Missão Continente
Distribuição

Missão Continente doou cerca de 20 milhões de euros em excedentes alimentares

Nos primeiros nove meses do ano, a Missão Continente doou cerca de 20 milhões de euros de produtos alimentares a 1 064 instituições de todo o país, um apoio que equivale a mais de 10 milhões de refeições salvas.

Ana Rita Almeida
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Missão Continente doou cerca de 20 milhões de euros em excedentes alimentares

Nos primeiros nove meses do ano, a Missão Continente doou cerca de 20 milhões de euros de produtos alimentares a 1 064 instituições de todo o país, um apoio que equivale a mais de 10 milhões de refeições salvas.

Sobre o autor
Ana Rita Almeida
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De janeiro a setembro, a Missão Continente doou cerca de 20 milhões de euros de produtos alimentares a 1 064 instituições de todo o país, um apoio que equivale a mais de 10 milhões de refeições salvas.

Além das doações às instituições, a empresa disponibiliza bens alimentares aos colaboradores, através das áreas sociais das lojas e entrepostos da MC, o que representou o reaproveitamento de 3,2 milhões de euros em alimentos durante os primeiros nove meses de 2022.

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Recorde-se que os artigos doados são considerados excedentes quando perdem o seu caráter comercial, mas preservam todas as condições necessárias de consumo seguro, evitando o desperdício alimentar numa lógica de economia circular. Estão incluídos produtos frescos como fruta, legumes, mercearia e artigos de padaria, entre outros bens alimentares.

“Há 20 anos que a Missão Continente procura contribuir para o bem-estar da população. As doações diárias que entregamos a várias centenas de instituições permitem, por um lado, evitar que toneladas de alimentos se convertam em desperdício e, por outro, prestar um apoio muito relevante para milhares de famílias. A nossa responsabilidade, enquanto agente ativo, é a criação de valor social positivo, junto das comunidades que apoiamos.” sublinha Nádia Reis, Diretora de Comunicação e Responsabilidade Social do Continente.

A Missão Continente representa as iniciativas de responsabilidade social do Continente, como o Apoio à Comunidade, o Desenvolvimento Inclusivo e a Cidadania Ambiental, querendo assim contribuir para um futuro mais sustentável.

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

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Setor dos lacticínios reúne-se no Enlácteos 2025 para debater futuro da indústria

O evento terá lugar no Centro Cultural de Macieira de Cambra, em Vale de Cambra, e decorrerá sob o tema «Compromisso de Futuro», desafiando a fileira dos lacticínios a refletir sobre os principais eixos estratégicos que moldam o presente e o futuro da indústria.

A Anil – Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios promove, no próximo dia 16 de maio, a edição de 2025 do Enlácteos.

Num contexto marcado por fortes incertezas geopolíticas, pressões ambientais, novas exigências de consumo e imperativos de inovação e sustentabilidade, o encontro assume-se como uma plataforma de debate alargado sobre os grandes desafios que se colocam ao setor agroalimentar.

Entre os destaques do programa está a intervenção de Paulo Portas, antigo Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, que irá abordar o tema “O mundo em mudança: contexto geopolítico e geoeconómico”.

O programa inclui ainda intervenções dedicadas à evolução dos padrões de consumo, ao panorama dos mercados nacional e internacional, à comunicação estratégica, à digitalização e à sustentabilidade industrial. O encerramento será marcado por uma mesa redonda com representantes de entidades-chave, focada nas oportunidades e desafios da sustentabilidade no setor.

Para Maria Cândida Marramaque, diretora-geral da ANIL, este evento assume um papel central na estratégia de valorização do setor. “O Enlácteos é um momento de convergência entre indústria, conhecimento e visão de futuro. A partilha de ideias e a presença de figuras relevantes sublinham a importância de pensarmos o mundo dos lacticínios numa lógica integrada, moderna e resiliente. Precisamos de antecipar tendências, posicionar Portugal no contexto internacional e reforçar a confiança dos consumidores nos nossos produtos”, sublinha.

ENLÁCTEOS 2025 – COMPROMISSO DE FUTURO

Programa ∙ 16 maio

9h30/ 10h00: Boas-vindas
José Oliveira Marques, Presidente da ANIL
José Pinheiro, Presidente da Câmara Municipal de Vale de Cambra

10h00 /10h45: O mundo em mudança: contexto geopolítico e geoeconómico – Paulo Portas

11h00/ 11h30: Pausa da manhã

11h30 / 13h00 Mercados, tendências, hábitos e preferências do consumidor
“O mercado do leite e laticínios em Portugal
Maria João Cardoso, Informa D&B”
“Mercado internacional de lácteos
Rosinda Castanhas, Vhumana”
“Consumidor 360
Andreia Carvalho, Kantar”

13h00 / 14h30 Pausa para almoço

14h30 /15h15: Laticínios – necessidade de novas narrativas
Ramiro Martins, Professor de Política Comercial e Marketing na AESE Business School

15h15/ 15h45: Digitalização da gestão energética e da eficiência de processos como núcleo da sustentabilidade industrial
Agustín Juncal, Rockwell Automatio

15h45 /16h30: Mesa redonda – O desafio constante da sustentabilidade
Moderação: Maria Cândida Marramaque – ANIL
Anabela Ponte – Sociedade Ponto Verde
Cristina Vasques – GPP
Deolinda Silva – PortugalFoods
João Nunes – CECOLAB
Miguel Teixeira – Colab4Food

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Cropped image of woman inputting card information and key on phone or laptop while shopping online.
Retalho

Um em cada quatro consumidores compra online em Portugal

É o que conclui o estudo ‘O Consumo Online em Portugal 2025’. Mais da metade a população portuguesa compra online uma ou várias vezes por mês e 58% compra online através do telemóvel.

Hipersuper

O e-commerce cresce no mercado português ano após ano. Um em cada quatro consumidores afirmar comprar bens online, no mínimo, uma vez por semana. E 53% afirmam mesmo fazê-lo uma ou várias vezes por mês. Estas são algumas conclusões do estudo sobre ‘O Consumo Online em Portugal 2025” realizado pela Webloyalty, empresa que atua na área da geração de receitas adicionais para e-commerce através de uma solução de retail media.

O avanço dos sistemas e dispositivos digitais faz com que o consumo através da Internet continue a crescer, mas há outros fatores que impulsionam a  escolha dos portugueses por esta forma de comércio. A possibilidade de comparar preços (66%), a comodidade (60%) ou o acesso a descontos e promoções (55%) são as principais vantagens apontadas na hora de comprar online.

