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Nova parceria da Lusocargo gera rota diária entre Portugal e os Países Baixos

A Lusocargo começou 2024 com uma parceria internacional com a VN Logistics, que vai ligar diariamente Portugal aos Países Baixos, uma das mais relevantes linhas operadas pela empresa. Inserida no […]

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Nova parceria da Lusocargo gera rota diária entre Portugal e os Países Baixos

A Lusocargo começou 2024 com uma parceria internacional com a VN Logistics, que vai ligar diariamente Portugal aos Países Baixos, uma das mais relevantes linhas operadas pela empresa. Inserida no […]

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A Lusocargo começou 2024 com uma parceria internacional com a VN Logistics, que vai ligar diariamente Portugal aos Países Baixos, uma das mais relevantes linhas operadas pela empresa.

Inserida no plano de investimento previsto para 2024, esta novidade vem permitir à Lusocargo uma cobertura melhorada e prazos de entrega mais eficientes por via de um serviço expresso de grupagem para transporte rodoviário de mercadorias, com capacidades de tracking, assegurando a entrega dos envios ao destino em tempo útil, informa a empresa.

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Assim, juntamente com um parceiro estratégico, uma filial do Grupo BBL, a empresa passa a integrar os serviços e garantir um acompanhamento especializado, contemplando um trânsito pleno para a importação e exportação de mercadorias.

A partir dos hubs logísticos de Porto e Lisboa, está prevista entre os dois países uma circulação semanal superior a 35 camiões, que estão já a conectar as exportações e importações entre o território nacional e todos os pontos dos Países Baixos com um tempo de trânsito entre 24 a 48 horas.

Para o administrador da Lusocargo e diretor de transporte rodoviário do Grupo BBL, a mais recente parceria “é uma resposta natural à procura por um dos mercados mais competitivos do mundo, que operamos há mais de 30 anos”.

“Os Países Baixos são um mercado essencial para as empresas nacionais e com uma ligação umbilical, dada a relevância histórica do Porto de Roterdão no que toca ao transporte intermodal e a todas as operações logísticas europeias localizadas nos Países Baixos”, sublinha Ricardo Arroyo.

A parceria entre a Lusocargo e a VN Logistics que liga Portugal aos Países Baixos reforça o plano contínuo da empresa para expandir e melhorar a rede europeia de agentes, que inclui mais de 20 mercados como Espanha, Alemanha e Polónia.

Fundada em 1984, a Lusocargo a empresa dispõe de espaços físicos no Porto, Mealhada, Lisboa e Pombal, em áreas totais de 20.000 m² de armazéns e 5.000 m² de escritórios, apoiadas por uma equipa de 300 colaboradores.

O Grupo BBL, ao qual a Lusocargo pertence desde 2021, é um modelo original de federação de especialistas que reúne cerca de vinte PME com um total de mais de 2000 colaboradores. Encerrou 2022 com um volume de negócios de 620 milhões de euros.

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Bruno Borges, CEO da da iServices

Entrevista

“Negócio dos recondicionados está em crescimento”

Bruno Borges, CEO da iServices, partilha em entrevista a evolução da empresa e os ambiciosos planos de expansão que incluem a abertura de novas lojas e a criação de novos empregos até ao final de 2024.

A iServices abriu recentemente a sua quinta loja na Bélgica, consolidando a sua estratégia de internacionalização. Este marco é acompanhado pelo o Atelier iS, um projeto pioneiro que permite a personalização de equipamentos. Em entrevista ao Hipersuper, Bruno Borges, CEO da empresa portuguesa de serviços centrados na reparação de equipamentos de telecomunicações e informática multimarca, partilha a evolução da empresa e os ambiciosos planos de expansão que incluem a abertura de novas lojas e a criação de novos empregos até ao final de 2024. Marca do universo Sonae, a iServices conta atualmente com mais de 300 colaboradores e está presente com mais de 60 lojas em Portugal Continental, Açores, Madeira, Espanha, Ilhas Canárias, França e Bélgica.

A iServices nasceu em 2011. Hoje o seu negócio vai muito mais além que o da reparação. Como olha para este percurso?
A iServices é sobretudo um negócio de confiança e compromisso com os nossos clientes. Foram os clientes que nos ajudaram a definir o percurso, por essa razão hoje temos 3 áreas de negócio: marca de acessórios iS com 2500 referências distintas que são o reflexo dos desejos e necessidades expressos pelos nossos clientes, os recondicionados com 3 anos de garantia iServices e as reparações em 20 a 30 minutos, graças ao vasto stock de peças que temos disponível em cada loja.
Embora continuemos a atrair novos clientes todos os dias, valorizamos especialmente a lealdade dos nossos clientes que continuam a voltar às nossas lojas sempre que precisam.

Têm crescido de forma sustentada. Quanto representam as vendas das lojas físicas e do online?
As vendas online representam aproximadamente 20% do total, enquanto as lojas físicas correspondem a cerca de 80%. No entanto, é importante destacar que o nosso principal foco está nas reparações, que é o cerne do nosso negócio. Portanto, em termos de receita gerada pelas reparações, as lojas físicas representam 100% das vendas.

