de operações, informa em comunicado.

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Alimentar

CEPAAL realiza Festival do Azeite Novo para valorizar o setor olivícola

Évora será palco, a 06 e 07 de dezembro, de uma conferência, um workshop, um mercadinho, visitas de campo, provas de azeite e showcooking, entre outras iniciativas.

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O Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo (CEPAAL) organiza, com o apoio da Câmara Municipal de Évora, a segunda edição do Festival do Azeite Novo, que se realiza no âmbito do projeto ‘Da Oliveira à Mesa’ cofinanciado por fundos comunitários e nacionais através do PDR2020 e que tem como missão aumentar a literacia sobre o azeite do Alentejo desde a sua origem no campo até chegar às mesas de refeição.

O festival vai decorrer a 6 e 7 de dezembro, em Évora, entre o Palácio D. Manuel e o Mercado da cidade, estando aberto a profissionais, visitantes e habitantes da cidade, na celebração do Azeite Novo do Alentejo, recém produzido na campanha 2024/2025. Uma conferência, um workshop, um mercadinho, stands de exposição e comercialização do azeite, um workshop, visitas de campo, provas de azeite, showcooking, pratos dedicados ao azeite do Alentejo nos restaurantes da cidade e uma carta digital com toda a informação sobre os restaurantes aderentes à iniciativa, os pratos e os azeites disponíveis, integram o vasto leque de atividades do Festival do Azeite Novo, “aproximando produtores e consumidores através da celebração do património olivícola nacional”, convida o CEPAAL.

O programa do Festival do Azeite Novo abrirá no dia 6 de dezembro às 9h no Palácio D. Manuel com a conferência ‘As características das variedades portuguesas de azeitona’. No mesmo dia terá lugar pelas 14h uma visita de campo. A participação no congresso e na visita de campo são gratuitas mas de inscrição obrigatória e podem ser feitas aqui.

Integra o programa, no Mercado de Évora, o Mercadinho do Azeite Novo, que acontece a 6 e 7 de dezembro, das 9h às 18h, e se apresenta como uma oportunidade para conhecer os azeites do Alentejo e os produtores que ali irão marcar presença. Também no Mercado de Évora, no dia 7 de dezembro, às 9h, realiza-se o Workshop Azeite do Olival à Mesa, uma prova de azeites em horário ainda a confirmar e um showcooking a cargo do chef André Cabrita. A participação no workshop e na prova de azeite são gratuitas, mas estão sujeitas a inscrição obrigatória que pode ser feita aqui.

“Portugal tem vindo a destacar-se de forma crescente no panorama mundial do azeite, quer pela área de olival que possui no contexto europeu, cerca de 6%, e mundial, cerca de 3%, quer pela tipologia dos olivais e pela eficiência da produção nacional responsável por fornecer 6,42% do mercado, quer ainda pela excelente proporção de azeite virgem e virgem extra em relação à produção total que detém, ocupando já posição entre os 10 maiores produtores mundiais de azeite, e esperando-se que, a breve trecho passe para o top 3″, destaca Gonçalo Morais Tristão.

O CEPAAL foi fundado em 1999 e conta atualmente com 30 produtores e 12 instituições ligadas ao sector olivícola e oleícola, incluindo organismos do Estado, municípios e universidades, como seus associados.

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Alimentar

Vitacress lança nova solução versátil de vegetais para refeições

O novo “Quiches ou Sopas” já está disponível nos principais hipermercados e supermercados a nível nacional.

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A Vitacress acaba de ampliar a sua gama “Quente ou Fria” com o lançamento do novo produto “Quiches ou Sopas”. Depois de “Quente ou Fria Crocante”, esta nova mistura de folhas baby, que combina espinafre e acelga, oferece uma solução prática e nutritiva, ideal para quem procura versatilidade na cozinha, seja em pratos quentes ou frios, apresenta a Vitacress em comunicado.

“A gama Quente ou Fria já provou ser um sucesso entre os consumidores portugueses, especialmente com o lançamento da ‘Quente ou Fria Crocante’. Agora, com o novo ‘Quiches ou Sopas’, pretendemos continuar a oferecer soluções versáteis e nutritivas que facilitem o dia a dia de quem procura refeições rápidas e saborosas”, afirma Nuno Crispim, diretor de marketing da Vitacress.

Além da praticidade, sublinha a empresa, a mistura “Quiches ou Sopas” destaca-se pelos seus benefícios nutricionais: com baixo valor energético, é fonte de Vitamina K, Vitamina C, Potássio e Ácido Fólico.

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Alimentar

Castelões lança novo queijo amanteigado

“O novo Castelões Amanteigado inspira-se na tradição e métodos artesanais e garante a qualidade e suavidade tão características e reconhecidas nos queijos Castelões”, sublinha Pedro Cunha, gestor da marca Castelões.

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Produzido exclusivamente com leite de vaca 100% português é uma nova alternativa de queijo amanteigado.  Deve ser retirado do frio pelo menos uma hora antes de ser consumido, de forma a otimizar o seu sabor suave e delicado, aconselha a Castelões.

“O novo Castelões Amanteigado inspira-se na tradição e métodos artesanais e garante a qualidade e suavidade tão características e reconhecidas nos queijos Castelões. Tudo isto faz desta novidade o queijo perfeito para tornar especial uma mesa de festa ou jantar de amigos”, sublinha Pedro Cunha, gestor da marca Castelões.

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