“Concretamente para este tipo de perfil, existem fórmulas que ganham cada vez mais adeptos: os clubes de compras para compradores recorrentes que lhes permitem beneficiar de cashback pelas suas compras online. Um exemplo seria o Compra e Poupa, que reembolsa sempre, no mínimo, 10% do valor das compras online realizadas em lojas online das principais marcas, aderidas à plataforma”, explica Eduardo Esparza, VP General Manager da Webloyalty Iberia & Brasil.

Moda, viagens e tecnologia lideram compras

O estudo realizado pela Webloyalty reuniu informações de 950 pessoas com mais de 18 anos com representatividade nacional e apontou a moda e os acessórios como os produtos que os cidadãos afirmam comprar mais online (78%). Seguido de viagens (64%) e produtos de tecnologia (59%), completam o top 3 das compras via e-commerce em Portugal. Nesta forma de consumo, o telemóvel já é o dispositivo mais utilizado para comprar pela Internet (58%), seguido do computador (40%) e do tablet (2%).

A possibilidade de comparar preços, a comodidade ou o acesso a descontos e promoções, são vantagens apontadas no estudo

“O crescimento exponencial do comércio eletrónico em Portugal, com um em cada quatro portugueses a comprar online semanalmente, representa uma oportunidade enorme para os retalhistas portugueses, que devem adaptar-se para satisfazer estes novos consumidores e oferecer-lhes uma experiência de compra que convide à recorrência nas suas compras através deste canal”, assegura Eduardo Esparza.

A importância do Retail Media

Com um gasto global estimado em 166 mil milhões de dólares para 2025 (eMarketer), o crescimento do Retail Media “é imparável e consolida-se como a chave para aumentar a competitividade das lojas online portuguesas a nível europeu”, destaca ainda a Webloyalty, referindo que esta ferramenta oferece aos anunciantes a possibilidade de implementar publicidade dirigida, com um impacto hiperpersonalizado, sem comprometer a experiência de compra.

No estudo, a empresa defende que integrar soluções de retail media no ponto de venda digital ou ao finalizar o processo de compra permite aos players nacionais gerar receitas adicionais e tornarem-se mais competitivos, “otimizando os seus processos de venda num momento onde o comércio eletrónico no país está a despontar com força”.

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Hipersuper

Enólogo Tiago Macena Fotografia: Bruno Gonçalves
Bebidas

Tarelo reforça identidade do terroir açoriano com entrada do enólogo Tiago Macena

Tiago Macena chega ao Pico com o compromisso de preservar a autenticidade dos vinhos Tarelo, aprimorando as suas características sem alterar o estilo base. “É mais um desafio profissional que abraço, repleto de detalhes e nuances que ainda não domino, mas que estou ansioso por explorar”, afirma.

A Tarelo, produtora de vinhos com origem na ilha do Pico, Açores, acaba de anunciar a entrada de Tiago Macena no projeto, numa aposta clara no reforço da identidade vínica local e na consolidação da notoriedade do terroir açoriano a nível nacional e internacional. Esta é a primeira experiência do enólogo nas ilhas, que assume a responsabilidade de aprofundar o perfil distintivo dos vinhos da marca.

Com uma carreira sólida e atualmente a concluir o percurso para Master of Wine, Tiago Macena chega ao Pico com o compromisso de preservar a autenticidade dos vinhos Tarelo, aprimorando as suas características sem alterar o estilo base. “É mais um desafio profissional que abraço, repleto de detalhes e nuances que ainda não domino, mas que estou ansioso por explorar. Será um período de experiência e aprendizagem que, sem dúvida, fará de mim melhor profissional… e surge justamente quando as necessidades do produtor se alinham com a minha disponibilidade e vontade de continuar a evoluir”, adianta o enólogo.”, sublinha o enólogo.

Os primeiros vinhos totalmente vinificados por Tiago Macena chegarão ao mercado em 2026, com os vinhos da vindima de 2025, atualmente em desenvolvimento nas vinhas da Tarelo. No entanto, ainda este ano será possível provar os chamados “vinhos de afinamento”, já sob o seu cuidado e engarrafamento.

Com vinhas localizadas na Vinha da Ruína, Canada das Lavandeiras e Candelária — todas protegidas por jeirões e canadas em basalto, próximos do oceano —, a Tarelo dedica-se exclusivamente à produção de castas brancas autóctones, como Verdelho, Arinto dos Açores e Terrantez do Pico. Este cenário vitivinícola, marcado pelo solo vulcânico e por um clima imprevisível, está no centro da filosofia da marca.

“É da combinação de vários fatores – solo vulcânico, clima imprevisível e tenacidade dos picarotos – que resultam os vinhos únicos do Pico. O sentido de lugar é a premissa mais importante deste projeto que terá sempre de ser o nosso ethos”, reforça Tiago Macena, destacando a singularidade do terroir açoriano e o papel determinante da resiliência dos produtores locais, os picarotos.

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

Retalho

Pingo Doce lança nova gama de refeições leves e práticas

O Pingo Doce acaba de reforçar a sua oferta de refeições prontas com o lançamento da gama Balance, uma nova linha da marca Comida Fresca, que pretende responder às necessidades de consumidores que procuram opções mais leves, sem comprometer o sabor nem a conveniência.

Hipersuper

A nova gama oferece refeições completas, preparadas com “ingredientes frescos e de elevada qualidade”, com especial destaque para a presença de vegetais. As soluções Balance destinam-se a quem adota um estilo de vida saudável e valoriza uma alimentação equilibrada, mas enfrenta constrangimentos de tempo ou preferência por não cozinhar, sublinha o Pingo Doce.

“No Pingo Doce estamos continuamente à procura de conhecer e ir ao encontro das necessidades dos consumidores. Identificámos uma oportunidade de apoiar, por exemplo, quem segue planos alimentares elaborados por nutricionistas, mas não gosta de cozinhar ou não tem tempo disponível para preparar as refeições. A gama Balance é uma excelente forma de integrar refeições equilibradas no dia a dia, com opções práticas e convenientes, saborosas e pensadas com critério nutricional.”, explica Óscar Costa, diretor de meal solutions do Pingo Doce.