Que tendências identifica no segmento de smartphones? Por exemplo, o negócio dos recondicionados está a crescer?
O negócio dos recondicionados está em crescimento por duas razões. Primeiramente, devido ao facto dos fabricantes não apresentarem a evolução que poderiam apresentar para justificar a aquisição de um novo modelo e, para além disso, os equipamentos que vendemos têm uma qualidade excecional, que nos permite dar 3 anos de garantia e proporcionar ao cliente uma sensação de confiança. Como resultado, observamos uma tendência crescente do negócio dos recondicionados.
Atualmente as marcas precisam oferecer incentivos para os consumidores trocarem os seus equipamentos antigos por modelos mais recentes, caso contrário, as pessoas continuarão a optar pelos smartphones recondicionados, considerando-os como a opção mais vantajosa em termos de custo-benefício.

Qual a estratégia de abertura de pontos de venda em Portugal?
A estratégia de abertura de pontos de venda em Portugal está sobretudo relacionada com a questão demográfica e com a demanda existente em cada região. Avaliamos o número de habitantes em cada localização, além de monitorizarmos diariamente a procura no nosso website, de modo a apurar onde estão localizados potenciais clientes. Com base nesses dados, identificamos as áreas onde ainda não estamos presentes e onde há uma maior procura pelos nossos serviços.
Ainda este ano, contamos abrir mais 15 lojas em Portugal. O nosso foco principal de investimento encontra-se nos concelhos ou distritos onde ainda não estamos presentes e podemos vir a fazer a diferença, como é o caso da região do Algarve, onde atualmente apenas contamos com 3 lojas. Estamos comprometidos em expandir a nossa presença para atender melhor às necessidades dos clientes e alcançar um público mais amplo em todo o país.

O Atelier iS surgiu como? A personalização é uma tendência que vai crescer?
As primeiras experiências de personalização surgiram há, aproximadamente, 8 ou 9 anos. Naquela época, a tecnologia era semelhante à que temos hoje, embora com máquinas menos eficientes, resultando em processos mais demorados. Atualmente, o Atelier iS leva apenas 7 minutos para produzir uma capa personalizada para o cliente.
Consideramos que esta tecnologia é uma mais-valia para o nosso negócio, proporcionando aos clientes a oportunidade de personalizar as suas capas de forma rápida e conveniente.

Qual a estratégia para este projeto pioneiro? Vai ser uma aposta internacional e nacional?
Inicialmente, o projeto foi uma aposta internacional, motivada principalmente pela curiosidade e pelo facto de dispormos de uma loja em Bruxelas, no Woluwe Shopping, muito espaçosa e com condições para implementar o Atelier iS.
Após isso estamos a replicar o Atlier iS em diversas lojas de Portugal como é o caso da loja do NorteShopping, do Colombo e do Forum Almada.
Esta estratégia reflete o nosso compromisso em oferecer uma experiência única aos nossos clientes, tanto a nível nacional como internacional.

Quais foram os principais fatores que motivaram a decisão de internacionalizar a marca iServices e como essa estratégia se alinha com os objetivos da empresa?
A decisão de internacionalizar a iServices foi motivada por uma série de fatores ao longo do tempo. Em primeiro lugar, recebemos feedback positivo de clientes, amigos e conhecidos que nos incentivaram a expandir para diversos países.
Além disso, algumas empresas abordaram-nos com propostas para franquear o nosso negócio, embora não tenhamos adotado esse formato. Para além disso, durante as nossas viagens, observámos a ausência de conceitos semelhantes ao nosso, o que nos levou a considerar a oportunidade de preencher essa lacuna. Foi, portanto, uma ideia que foi amadurecendo ao longo dos anos e que acabou por ser recentemente implementada. No entanto, a nossa estratégia de internacionalização não se limita aos países onde já estamos presentes, Espanha, França e Bélgica queremos ir mais além e sempre garantindo que mantemos o mesmo padrão de serviço e excelência que temos em Portugal.

Como o processo de seleção de novos mercados para a internacionalização foi conduzido? Existem critérios específicos ou indicadores de mercado que influenciaram a escolha dos mercados alvo?
São vários os critérios e os indicadores de mercado que influenciaram a nossa escolha. Por um lado, consideramos a viabilidade do mercado e procuramos geografias pouco saturadas onde o conceito da iServices se possa destacar. Por outro lado, estamos sempre atentos aos mercados europeus, especialmente porque vendemos através de diversas plataformas para toda a Europa. Contudo, é importante referir que a expansão da iServices na Europa, como a conhecemos atualmente, está sujeita a mudanças no futuro. Estamos abertos a explorar diferentes vias de expansão e podemos considerar a entrada em vários países de acordo com as oportunidades e as necessidades do mercado.

Olhando para o futuro, há planos para expandir a presença internacional para outros países ou regiões? Quais são as expectativas e metas para os próximos anos no contexto da internacionalização?
O nosso objetivo primordial passa por consolidar o funcionamento das lojas que temos no estrangeiro e trabalhar a credibilidade e a visibilidade da marca. Para além disso, estamos constantemente a avaliar novas oportunidades de expansão noutros países e regiões. Temos identificado diversas geografias não só na Europa, mas também a nível mundial.
Garantidamente que não vamos ficar limitados aos 4 países onde já estamos presentes atualmente, sendo o nosso objetivo desenvolver uma estratégia de expansão internacional que nos permita alcançar novos mercados e atender às necessidades globais, mantendo sempre a identidade iServices.

Esta entrevista foi publicada na edição 424.

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

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Auchan apresenta cerveja feita com sobras de pão para combater desperdício alimentar

A Auchan lançou o desafio e a Cerveja Barona, fabricante de cerveja artesanal do Alentejo, criou a Talego que já salvou 30kg de pão. Esta inovação alimentar já chegou às lojas Auchan.