As receitas da nova linha foram desenvolvidas em parceria entre o chef executivo do Pingo Doce, Gonçalo Costa, e a nutricionista Iara Rodrigues, reconhecida pelo seu trabalho na promoção da alimentação saudável.

“Esta colaboração nasce da vontade de facilitar a vida de quem quer cuidar da saúde, com sabor e autenticidade. Defendo sempre que comer de forma equilibrada não tem de ser complicado e a gama Balance prova exatamente isso. É uma solução prática, feita com ingredientes de qualidade, para quem procura equilíbrio, sabor e saúde no prato. É possível comer bem, com qualidade e prazer – mesmo nos dias mais corridos!”, acrescenta Iara Rodrigues.
Disponível na seção de pronto a levar das lojas, esta gama apresenta cinco propostas de refeição, todas confecionados nas cozinhas próprias do Pingo Doce: Moqueca de Peixe com Mistura de Legumes e Gengibre, Tandoori de Frango com Brócolos e Abóbora Assada, Empadão de Novilho com Cherovia, Salada de Camarão com Legumes Asiáticos e Ovo Berber.
Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Equipa portuguesa vence final ibérica da 33ª edição do L’Oréal Brandstorm
Inovação

Equipa portuguesa vence final ibérica da 33.ª edição do L’Oréal Brandstorm com projeto inovador de skincare masculino

One Blend, uma solução 3-em-1 solúvel e sustentável, conquista júri em Madrid e garante presença portuguesa na final internacional em Paris.

A equipa portuguesa composta por Filipe Van Acht (ISEG), Maria do Céu André (ISCTE) e Marisa Portugal (ISEG) conquistou o primeiro lugar na final ibérica da 33.ª edição do L’Oréal Brandstorm, garantindo o passaporte para representar a região ibérica na final internacional da competição, que terá lugar em Paris.

O projeto vencedor, denominado One Blend, propõe uma toalhita 3-em-1 solúvel em água, com propriedades de sérum, creme e proteção solar, direcionada ao segmento de cuidados masculinos. Disponível em duas versões – para pele oleosa e para pele normal a seca, ambas com propriedades anti-idade – o produto distingue-se pela simplicidade, sustentabilidade e inclusão, eliminando a necessidade de múltiplas embalagens e adaptando-se aos perfis reais dos consumidores.

A final do cluster ibérico decorreu esta quarta-feira, em Madrid, sob o mote “Men. Beauty & Care. Game on through tech, products and beyond”, desafiando os participantes a reinventar o futuro da beleza masculina através de propostas inovadoras em tecnologia, produto e serviço. O júri, composto por especialistas da indústria, representantes da L’Oréal e jornalistas, avaliou os projetos segundo critérios de inovação, viabilidade e impacto de mercado.

“É sempre um privilégio assistir ao talento e à criatividade destas novas gerações. A equipa portuguesa destacou-se pela clareza da proposta, pelo espírito empreendedor e pela ambição de transformar a forma como os homens cuidam de si”, partilha Clara Trindade, diretora de Relações Humanas da L’Oréal Espanha e Portugal. “O Brandstorm continua a ser uma plataforma ímpar para inspirar e identificar os líderes de amanhã. Estamos ansiosos para ver a representação desta equipa na final internacional”, acrescenta.

A competição Brandstorm, promovida pela L’Oréal há mais de três décadas, afirma-se como uma das principais plataformas de captação de jovens talentos a nível global. Além de fomentar a inovação, oferece aos participantes uma via de entrada no mercado profissional, com contacto direto com recrutadores e líderes da indústria. Esta foi a quarta edição conjunta entre Portugal e Espanha, reunindo projetos de mais de 1.700 estudantes em 2024. Na edição anterior, a vitória também coube a uma equipa portuguesa, da Nova SBE.

A equipa vencedora prepara-se agora para disputar a final internacional em Paris, onde terá acesso a uma experiência imersiva de três meses na sede do Grupo L’Oréal, com todas as despesas incluídas.

Projetos vencedores da final do cluster:
1º Lugar: One Blend – Toalhita 3-em-1 solúvel em água, que combina sérum, creme e SPF, adaptada a diferentes tipos de
pele masculina. Faculdade: ISEG + ISCTE
2º Lugar: IPAM Lisboa – Exfoliante para pele masculina fácil de usar, versátil e acessível. Faculdade: IPAM
3º Lugar: ZITHAPPENS – Assistente de cuidados de pele com tecnologia IA para homens, que oferece aconselhamento
personalizado e com base científica. Faculdade: IE

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

MC
Retalho

MC volta a integrar a “A List” do CDP e reforça liderança no combate às alterações climáticas

Retalhista é uma das poucas empresas a nível mundial com classificação máxima em transparência ambiental e ação climática.

Hipersuper

A MC integra pelo segundo ano consecutivo a prestigiada “A List” do CDP (anteriormente Carbon Disclosure Project), reafirmando a sua posição entre as empresas mais empenhadas na mitigação dos efeitos das alterações climáticas. A empresa obteve também a classificação “A-” na categoria Floresta, reforçando o reconhecimento internacional da sua estratégia ambiental.

Em 2024, mais de 24.800 organizações submeteram os seus dados ao CDP para avaliação no âmbito das alterações climáticas. Apenas 1,7% conseguiram alcançar a classificação “A”, grupo em que a MC volta a marcar presença, destacando-se pela transparência e pela eficácia das suas medidas ambientais.

A distinção do CDP reconhece o compromisso da MC com metas ambientais ambiciosas. Até 2032, a empresa pretende reduzir em 51% as emissões de gases com efeito de estufa (GEE) das suas operações (âmbitos 1 e 2) e em 31% as emissões da sua cadeia de valor (âmbito 3), em comparação com os níveis de 2022. A meta final é alcançar a neutralidade carbónica nas operações próprias até 2040.

Só no último ano, a retalhista reduziu em 12,6% as suas emissões diretas e indiretas, fruto de uma aposta em energia renovável, eletrificação de consumos, medidas de ecoeficiência e modernização das centrais de frio.

Mariana Pereira da Silva, head of sustainability da MC, sublinha o empenho coletivo da organização: “Estamos extremamente orgulhosos do trabalho das nossas equipas, que nos permitiu manter a classificação máxima na área do Clima (A). É igualmente motivo de grande satisfação o reconhecimento obtido na área da Floresta, com a atribuição do nível de liderança (A-)”.

“Mantemo-nos focados na execução da nossa estratégia de sustentabilidade e na prossecução do nosso compromisso com a construção de um futuro sustentável — uma ambição que não pode ser adiada”, garante.

“Sabemos que vivemos num contexto exigente, que nos apresenta constantemente novos desafios, mas que não nos deve desviar do nosso propósito. Reforça a necessidade de um esforço concertado e sistemático de todas as nossas equipas, em estreita parceria com os nossos fornecedores e parceiros.”, acrescenta.

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Hipersuper

Alimentar

8º Congresso Nacional do Azeite vai debater os novos desafios para o setor

Campo Maior recebe a 22 e 23 de maio, o Congresso Nacional do Azeite, organizado pelo CEPAAL. A 8ª edição acontece numa altura em que a produção nacional cresceu 10% e as exportações valem mais de mil milhões de euros.

Hipersuper

Organizada pelo Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo (CEPAAL), em parceria com a Câmara Municipal de Campo Maior, a 8ª edição do Congresso Nacional do Azeite decorre no âmbito da Feira Nacional de Olivicultura, que decorre de 22 a 25 de maio, no Jardim Municipal de Campo Maior.

Aquele que se apresenta como o mais relevante debate nacional sobre o setor olivícola e oleícola, acontece já a 22 e 23 de maio, conta com o Alto Patrocínio do Presidente da República e tem como tema os novos desafios para o setor. Irá ter lugar pela primeira vez em Campo Maior, no Centro Cultural de Campo Maior. “Esta é uma iniciativa que tem como objetivo dinamizar o sector olivícola e oleícola nacional enquanto fórum de debate, ponto de encontro para os profissionais do sector e de partilha de informação privilegiando sobretudo a divulgação de informação técnica”, informa a organização num comunicado.

A 8ª edição do Congresso Nacional do Azeite acontece quando as mais recentes estimativas do INE, perspetivam um aumento na produção de azeite em 10%, na campanha 2024-2025, em relação à campanha anterior, atingindo cerca de 177 mil toneladas. Um dos maiores produtores mundiais de azeite do mundo e o terceiro maior exportador da Europa, Portugal ultrapassou a barreira dos mil milhões de euros em exportações.

O Congresso Nacional do Azeite tem como objetivo dinamizar o sector olivícola e oleícola nacional enquanto fórum de debate

O Congresso Nacional do Azeite 2025 contará com quatro painéis nos quais participarão mais de 30 oradores nacionais e internacionais em torno dos debates ‘Novos Desafios do Setor’, ‘ESG no Setor Olivícola/Oleícola’, ‘Identidade do Azeite Português: Marca & Origem’ e ‘O Caminho do Azeite na Alta Cozinha’.

A sessão de abertura estará a cargo do presidente do CEPAAL, Gonçalo Morais Tristão, do presidente da Câmara de Campo Maior, Luís Rosinha, e do vice-presidente da CCDRA, Roberto Grilo. Assunção Cristas é a Keynote Speaker do congresso e irá debruçar-se sobre o ESG no setor. O CEPAAL leva ainda a esta edição, e pela primeira vez, os chefs Vítor Sobral, José Júlio Vintém e Bertílio Gomes que estarão reunidos num dos painéis, onde também participam as  duas das escolas de hotelaria e turismo mais relevantes do país, Estoril e Portalegre.

As inscrições para a 8ª edição do Congresso Nacional do Azeite estão abertas até ao dia 20 de maio e podem ser feitas em Inscrição – Congresso Nacional do Azeite 2025. O programa completo pode ser consultado aqui.

O CEPAAL é uma associação sem fins lucrativos sedeada em Moura e fundada em 1999 com a missão de valorizar e promover o Azeite do Alentejo em Portugal e no resto do mundo. Conta atualmente com 33 produtores e 12 instituições ligadas ao sector olivícola e oleícola, incluindo organismos do Estado, municípios e universidades, como seus associados.
O Congresso Nacional do Azeite é uma iniciativa integrada no projeto Da Oliveira à Mesa, cofinanciado por fundos comunitários e nacionais através do PDR2020.

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Marta Baptista, vice-presidente de Investigação Agrícola e Investigação Global de Plantas da Driscoll’s California Fotografia Frame It
Alimentar

Marta Baptista: “A agricultura faz-se com pessoas”

Marta Baptista, vice-presidente de Investigação Agrícola e Investigação Global de Plantas da Driscoll’s California, alerta para os desafios que se impõem na produção de pequenos frutos, com destaque para a gestão da água, a escassez e retenção de mão de obra e a necessidade de reforçar a inovação. Em entrevista, sublinha a importância de colocar as pessoas no centro da estratégia agrícola. E não tem dúvidas: o melhor sítio para trabalhar é onde sente que pode fazer a diferença.

Fotografias Frame It

A sustentabilidade da produção de pequenos frutos enfrenta uma pressão crescente, impulsionada pela escassez de recursos naturais, alterações climáticas e exigências sociais. Em entrevista ao Hipersuper, realizada em Odemira, no dia do 20º Aniversário do Test Plot da Driscoll’s, a vice-presidente de Investigação Agrícola e Investigação Global de Plantas da Driscoll’s California, Marta Baptista, alerta para os desafios que se impõem ao setor, com destaque para a gestão da água, a escassez e retenção de mão de obra e a necessidade de reforçar a inovação. Marta Baptista sublinha também a importância de colocar as pessoas no centro da estratégia agrícola. E não tem dúvidas: o melhor sítio para trabalhar é onde sente que pode fazer a diferença.

Marta Baptista, vice-presidente de Investigação Agrícola
e Investigação
Global de Plantas da Driscoll’s California

Quais são os principais desafios quando falamos na produção de pequenos frutos?
Os recursos naturais são, hoje, uma preocupação global. Falo, desde logo, da água e da disponibilidade de solos, que precisam de ser utilizados de forma equilibrada – não demasiado intensiva, mas ainda assim rentável. Se tivermos muitos hectares concentrados numa mesma zona, acabamos por usar os recursos de forma insustentável para a comunidade. Já nos aconteceu em alguns locais e aprendemos com isso. A água é cada vez mais o desafio número um.
A mão de obra é outro fator crítico. Precisamos de garantir condições sustentáveis, que levem as pessoas a querer voltar e a sentir-se bem. Os pequenos frutos são muito intensivos em termos de mão de obra, especialmente porque a colheita é manual. Esta representa entre 50% a 70% do custo total de produção, dependendo do país e da variedade. Exige muitas pessoas, que por sua vez necessitam de habitação, escolas, água… é um desafio.
Outro desafio é a instabilidade climática resultante das alterações climáticas. Ainda há quem pense que as alterações climáticas são algo do futuro. Não são. Estão aqui, há muito tempo, e afetam a produção esperada, as curvas de produção e os volumes. Sem previsibilidade, não conseguimos vender bem, nem trabalhar com os produtores na gestão de expectativas. Falta ainda muita tecnologia e informação, especialmente nos pequenos frutos, para mitigar estes efeitos. Como operamos em muitos países, sentimos isto todas as semanas – há sempre um evento climático extremo. Dá uma boa noção do quão real isto já é.