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A Auchan e a Cerveja Barona acabam de apresentar o mais recente produto que pretende combater o desperdício alimentar: a Cerveja Talego que utiliza, na sua confeção, sobras de pão que já não seria comercializado pela retalhista.

A fabricante de cerveja artesanal do Alentejo, desafiada pela Auchan, criou a Talego – Bread IPA, uma cerveja única que já salvou 30kg de pão.

O nome desta cerveja vem dar destaque ao saco tradicional, feito à mão com retalhos de tecido, utilizado para transportar pão – o talego –, simbolizando a harmonia entre a tradição e a inovação.  Com o estilo English India Pale Ale, a Talego – Bread IPA celebra a riqueza da terra alentejana e a determinação de um povo que nunca desistiu das suas crenças.
No rótulo está presente um QR Code que permite aos clientes aceder à página Auchan&Eu, onde é explicada a toda a temática da redução do desperdício alimentar.

Esta inovação alimentar já chegou às lojas Auchan e vai estar em destaque no palco do Future Taste até 30 de junho, passando depois a estar disponível no corredor das cervejas e bebidas e na loja online .

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Mercadona promove conferência “Semear o Futuro” na Feira Nacional de Agricultura

A conferência Semear o Futuro é uma das iniciativas da Mercadona na Feira Nacional de Agricultura, em Santarém, de 8 a 16 de junho.

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A Mercadona volta a marcar presença, de 8 a 16 de junho, na Feira Nacional de Agricultura, em Santarém.

Tal como em anos anteriores, a empresa estará presente no espaço dedicado ao “Portugal Sou Eu”, iniciativa do Ministério da Economia que visa a dinamização e valorização da oferta nacional, criada há mais de uma década, reforçando o seu compromisso de colaboração com a produção nacional, iniciado já antes de a empresa ter presença física em Portugal, e reforçado com o acordo com a CAP, também parceiro deste programa.

“Marcar presença, uma vez mais, na FNA, representa uma excelente oportunidade de estar mais perto dos “Chefes” (clientes) e mostrar à Sociedade o nosso compromisso com o Sector Agroalimentar Nacional. A Mercadona continua a apostar na produção nacional, compromisso que temos vindo a reforçar ano após ano e que, em 2023, representou 1.178 milhões de euros em compras aos nossos 1.000 fornecedores nacionais.” sublinha Pedro Barraco, diretor de cadeia agroalimentar da Mercadona, em comunicado.

Cozinha com a Mercadona”

A Mercadona estará presente com ações de “showcooking” através de um conjunto de oito receitas criadas em parceria com a Chef Tia Cátia. A empresa convidou também alguns dos seus Fornecedores a estarem presentes e a fazerem provas com os seus produtos à venda nos supermercados Mercadona em território nacional.

1ª Conferência Semear o Futuro

Este ano, em parceria com a CAP, Confederação dos Agricultores de Portugal, a Mercadona criou o projeto “Semear o Futuro”, uma iniciativa dedicada a explorar e promover a importância do setor agroalimentar em Portugal e que culmina com uma conferência, no dia 13 de junho, na sala Ribatejo, no CNEMA.
Este evento, cujas inscrições se encontram abertas, contará com intervenções de especialistas no setor.

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ZU estreia-se no Porto e em Espinho com lojas de rua

A Rua Júlio Dinis no Porto – loja com  66m2, que permitiu a criação de mais 4 postos de trabalho –  e a Rua 19 em Espinho – 127m2 e […]

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tagsZU

A Rua Júlio Dinis no Porto – loja com  66m2, que permitiu a criação de mais 4 postos de trabalho –  e a Rua 19 em Espinho – 127m2 e também 4 postos de trabalho criados –  passam a contar com a presença de lojas ZU. A marca da MC continua a apostar no comércio de proximidade e conveniência junto dos tutores de animais de estimação. Com estas duas inaugurações, as lojas de rua passam a representar já mais de 12% do total dos espaços comerciais da ZU.

“Porto e Espinho são cidades de extrema importância e de grande movimento de pessoas seja por ali residirem ou por serem pontos de passagem frequente para quem lá trabalha ou está em lazer. Na Área Metropolitana do Porto temos já várias lojas ZU mas este passo em concreto permite-nos expandir a nossa presença na cidade do Porto propriamente dita, o que nos deixa especialmente satisfeitos. E em Espinho, marcamos a nossa chegada com a abertura desta primeira loja, aproximando-nos ainda mais dos tutores e seus pets”, refere Bruno Loureiro, diretor de operações da ZU.

“Nas duas lojas disponibilizamos uma vasta oferta de produtos de alimentação, higiene e acessórios que os seus amigos de quatro patas necessitam, sempre com a garantia de um atendimento personalizado por parte da nossa equipa especializada”, acrescenta o mesmo responsável.

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Nuno Luz nomeado diretor-geral da FNAC Ibéria

Nuno Luz nomeado diretor-geral da FNAC Ibéria

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Nuno Luz nomeado diretor-geral da FNAC Ibéria

O atual diretor-geral da Fnac Portugal, Nuno Luz, foi nomeado diretor-geral da Fnac Ibéria – Portugal e Espanha –, cargo que assumiu no início deste mês. Nuno Luz passa, assim, a integrar o […]

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O atual diretor-geral da Fnac Portugal, Nuno Luz, foi nomeado diretor-geral da Fnac Ibéria – Portugal e Espanha –, cargo que assumiu no início deste mês. Nuno Luz passa, assim, a integrar o Comité Executivo do Grupo Fnac Darty e irá reportar diretamente ao CEO do Grupo Fnac Darty, Enrique Martinez.