Em Portugal, a água é também o principal desafio?
Sem dúvida nenhuma. É o número um. Os restantes vêm muito depois.

O que é que precisamos, então?
Não queria entrar em questões políticas, mas a verdade é que o perímetro de rega foi construído nos anos 60. Na altura foi bom, inovador, mas hoje está completamente desadequado. As infraestruturas são as mesmas, com fraca manutenção. Não há pressão nos canais de rega, há muitas perdas. Os colegas da Lusomorango podem dar números mais precisos, mas há perdas significativas. Precisamos de soluções estruturais, que não são fáceis, mas são investimentos para gerações, não apenas pontuais.

Com essas infraestruturas, poderíamos produzir mais?
Sim, poderíamos produzir mais, em mais regiões, e de forma menos concentrada. A Driscoll’s já está a crescer em regiões como o Norte de Portugal, Cantanhede, Tocha, Algarve, exatamente para diversificar esta intensidade.

Que frutos é que já colheram com essa atuação em Portugal?
Nos campos de ensaio implementámos e otimizámos técnicas de uso de água, como a recolha de água da chuva – não toda, para permitir a recarga dos aquíferos, mas uma parte. Também promovemos a recirculação da água. Dois dos nossos maiores produtores já utilizam este sistema. Ontem visitámos uma quinta da Maravilha Farms que está a 100% em recirculação. A água de drenagem, que contém adubo, é recolhida, analisada, desinfetada com luz ultravioleta e reutilizada. Isto permite poupança de adubo e evita a poluição. São exemplos concretos de frutos colhidos – metafóricos e literais – destes investimentos. Mas ainda há muito por fazer. Fundámos o Centro de Investigação para a Sustentabilidade em 2023 com o INIAV, a Lusomorango e um produtor parceiro. É o início da jornada.

Para além da água, que outros exemplos de inovação estão a ser aplicados?
O sistema de produção em substrato não foi inventado aqui, mas era utilizado em pequena escala em países frios para proteger as plantas no inverno. Inovámos ao otimizá-lo para climas mais temperados, como o português. Comparado com o solo, o substrato permite poupanças de até 25% de água e fertilizantes. É uma inovação replicável que se tornou praticamente o standard da indústria, dentro e fora da Driscoll’s. Este campo foi pioneiro nesse processo.

Sai muita inovação daqui para o mundo?
Sim, muita. Tanto para a Driscoll’s como, por vezes, para a indústria em geral.

Os fertilizantes são um mal necessário ou há alternativas?
Os fertilizantes são essenciais – potássio, azoto, fósforo – são elementos naturais e fazem parte da nossa alimentação. Mas são recursos finitos e o seu fabrico e desperdício têm impactos. A recirculação é uma inovação que permite reutilizar esses nutrientes. Outra inovação é a seleção de variedades mais eficientes – como a ‘Reina’, que precisa de menos 30% de adubo para produzir o mesmo. Hoje, priorizamos essas variedades.

Como se equilibra a sustentabilidade com a produtividade e o negócio?
Criámos métricas que refletem esse equilíbrio. Por exemplo, em vez de medir a água total usada, medimos litros por quilo de fruta vendida. Isso dá uma perceção mais realista da eficiência e cria consciência. Hoje, produtores perguntam quantos litros por quilo usa determinada variedade – algo impensável há poucos anos. Isso já faz parte do pensamento agrícola.

Nota uma mudança de mentalidade entre os produtores?
Sim. Aqui, na região do Sudoeste Alentejano, onde há escassez real e legal de água, os produtores têm muita vontade de aprender. Noutros locais, onde a escassez não é tão evidente, pode haver mais resistência. Mas as técnicas e variedades já estão desenvolvidas e são transferíveis, com pequenas adaptações.

Essa partilha de conhecimento é uma das coisas mais valiosas do seu trabalho?
Sem dúvida. Gosto muito disso. A informação bem aplicada e bem transferida é uma ferramenta poderosa. Estamos na era do social media, mas na agricultura a partilha entre pares ainda é essencial. Informação é poder, também na agricultura.

A agricultura de hoje é diferente daquela que vemos nos livros escolares?
Completamente. Hoje é uma ciência com tecnologia, sensores, melhoramento genético. Esta manhã falávamos de usar inteligência artificial para desenvolver programas de fertilização. Não é ficção científica, é real. Mas os jovens ainda não têm essa perceção. Falta mostrar o que há de melhor na agricultura, especialmente nas idades mais jovens.

É um setor que precisa de pessoas, certo?
Claro. A tecnologia não substitui pessoas, transforma o trabalho. Pode ser mais intelectual, com mais valor acrescentado. Não precisamos de cavar, temos tratores, mas precisamos de pensar em soluções, como para a água. Pode até ser mais estimulante.

Diz-se que os frutos mais doces são de Portugal. Porquê?
Algumas regiões em Portugal, como esta onde estamos, têm uma combinação de fatores naturais muito especial: clima ameno, invernos suaves, verões não excessivamente quentes, e uma brisa refrescante que ajuda as plantas. Esta combinação encontra-se em poucas regiões no mundo. Quem me dera encontrar mais Zambujeiras por aí.

Quais são as linhas de investigação mais transformadoras no Centro de Investigação e Sustentabilidade?
A recirculação da água é uma das mais adotadas. Há também investigação sobre o uso de luz ultravioleta no combate a doenças, substituindo pesticidas. Outro foco é a compostagem do substrato de coco – queremos fazer mais. Não sei se haverá um breakthrough, mas há avanços incrementais em várias áreas. Estamos também a estudar formas de medir a biodiversidade usando inteligência artificial e fotografia. A ideia é que os sistemas indiquem ao produtor onde existe uma praga, para que ele possa atuar com precisão.

A inteligência artificial é já presente ou ainda é futuro?
É aspiracional, mas será realidade nos próximos cinco anos. Vai ser utilizada de várias formas: programas de fertilização, melhoramento genético, deteção de pragas. Estamos a começar com ideias piloto, mas vai ser transformador.

O estudo de pragas e doenças é essencial?
Sim. Se não conhecermos as pragas, não podemos preveni-las. E prevenir é sempre mais barato do que tratar. É preciso conhecimento profundo: há insetos que se alimentam de outros, e só com essa base científica conseguimos soluções biológicas eficazes.

O que são as iniciativas Ask the Grower e Virtual Test Plots?
O Ask the Grower nasceu na pandemia, quando vimos que era necessário continuar a transferir conhecimento, mesmo sem poder viajar. É uma plataforma virtual onde produtores partilham experiências com outros produtores. Continuou após a pandemia e vai regressar este ano.
Os Virtual Test Plots são visitas virtuais aos campos de ensaio, com vídeos bem preparados. Mostramos variedades novas ou inovações tecnológicas. Estão acessíveis a todos os produtores e colaboradores da Driscoll’s no mundo, desde que tenham internet.

Portugal pode beneficiar das experiências de outros países?
Sem dúvida. Por exemplo, neste campo desenvolvemos a produção de mirtilo em substrato, algo que parecia impensável. Hoje, essa técnica é usada no Peru, México, África do Sul… Aprendemos também com outros, como na poda de mirtilo – aprendemos com Austrália e Peru. Copiar boas práticas deve ser feito com orgulho.

Em que ponto está Portugal em relação a outros países?
Nada para trás. O recorde de produção de framboesa fresca que conheço, dentro e fora da Driscoll’s, é em Portugal. Também tivemos o recorde de mirtilo até há poucos anos. Fala-se muito de Portugal como estando atrasado, mas não está.

De todos os países onde já trabalhou, onde gosta mais de trabalhar?
Onde sinto que posso fazer a diferença. Há 20 anos, quando começámos aqui, os produtores sabiam pouco e o impacto era enorme. Hoje, são eles que nos ensinam. O impacto mais forte acontece agora em regiões que estão onde Portugal estava há 20 anos. É gratificante trabalhar onde conseguimos fazer um impacto real na comunidade.

A Marta valoriza muito o papel das pessoas…
Sem dúvida. A fruta faz-se com pessoas. A agricultura faz-se com pessoas. A Driscoll’s faz-se com pessoas. As pessoas têm de estar no centro das nossas preocupações. Infelizmente – ou felizmente – as framboesas não crescem sozinhas.

E o bem-estar das pessoas ultrapassa a apanha da fruta. Falamos de alojamento, de condições…
Sim. Um trabalhador que não tenha boas condições não vai querer voltar. E, se não voltar, temos de ensinar outro. E um novo trabalhador, no início, tem baixa produtividade. Portanto, temos todo o incentivo para reter e para fazer com que as pessoas se sintam bem. Custa muito tempo e dinheiro ensinar constantemente. Reter trabalhadores — tanto os da apanha como os técnicos especializados — é recompensador. Vale mesmo a pena. E estou a dar-lhe uma resposta muito honesta do ponto de vista económico: vale mesmo a pena.

Como olha para tudo o que foi construído nestes 20 anos? Começaram do zero…
Começámos com a ajuda do INIAV, com o engenheiro Pedro Carlos Oliveira, e com poucos colegas. Cabíamos todos num carro, eramos cinco. Hoje, só na Driscoll’s Europa, somos… talvez mil. Tenho muito orgulho, claro, mas o que mais me fascina é o impacto das pessoas que passaram por aqui. Pessoas que formámos e que depois formaram outras. Esse efeito de cadeia é a parte mais bonita de tudo isto.

É isso que a mantém aqui?
Sim. Fazer a diferença. Ver que há impacto. Podia ter seguido outros caminhos, tive convites, mas o que me mantém é ver o crescimento das pessoas, perceber que deixamos marca. Pessoas que agora ocupam cargos importantes. Por exemplo, o Andy, hoje vice-presidente das operações na Europa, esteve na minha equipa até maio do ano passado. Podia olhar para isso como uma perda, mas olho com orgulho. Ele merece. E há mais como ele. Muitos estão aqui agora mesmo.

Essa filosofia da Driscoll’s é muito forte?
Temos processos de recrutamento muito exigentes. Às vezes até pedimos desculpa aos candidatos — são entrevistas atrás de entrevistas. Mas vale a pena. Porque depois de entrarem, investimos. E custa muito recomeçar do zero. Quando perdemos alguém — e já perdemos pessoas muito boas — recrutar e formar de novo é difícil. O conhecimento técnico pode ensinar-se. O alinhamento de valores é mais difícil. Por isso damos tanta importância a essa área. E depois, queremos reter as pessoas o máximo de tempo possível.

A retenção de talento é hoje também um desafio?
É, sim. Mas se formos proativos e pensarmos: “Como é que podemos ajudar esta pessoa a dar o próximo passo?”, conseguimos manter as pessoas motivadas e na empresa. Se formos passivos e esperarmos que a pessoa levante a mão, nem todos o farão. Nem todos dizem: “Eu quero o próximo desafio.” Temos mesmo de ser proativos. No trabalho que faço atualmente, já não faço ensaios com plantas, já não cresço plantas diretamente, mas… talvez cresça pessoas. Parece poético, mas é mesmo verdade. E essas pessoas vão fazer o mesmo com outras.

Como se antecipa o futuro da agricultura sustentável?
É uma previsão, mas acredito que terá de ser cada vez mais precisa, baseada em mais informação e mais ciência. Porque os desafios vão continuar a aumentar. A água, por exemplo, não se renova. O que existe hoje é o que existirá daqui a 100 anos, a menos que se descubra uma forma de a criar — o que ainda não existe. As alterações climáticas vão agravar-se em frequência e intensidade. Preocupa-me que alguns governos ainda não levem o tema a sério. Já impacta vidas, economias e, claro, a agricultura — talvez até mais do que outras indústrias, porque dependemos diretamente do clima e dos recursos naturais.