Por sua vez, Domingo Guillén Figuerola, atual diretor de vendas omnical da Fnac Espanha, assumirá as funções de diretor-geral da Fnac Espanha, sucedendo a Annabel Chaussat, que ocupa a posição até 15 de junho de 2024. Domingo Guillén Figuerola ficará sob a responsabilidade hierárquica de Nuno Luz.

Nuno Luz iniciou o seu percurso na Fnac Portugal como diretor comercial, em maio de 2016, e assumiu a direção geral da empresa em outubro de 2017. Sob a sua liderança, a Fnac consolidou o seu crescimento e desenvolvimento de forma sustentada, impulsionados pela abertura de novas lojas FNAC e Nature & Découvertes, pela aquisição da PC Clinic e pelo aumento da venda de serviços. Recentemente, encabeçou, com sucesso, a operação de aquisição da MediaMarkt, em Portugal. 

É de recordar que o mercado ibérico é um mercado estratégico para o Grupo Fnac Darty, tendo registado 732 milhões de euros de vendas, em 2023. Na Península Ibérica, o Grupo conta com 88 lojas do universo Fnac.

Sobre o autorHipersuper

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Entrevista

A ANIPLA é agora CropLife e traz novas soluções para a agricultura e produção de alimentos

A ANIPLA mudou e apresenta-se agora como CropLife Portugal, Associação da Indústria da Ciência para a Proteção das Plantas. Mas a alteração não se cinge à denominação. Como CropLife, “deixa de estar fechada apenas no circuito de representação de produtos fitofarmacêuticos e efetiva a sua evolução e crescimento, alargando o seu âmbito de trabalho a outras áreas de atuação da indústria, como as soluções de base biológica, biotecnológica e ferramentas de agricultura digital e de precisão”, revela ao Hipersuper, João Cardoso, diretor executivo CropLife Portugal.

A ANIPLA é agora CropLife e traz novas soluções para a agricultura e produção de alimentosA ANIPLA mudou e apresenta-se agora como CropLife Portugal, Associação da Indústria da Ciência para a Proteção das Plantas. Mas a alteração não se cinge à denominação. Como CropLife, “deixa de estar fechada apenas no circuito de representação de produtos fitofarmacêuticos e efetiva a sua evolução e crescimento, alargando o seu âmbito de trabalho a outras áreas de atuação da indústria, como as soluções de base biológica, biotecnológica e ferramentas de agricultura digital e de precisão”, revela ao Hipersuper, João Cardoso, diretor executivo CropLife Portugal.

A alteração de ANIPLA para CropLife Portugal vem acrescentar novas áreas de atuação. Quais são e o que passa a oferecer a mais aos associados?
A mudança na designação da ANIPLA passou, não só, por uma total mudança na sua identidade e imagem, mas também por alterações muito significativas no seu âmbito de trabalho. Neste momento de transição, decidida a ser uma voz cada vez mais ativa do setor sobre soluções de proteção das culturas no contexto da evolução tecnológica e científica da agricultura, a associação dá um passo em frente e deixa de estar fechada apenas no circuito de representação de produtos fitofarmacêuticos e efetiva a sua evolução e crescimento, alargando o seu âmbito de trabalho a outras áreas de atuação da indústria, como as soluções de base biológica, biotecnológica e ferramentas de agricultura digital e de precisão.
Quando falamos de alargamento de âmbito, falamos de disponibilizar ao público em geral e, especialmente, aos profissionais do setor mais informação, mais espaços de partilha e diálogo e mais oportunidades de contactar com as novas tecnologias aplicadas à agricultura e à produção de alimentos. E isso significa, naturalmente, um maior investimento em projetos e ações de formação e sensibilização.

Vai também permitir abrir a associação a novos associados, de outras áreas?
Sem dúvida. Com esta mudança, temos a expetativa de que a nossa rede de associados possa vir a crescer, integrando neste universo, empresas e entidades que desenvolvem soluções inovadoras em prol da proteção das culturas. Com esta alteração estamos mais musculados e mais preparados para abraçar novas áreas e para ampliar o conhecimento de todos.

A ANIPLA é agora CropLife e traz novas soluções para a agricultura e produção de alimentosOs projetos ‘Smart Farm’, ‘TOPPS’ e ‘Cultivar a Segurança’ terão continuação? Pode resumir os seus objetivos? E quanto ao Sistema Valorfito, que contributo tem dado na gestão de resíduos de embalagens de produtos fitofarmacêuticos, biocidas e sementes?
Os projetos ‘TOPPS’ e ‘Cultivar a Segurança’ mantêm-se como projetos pilares da associação e em cujo desenvolvimento continuaremos a trabalhar enquanto CropLife Portugal. Ambos são projetos ligados à sustentabilidade e à proteção dos recursos naturais – água, ar e solo – sendo o ‘TOPPS’ uma iniciativa mais focada na proteção da água e o ‘Cultivar a Segurança’ mais voltado para a otimização do uso responsável, seguro e sustentável dos produtos fitofarmacêuticos.
Além destes projetos, destacamos ainda a ‘Smart Farm’ da CropLife Portugal, a nossa Quinta Inteligente, que na sua versão virtual conta já com mais 10.000 visitas e que tem sido um contributo essencial para a formação anual de profissionais do setor, sensibilizando-os para a importância das boas práticas e da integração de ferramentas tecnológicas nas suas produções, que contribuem para uma produção de alimentos (cada vez) mais sustentável.
O sistema Valorfito, responsável pela gestão de resíduos de embalagens de produtos fitofarmacêuticos, sementes e biocidas, gerido pelo Sistema Integrado de Gestão de Embalagens e Resíduos em Agricultura, tem registado, ano após ano, excelentes resultados, quer na recolha quer na reciclagem de embalagens e, por isso, tem sido um contributo valioso para as práticas de sustentabilidade do setor agrícola. Mostra-nos que os nossos profissionais estão cada vez mais empenhados em fazer um bom trabalho e em contribuir para a proteção do planeta e preservação dos recursos naturais e prova disso foram os excelentes resultados de 2023, divulgados recentemente, com uma taxa de retoma a atingir os 56,5% e um total de 508 toneladas de resíduos recolhidos e valorizados.