Esse contexto político influencia também onde se investe?
Sim. As mudanças na agricultura acontecem quando precisam de acontecer. A agricultura é uma atividade económica e precisa de incentivos económicos para evoluir. Esses incentivos podem ser regulamentares, relacionados com procura, custos, etc. Eu podia dar-lhe uma resposta romantizada e dizer que se inova só porque queremos produzir de forma sustentável. Mas a verdade é que muitas das inovações surgiram por necessidade. Por exemplo, quando os fumigantes do solo deixaram de estar disponíveis, foi preciso encontrar alternativas. A necessidade conduz à inovação. E isso também influencia onde e como se investe.

Este equilíbrio entre competitividade, negócio e sustentabilidade será determinante para o futuro da agricultura?
Tem de ser. O produtor precisa de rentabilidade para pagar salários, investir em centros de inovação… e precisa de água. Esta exigência dupla — económica e ambiental — ajuda-nos a focar nas soluções certas. Em ciência e inovação, uma das grandes dificuldades é o excesso de opções. Mas quando temos estas duas diretivas claras, conseguimos filtrar melhor.

Há pouco dizia-me, meio em tom de brincadeira, que se reformava se conseguisse eliminar o plástico. Mas ainda há muito por fazer?
Sim, ainda há muito a fazer. A utilização intensiva de plásticos é uma questão que nos incomoda. Usamo-los porque precisamos, mas gostávamos de ter alternativas. É um dos desafios para os quais ainda não encontrámos boas soluções. E isso é frustrante.

Os plásticos são um problema pouco visível para quem olha de fora.
Sim. Mas fazem muita diferença para o ambiente. São necessários para garantir fruta fresca e de qualidade. Para congelados ou sumos, pode produzir-se ao ar livre. Mas framboesas e amoras são muito sensíveis — ao vento, à radiação solar… queimam-se, como nós. O morango e o mirtilo têm mais tolerância. Já fazemos mirtilo ao ar livre no norte, mas as outras culturas ainda precisam de proteção. Gostaríamos de usar menos plástico, claramente.

Até a nível de embalagens. Falávamos disso há pouco. Por que não são todas em cartão?
Por causa da durabilidade. A fruta dura muito mais nestas embalagens atuais. Já estamos com cerca de 40% em cartão na Europa. Mas custou muito. As primeiras embalagens desfaziam-se com a humidade. É preciso mais inovação, mais trabalho. Substituir o plástico nas embalagens, túneis, vasos… é um desafio. E não só nos pequenos frutos, é transversal à agricultura.

Como vê o papel das universidades nesta mudança? Essa ligação entre investigação e setor produtivo está suficientemente consolidada?
Não. É preciso muito mais. Assistimos a uma desvalorização da investigação pública nas últimas décadas, especialmente na agricultura. E as empresas não conseguem fazer tudo sozinhas. Por isso, estas parcerias são fundamentais. Já temos colaborações com o INIAV, Universidade de Évora, Nova, Instituto Superior de Agronomia. E a nível internacional, com a Universidade de Wageningen, na Holanda. Mas precisamos de fazer mais.

Porquê?
Porque ajuda muito se as universidades e os alunos compreenderem os desafios reais da indústria. Assim, podem orientar melhor a investigação, para problemas urgentes, como os plásticos, a água, a biodiversidade, a poluição. As empresas terão sempre mais dificuldade em resolver tudo sozinhas.

20 anos do Test Plot de Taliscas, Zambujeira do Mar

Um campo de ensaios (test plot) tem como missão testar e definir as variedades com melhor adaptação à região onde estão localizados, servindo também como um showcase das melhores práticas agrícolas. A principal finalidade é otimizar o crescimento e desenvolvimento das plantas, permitindo que os produtores tenham acesso ao melhor produto disponível e às informações mais completas para tomarem decisões informadas.
Na Europa, a Driscoll’s opera sete campos de ensaio, dois em Portugal: Taliscas, na zona da Zambujeira do Mar, e Foja, em Cantanhede.

Alguns marcos históricos:
2005 – Abertura do Campo de Ensaios com plantação de morangos em solo.
2006 – Aumento de área para 1 hectare e acrescentando ensaios de framboesas, amora e mirtilos. Primeiros ensaios de Driscoll Maravilla.
2008 – Redução de área com retirada dos ensaios de amoras e framboesas.
2009 – Reativação de 0,5 hectares com ensaios de mirtilos e morangos em solo.
2013 – Início de expansão da área para cerca de 3 hectares de ensaios com plantações em solo. Primeiras plantações de ensaios de Driscoll’s Victoria.
2014 – Retirada dos ensaios de morango.
2016 – Introdução das primeiras plantações em substrato nos ensaios de mirtilo.
2017 – Instalação da estação de rega automatizada. Introdução de ensaios de morango em plantações de substrato.
2018 – Conclusão da conversão do total da área de ensaios exclusivamente para substrato.
2019 – Instalação de melhores estruturas de túneis com possibilidade de recolha de águas de chuva.
2020 – Anos de pandemia sem comprometer a execução dos ensaios planeados. Primeiras plantações de ensaios Driscoll’s Reyna.
2021 – Primeiros ensaios de Driscoll’s Clara.
2023 – Início da recolha de água da chuva e recirculação da água de drenagem.
2024 – Efetiva utilização de água de chuva em exclusivo para regar os ensaios durante quatro meses.

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

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Pingo Doce cresce 2,8% no 1.º trimestre para 1,2 mil milhões de euros

Num contexto de consumo marcado pela elevada sensibilidade ao preço e por um calendário menos favorável, o Pingo Doce encerrou o primeiro trimestre de 2025 com um crescimento das vendas de 2,8%, totalizando 1,2 mil milhões de euros.

Hipersuper

Excluindo o segmento de combustíveis, o crescimento like-for-like (LFL) atingiu os 1,1%, sustentado pelo desempenho das lojas que operam sob o conceito All About Food, que têm vindo a ganhar peso estratégico na proposta da insígnia.

A operar num mercado fortemente promocional, o Pingo Doce manteve a sua agressiva política de descontos, o que lhe permitiu preservar quota num ambiente de grande competitividade. No trimestre, a insígnia do grupo Jerónimo Martins abriu uma nova loja e concluiu a remodelação de 13 localizações.

Em termos consolidados, o EBITDA da Distribuição Portugal cifrou-se em 78 milhões de euros, 0,7% abaixo do trimestre homólogo, tendo a respetiva margem atingido 5,2% (5,3% no 1T 24), pressionada pela subida dos custos com pessoal na sequência do aumento de 6,1% do salário mínimo nacional.