Agora como CropLife, pensa que a organização irá beneficiar de uma maior proximidade às suas congéneres da Europa e de outras geografias? De que forma?
Acreditamos que este era o passo que faltava para nos tornarmos ainda mais próximos da realidade europeia e beneficiarmos dessa proximidade. Na agricultura, como em muitas outras áreas que têm uma influência e impacto direto na vida dos cidadãos, no ambiente, com repercussões sejam elas sociais, económicas ou ambientais, o crescimento e evolução é sempre necessário. E a verdade é que, hoje, a indústria da proteção das plantas desenvolve um trabalho muitíssimo mais amplo do que há décadas atrás – valorizando, como nunca, o suporte e apoio da ciência, investigação e desenvolvimento, promovendo uma alimentação segura e sustentável para todos; os agricultores são hoje mais preocupados, conscientes e motivados para a proteção do planeta e dos recursos naturais no decorrer da produção de alimentos; e a nível europeu as preocupações são também crescentes, comuns e as medidas propostas visam, cada vez mais, a garantia de uma gestão eficiente dos recursos.
Aproximámo-nos daquela que é a identidade e linguagem europeia, mostrando para fora aquilo que somos por dentro: um setor que abraça as soluções que viabilizam sistemas alimentares sustentáveis, um setor que valoriza a formação e capacitação dos profissionais e que acompanha o caminho europeu e as suas ambições, defendendo aquelas que podem ser as melhores práticas para a realidade nacional.

A nível interno, com esta reorganização, a associação terá mais ‘voz’ junto dos decisores governativos, fazendo chegar as preocupações, desafios e contributos dos seus associados?
Acima de tudo, esta reorganização traz consigo a decisão e ambição da associação de assumir um posicionamento ainda mais forte, liderante, transmitindo a ciência e a tecnologia atualmente incorporadas no setor agrícola. A nova CropLife Portugal quer ser a voz do setor sobre soluções de proteção das culturas no contexto da evolução científica e tecnológica; quer ser um parceiro legítimo, competente, empenhado e de confiança para discutir o futuro da agricultura com as instituições nacionais, europeias e partes interessadas; quer ser uma força motriz para contribuições proativas, construtivas e com impacto em diferentes debates sobre políticas e conteúdos; uma associação ágil, capaz de tomar posições e dar contributos tanto do ponto de vista técnico como político.

Entrevista publicada na edição 423 do Hipersuper

Sobre o autorAna Grácio Pinto

Ana Grácio Pinto

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Além da personalização: O impacto da Inteligência Artificial Generativa na criação de produtos e serviços sob medida no retalho

Por Ricardo Galante, principal analytics & artificial intelligence advisor da SAS

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Por Ricardo Galante, principal analytics & artificial intelligence advisor da SAS

A Inteligência Artificial (IA) tem vindo a revolucionar o setor do retalho há já algum tempo, especialmente através da automatização, execução e personalização. Algoritmos analisam dados dos clientes para sugerir produtos, otimizar preços e personalizar ofertas. Contudo, a IA generativa, um ramo da IA capaz de criar conteúdo com base em dados originais, está a elevar esta revolução para um novo nível.
O percurso da IA no retalho iniciou-se com a otimização de processos e análise de dados para personalizar a experiência do cliente. Os algoritmos de aprendizagem automática impulsionaram sistemas de recomendação, previsão de procura e otimização de preços, tornando as operações mais eficazes e relevantes para os consumidores.
Com o avanço da IA generativa, o retalho pode agora ir além da personalização baseada em dados já existentes. Esta tecnologia possibilita a criação de produtos, serviços e experiências feitos à medida, adaptados às preferências e necessidades individuais de cada cliente.
A IA generativa já está a ser utilizada em diversas formas no retalho. Por exemplo, aplicações de visão por computador permitem que os clientes experimentem virtualmente roupas e acessórios, customizando-os com cores e estilos diferentes. Esta tecnologia também é empregue para analisar o comportamento dos consumidores em lojas físicas, identificando áreas/produtos de interesse, perfil dos clientes e até mesmo a otimização da disposição interna das lojas. A previsão de procura, aperfeiçoada pela inteligência artificial generativa, possibilita aos retalhistas antecipar as necessidades dos clientes e, assim, ajustar os seus stocks em conformidade, evitando excessos e escassez. Modelos generativos também têm a capacidade de criar designs de produtos exclusivos, adaptados às últimas tendências e preferências dos consumidores.
A inteligência artificial generativa tem o potencial de transformar o retalho, criando um cenário onde produtos e serviços são verdadeiramente personalizados. Imagine um cenário em que pode criar as suas próprias roupas, personalizar os seus ténis e até mesmo desenvolver um perfume único, tudo com auxílio da inteligência artificial. Além disso, a inteligência artificial generativa pode ser utilizada para desenvolver assistentes pessoais mais inteligentes e personalizados, capazes de compreender as necessidades dos clientes e fornecer soluções feitas sob medida. Campanhas de marketing podem ser testadas antecipadamente e geradas automaticamente, ajustadas para cada cliente e canal de comunicação.
Quanto às questões éticas, como a responsabilidade no uso de dados e a transparência na produção de conteúdo gerado por inteligência artificial, devem ser analisadas com cautela. Além disso, é essencial assegurar que a inteligência artificial generativa é empregue para complementar e enriquecer a criatividade humana, e não para substituí-la.
Desta forma, acredito que inteligência artificial generativa está a inaugurar um novo capítulo na história do retalho, impulsionando a criação de produtos, serviços e experiências personalizadas. Ao unir a personalização com base em dados à capacidade de gerar conteúdo original, a inteligência artificial generativa tem o potencial de revolucionar a maneira como consumimos e nos relacionamos com as marcas, construindo um futuro onde cada cliente é singular e as suas necessidades são atendidas de modo personalizado e relevante.