A Jerónimo Martins fechou o primeiro trimestre de 2025 com um resultado líquido de 127 milhões de euros, 31,4% acima do ano anterior, ou 6,1% abaixo se excluídos os outros ganhos e perdas de natureza não recorrente. No 1º trimestre de 24, esta rubrica incluiu os 40 milhões de euros da dotação inicial da Fundação Jerónimo Martins.

As vendas cresceram 3,8% (+1,9% a taxas de câmbio constantes), impactadas negativamente pelo efeito de calendário já que o ano anterior, sendo bissexto, contou com mais um dia de vendas e também com a Páscoa, que em 2025 foi no 2T. O EBITDA aumentou 3,8% (+1,2% a taxas de câmbio constantes) com a respetiva margem, em linha com o ano anterior, a cifrar-se em 6,3%, informa a Jernónimo Martins em comunicado

Pedro Soares dos Santos, presidente e administrador-delegado da Jerónimo Martins, sublinha a resiliência do grupo num cenário de grande incerteza: “Neste ambiente de contenção, todas as nossas Companhias trabalharam com disciplina para gerir a pressão sobre as margens que decorre da subida dos custos com pessoal na sequência do aumento dos salários mínimos em cada país, num momento em que a inflação nos cabazes permanece baixa”.

“Ainda que o primeiro trimestre apenas permita uma leitura muito limitada das tendências nos mercados, os resultados do Grupo, nestes três meses e perante o comparativo muito exigente do ano anterior, são sólidos e confirmam a competitividade das propostas de valor e a estratégia, dos últimos anos, de reforçar os modelos de negócio das diferentes insígnias”, pode ler-se na mensagem divulgada

“Atentos ao desenvolvimento das dinâmicas de consumo e da concorrência, manteremos o foco no crescimento sustentável, defendendo as nossas bases de clientes, executando o nosso ambicioso plano de expansão, e respondendo aos desafios ambientais e sociais que enfrentamos num contexto particularmente volátil.”, garante.

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Continente e Pingo Doce lideram ranking das marcas mais relevantes para os consumidores

Entre as 20 marcas mais referidas no Estudo ao Consumidor 2025, nove são portuguesas, com destaque para Continente, Pingo Doce, Delta Cafés, Mimosa, Galp, MEO, NOS, EDP e Worten. O pódio é liderado por Continente, seguido de Pingo Doce e Adidas, sinalizando uma crescente valorização de marcas nacionais por parte dos consumidores. Pedro Diogo Vaz, country manager da Superbrands Portugal, destaca o reforço da presença de marcas nacionais no ranking geral, com especial evidência para o retalho.

A Superbrands Portugal divulgou esta terça-feira, 7 de maio, os resultados do Estudo ao Consumidor 2025, colocando duas insígnias nacionais de retalho alimentar — Continente e Pingo Doce — no topo da lista das marcas com maior referenciação espontânea pelos consumidores portugueses. Os dados foram apresentados na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa.

Entre as 20 marcas mais referidas no estudo, nove são portuguesas, com destaque para Continente, Pingo Doce, Delta Cafés, Mimosa, Galp, MEO, NOS, EDP e Worten. O pódio geral é liderado por Continente, seguido de Pingo Doce e Adidas, sinalizando uma crescente valorização de marcas nacionais por parte dos consumidores.

O estudo revela ainda que o setor do Retalho reforçou significativamente a sua presença no TOP 20 entre 2020 e 2025, aumentando de 22,1% para 30,2%. Esta evolução reflete-se também na entrada de novas marcas como Mercadona e na consolidação de insígnias como Lidl.

Para Pedro Diogo Vaz, um dos destaques da edição deste ano prende-se com o reforço da presença de marcas nacionais no ranking geral, com especial evidência para o retalho. “Há uma diversidade muito grande no mercado, mas essa abundância acaba por valorizar ainda mais as marcas que fazem parte do nosso quotidiano. Marcas como o Continente e o Pingo Doce estão presentes de forma contínua na vida das pessoas e, por isso, são mencionadas instintivamente pelos consumidores”, explicou em declarações ao Hipersuper.

O responsável sublinha ainda que o contexto económico e social atual pode influenciar este comportamento: “Vivemos num período de incerteza, e isso leva os consumidores a procurar segurança e familiaridade. As marcas portuguesas acabam por despertar uma ligação emocional mais forte, seja pelo enraizamento cultural, seja por uma perceção de maior proximidade e confiança”.

Pedro Diogo Vaz destaca também a importância da análise promovida pela Superbrands enquanto ferramenta útil para os profissionais de marketing e gestão de marcas. “Este é um estudo independente, que pretende refletir de forma genuína a perceção do consumidor. Não há interferência comercial nas escolhas, o que confere credibilidade aos resultados e torna-os relevantes para a estratégia das marcas, sobretudo no que toca à avaliação do seu posicionamento face à concorrência”, conclui.

O Continente assume um papel transversal no estudo, surgindo como a marca mais mencionada nas cinco dimensões avaliadas — Notoriedade, Marcas Únicas, Confiança, Identificação e Satisfação das Necessidades — e liderando o ranking em todas as gerações analisadas, da Silent Generation à Geração Z.

Já o Pingo Doce e a Delta Cafés destacam-se por integrarem o TOP 3 em duas dimensões, enquanto marcas como Adidas, Nike, Lidl e Nestlé também mantêm uma presença constante nos rankings multidimensionais.

A análise por geração demonstra que o retalho mantém uma relevância transversal, sendo o setor com maior peso em todas as faixas etárias. Por outro lado, os Baby Boomers e a Geração X apresentam maior afinidade com marcas de Alimentação, Telecomunicações, Bebidas e Energia, enquanto a Geração Z se destaca nas áreas de Desporto e Tecnologia.

Existem cinco áreas de atividade que monopolizam 81% do TOP 20 do ranking geral, sendo estas o Retalho, Alimentação, Desporto, Tecnologia e Telecomunicações. Numa comparação entre 2020 e 2025, observa-se que o Retalho aumentou o seu peso de 22,1% para 30,2% no TOP 20, tendo também a Energia e a Moda registado um ligeiro aumento.

O estudo, conduzido pela consultora independente AMINT, decorreu entre 7 de janeiro e 12 de fevereiro de 2025, através de 1.000 entrevistas online a uma amostra representativa da população portuguesa em termos etários (com idade igual ou superior a 16 anos), género e distribuição geográfica. A margem de erro é de 3,2%.

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

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