Artigo de opinião publicado na edição 423 do Hipersuper

Sobre o autorHipersuper

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João Vargas, secretário-geral da Associação Nacional de Empresas de Bebidas Espirituosas (ANEBE)

João Vargas, secretário-geral da Associação Nacional de Empresas de Bebidas Espirituosas (ANEBE)

Bebidas

“É errado e inútil combater o consumo excessivo ou o alcoolismo apenas pelo aumento dos preços”

João Vargas, secretário-geral da Associação Nacional de Empresas de Bebidas Espirituosas (ANEBE), defende que não podemos olhar para as políticas de combate ao alcoolismo ou consumo excessivo apenas pelo lado dos preços ou da eliminação de publicidade ao álcool. A aposta deve passar pela prevenção, sublinha ao Hipersuper.

João Vargas, secretário-geral da Associação Nacional de Empresas de Bebidas Espirituosas

Segundo dados divulgados pelo ICAD – Instituto para os Comportamentos Aditivos e as Dependências, há um aumento do consumo de álcool em Portugal, sobretudo entre os jovens, e há quem defenda que uma das soluções passa por um aumento dos preços das bebidas alcoólicas ou por um aumento de preços definido em função da quantidade de álcool presente na bebida. Para os defensores desta ideia, este aumento iria dificultar a compra de álcool, essencialmente pelos mais novos.
Tem sido apresentado o exemplo da Escócia, que desde 2018 tem em vigor uma lei (MUP) que fixa um preço mínimo para a venda de bebidas alcoólicas – de 50 pence (0,57 cêntimos) por unidade de álcool (10ml ou 8g de álcool puro). Um artigo publicado no jornal The Brussels Times, promovido pela spiritsEUROPE, que atua como um órgão representativo para produtores de bebidas alcoólicas com membros que incluem 31 associações nacionais de 24 países, além de 11 grandes empresas multinacionais produtoras de bebidas alcoólicas, com o título “MUP – a half-baked policy which has failed to deliver, but will go on regardless”, refere que não há evidências que esta medida tenha trazido benefícios, indo inclusive mais longe: gerou mais problemas entre os grupos com dificuldades financeiras, que, por exemplo, deixaram de comprar comida para conseguirem comprar álcool.
Fomos ouvir João Vargas, secretário-geral da Associação Nacional de Empresas de Bebidas Espirituosas (ANEBE), A ANEBE acredita que não podemos olhar para as políticas de combate ao alcoolismo ou consumo excessivo apenas pelo lado dos preços ou da eliminação de publicidade ao álcool e defende que a aposta deve passar pela prevenção, informação aos consumidores, essencialmente junto dos mais jovens, e que o ideal é existir um equilíbrio entre as medidas de saúde pública e as políticas de proteção social, de forma a garantir o bem-estar de todos os cidadãos.

Tendo em conta a experiência da Escócia e o recente artigo publicado, qual é a posição e como olha a ANEBE para uma possível aplicabilidade desta medida em Portugal?
O relatório agora conhecido sobre a implementação do preço mínimo por unidade de álcool (MUP) na Escócia apresenta várias falhas, tendo já sido reconhecido que a medida, para além de não ter resultado numa diminuição da proporção de adultos dependentes do álcool, trouxe ainda problemas acrescidos, nomeadamente um impacto negativo nos grupos mais vulneráveis.
Temos muitas reservas quanto à sua eficácia e quanto à sua eventual aplicabilidade em Portugal ou noutro país. O que nós defendemos e aplicamos através dos nossos programas de responsabilidade social, é a aposta na prevenção, na informação aos consumidores, essencialmente junto dos mais jovens. É errado e inútil combater o consumo excessivo ou o alcoolismo apenas pelo aumento dos preços. E isso tem sido demonstrado através dos aumentos sucessivos dos impostos sobre o álcool em Portugal, sobretudo na categoria das bebidas espirituosas.

A MUP parece ter um efeito negativo em consumidores com menor capacidade financeira, levando-os a sacrificar outras necessidades básicas como alimentação. Como vê a ANEBE o equilíbrio entre as políticas de preço e a proteção dos grupos mais vulneráveis?
A informação conhecida diz-nos que, muitas vezes, e infelizmente, é isso mesmo que sucede. Entendemos que é fundamental perceber se medidas como a MUP resultem em sacrifícios das necessidades básicas das pessoas e avaliar a viabilidade real dessas medidas, até porque, como hoje já é possível perceber, o fator preço não deve ser a única dimensão de combate ao consumo abusivo do álcool. O ideal é existir um equilíbrio entre as medidas de saúde pública e as políticas de proteção social, de forma a garantir o bem-estar de todos os cidadãos, sem esquecer as imprescindíveis políticas de informação, prevenção e sensibilização dos consumidores. Num país como Portugal, onde apenas é investido 1% do Orçamento do Ministério da Saúde em prevenção das doenças ou de adições, as autoridades de saúde apenas tocam na tecla dos preços. E, como já referi, no nosso caso tem sido contraproducente, porque existe uma distinção entre categorias de álcool, quando na verdade uma grama de álcool é uma grama de álcool, sem distinção entre tipos de bebidas, ou seja, existem categorias de álcool muito acessíveis em termos de preços. Para nós é claro que, em conjunto, temos de fazer muito mais na política de prevenção e conhecimento dos efeitos do consumo nocivo e abusivo do álcool.

A ANEBE menciona a necessidade de focar mais na prevenção e na informação ao consumidor. Que tipo de iniciativas ou programas consideram mais eficazes?
A prevenção e a informação ao consumidor são pilares fundamentais para promover um consumo responsável de bebidas alcoólicas, sendo essencial a manutenção de um diálogo aberto entre o Governo, a indústria, especialistas em saúde pública e representantes da sociedade civil, para encontrar soluções eficazes. O consumo excessivo é uma das maiores preocupações e prioridades de ação de toda a indústria das bebidas espirituosas a nível europeu e da ANEBE em Portugal, que promove iniciativas que educam os consumidores sobre os riscos do consumo excessivo de álcool e promovem escolhas saudáveis. Nesse sentido, criou e desenvolve, com vários parceiros da sociedade civil, diversos programas de prevenção e sensibilização, como o “Beba com Cabeça”, que apela ao consumo moderado dos jovens, sobretudo através de campanhas em festivais de música, festas e encontros académicos, festas Erasmus, etc.. Como é o caso também do programa “Menores nem uma Gota”, que forma e apoia docentes e técnicos em escolas ou associações de intervenção em comunidades locais com novos recursos de promoção do consumo responsável do álcool em menores de idade. Ou do “100% Cool”, um programa de responsabilidade social corporativa, criado há 22 anos, com o objetivo de fazer um combate mais efetivo à sinistralidade rodoviária ligada ao álcool.

Bebidas

“Tenho de deixar uma palavra de preocupação face à crescente loucura sobre o aumento dos impostos sobre o álcool”

O boom do turismo e a maior diversificação de marcas impulsionou o crescimento do mercado das bebidas espirituosas mas a ANEBE tem vindo a demonstrar o seu descontentamento com o aumento dos impostos sobre o álcool que, como João Vargas sublinha, resultou na diminuição de 18,4% da receita fiscal na categoria. A ANEBE considera fundamental a definição de uma taxa que não retire competitividade às empresas portuguesas de bebidas espirituosas e defende o congelamento do imposto.

Quais as principais tendências no consumo de bebidas espirituosas em Portugal nos últimos anos?
O mercado das bebidas espirituosas tem tido altos e baixos nos últimos 15 anos. Iniciámos a década de 2010 com uma descida das vendas e, consequentemente, dos consumos. Obviamente, o boom do turismo e a maior diversificação de marcas, quer portuguesas, quer estrangeiras, impulsionou o crescimento do nosso mercado. Os milhões de turistas que visitam Portugal têm mexido significativamente no dinamismo da nossa indústria. Porém, importa salientar que este impacto do turismo e das vendas não indica necessariamente maiores consumos abusivos dos portugueses. Pelo contrário, os estudos de algumas entidades de saúde são bastante omissos sobre o impacto do turismo nos consumos (que dobra o número de pessoas a consumir no país).
Um outro aspeto relevante está relacionado com o efeito dos produtos premium no mercado. Há maior sofisticação e oferta premium das nossas marcas, mesmo as portuguesas, uma vez que as empresas têm apostado nos últimos anos em melhores produtos, portanto, mais caros, do que em grande volume. O mercado premium em Portugal está a florescer. Por outro lado, o número de operadores com oferta de cocktails e bebidas com maior valor acrescentado e menor teor alcoólico tem sido uma tendência consolidada, assim como bartenders e profissionais de bar que têm crescido e com maior qualidade, graças às nossas escolas de turismo. Ainda, para finalizar, a introdução de novos produtos no mercado, como os RTD’s (Ready To Drink), bebidas com baixo teor alcoólico e onde um cocktail chega a casa de qualquer consumidor já feito, e os produtos “No-Low” Alcohol, produtos sem álcool ou com baixo teor de álcool.

Como olha para o futuro?
Sobre o futuro, tenho de deixar uma palavra de preocupação face à crescente loucura sobre o aumento dos impostos sobre o álcool. Estamos a falar de valores altíssimos, se compararmos com outros países da União Europeia. O IABA – Imposto sobre o Álcool e as Bebidas Alcoólicas – só entre 2023 e 2024 aumentou 15%. Consideramos que este aumento não tem qualquer justificação, tendo inclusive resultado na diminuição de 18,4% da receita fiscal na categoria de bebidas espirituosas e de 25,4% nas introduções ao consumo deste tipo de bebidas no primeiro trimestre deste ano quando comparado com o mesmo período do ano passado, o que pode sinalizar uma tendência preocupante. Estes números demonstram que ninguém tem a ganhar com a subida do imposto, porque esse aumento reflete-se numa subida de preços, que por sua vez anula a capacidade de investimento das empresas, e isso vai ter impactos nas vendas e no consumo, o que se vai refletir numa quebra da receita fiscal.
Perante este cenário, que ameaça a sustentabilidade das empresas, retirando-lhes competitividade, o que prevemos é que a quebra de vendas seja ainda maior este ano, acompanhada de uma diminuição nas introduções ao consumo.
A ANEBE considera fundamental a definição de uma taxa que não retire competitividade às empresas portuguesas de bebidas espirituosas, e defende o congelamento do imposto. Para além de uma imprescindível política de informação, prevenção e sensibilização dos consumidores, que combata eficazmente o consumo excessivo. Temos dinamismo, temos empresas a apostar em Portugal e empresas portuguesas com atividade, precisamos que não nos cortem mais as pernas para podermos florescer, apostar mais em inovação e internacionalização e apoiar o setor do turismo, que é o motor da nossa economia.

Entrevista publicada na edição 423 do Hipersuper

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

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Jorge Tomás Henriques reeleito presidente da FIPA

Jorge Tomás Henriques foi reeleito, pela oitava vez consecutiva, para liderar os destinos da Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares – FIPA e continuar o trabalho de representação, defesa e dinamização […]

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Jorge Tomás Henriques foi reeleito, pela oitava vez consecutiva, para liderar os destinos da Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares – FIPA e continuar o trabalho de representação, defesa e dinamização do setor tanto a nível nacional como na esfera europeia, junto de decisores políticos, parceiros e sociedade civil.

Detentora de uma sólida rede de ligações institucionais, a FIPA tem sido ao longo dos anos, e particularmente nos momentos cruciais para a afirmação do setor agroalimentar, uma interlocutora chave junto dos vários Ministérios e do Parlamento. Motivos que estão na base da recondução de Jorge Tomás Henriques para um novo mandato e que sublinham o reconhecimento e a confiança no trabalho iniciado em 2003.

Certo de que os próximos três anos não irão fazer abrandar a complexidade dos desafios que se têm vindo a colocar a toda a economia nacional e em particular à indústria agroalimentar, Jorge Tomás Henriques fala num “novo e imprevisível ciclo legislativo, onde mais uma vez teremos novos interlocutores e novos compromissos”.

Com os associados a representarem uma fileira que tem contribuído para o equilíbrio da balança comercial, e registado na última década uma taxa de crescimento das exportações superior às importações, a FIPA, diz Jorge Tomás Henriques, “vai continuar a promover uma envolvente para a indústria agroalimentar que permita reforçar a competitividade, alavancar o crescimento externo, fomentar o emprego e assegurar a confiança dos consumidores”.

A FIPA é constituída por 16 associações que exercem a sua atividade no ramo alimentar dentro do território nacional, 16 das maiores empresas do setor agroalimentar e oito empresas ou as suas associações que, não atuando diretamente no setor agroalimentar, têm com a indústria relações privilegiadas. No cômputo global, a FIPA representa em Portugal a indústria transformadora que mais contribui para a economia nacional, tanto em Volume de Negócios (22,4 mil milhões de euros) como em Valor Acrescentado Bruto (3,8 mil milhões de euros), além de ser a indústria que mais emprega em Portugal – mais de 112.000 postos de trabalho diretos e cerca de 500.000 indiretos.

Sobre o autorHipersuper

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Distribuição

Mercadona volta a juntar-se à campanha do Banco Alimentar Contra a Fome

“Temos orgulho em participar nesta campanha, uma vez mais, e dizer que colaboramos com 11 Bancos Alimentares dos distritos onde a Mercadona está presente. Defendemos esta modalidade de doação porque permite adaptar as doações às necessidades reais dos beneficiários e, ao mesmo tempo, multiplicar a sua eficácia, uma vez que os bancos alimentares podem comprar os produtos de que necessitam, nas quantidades certas.” sublinha Gabriela Oliveira, diretora de responsabilidade social da Mercadona.

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Mercadona - campanha solidária organizada pelo Banco Alimentar Contra a FomeA Mercadona junta-se, uma vez mais, à campanha solidária organizada pelo Banco Alimentar Contra a Fome. Até 2 de junho, a retalhista coloca todos os seus 50 pontos de venda à disposição para esta campanha  que permite aos clientes a doação monetária, em múltiplos de 1€,  efetuada nas caixas de pagamento no momento da compra.
Os valores doados serão depois convertidos em alimentos pela Mercadona e entregues aos respetivos bancos alimentares, que podem selecionar a variedade de produtos que pretendem de acordo com as suas necessidades especificas.

“Temos orgulho em participar nesta campanha, uma vez mais, e dizer que colaboramos com 11 Bancos Alimentares dos distritos onde a Mercadona está presente. Defendemos esta modalidade de doação porque permite adaptar as doações às necessidades reais dos beneficiários e, ao mesmo tempo, multiplicar a sua eficácia, uma vez que os bancos alimentares podem comprar os produtos de que necessitam, nas quantidades certas.” sublinha Gabriela Oliveira, diretora de responsabilidade social da Mercadona.

Com o objetivo de partilhar com a sociedade parte do que dela recebe, a Mercadona sublinha que colabora com mais de 70 entidades de cariz social, entre as quais Bancos Alimentares, IPSS e ONG em Portugal a partir de cada uma das suas 50 lojas e do seu Bloco Logístico na Póvoa de Varzim. No total, ao longo do ano de 2023, a Mercadona doou 1.200 toneladas de bens essenciais, o equivalente a cerca de 21.400 carrinhos de compras

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