Detentora da Conforama exige 52 milhões de euros ao ex-CEO Markus Jooste
A Steinhoff, detentora da Conforama, está a exigir 850 milhões de rands (52 milhões de euros) ao seu antigo CEO, Markus Jooste, pelo seu papel na crise contabilista do grupo, que quase conduziu este à falência, avança a Bloomberg.
O dono da Conforama em França, e a Matress Firm, nos Estados Unidos da América, pretendem recuperar os salários-base, bónus e outros incentivos pagos a Markus Joost durante vários anos a partir de 2009.
O CFO, Ben La Grange, também está a ser processado, sendo-lhe pedido 271 milhões de rands, o que equivale a 16 milhões de euros.
A ação colocada em tribunal na Cidade do Cabo dá como garantido que a atual administração da Steinhoff responsabiliza Jooste por uma série de transações duvidosas com terceiros e pelo inflacionamento dos ativos da empresa.
As ações desceram 97% depois do início da crise da empresa, em 2017, quando esta teve de admitir uma série de irregularidades contabilísticas que conduziram à saída de Jooste.
Alguns bancos de investimento e o próprio BCE sofreram pesadas perdas na sequência do escândalo contabilístico de que Jooste e La Grange são acusados.
O documento apresentado em tribunal refere que o pagamento de salários e bónus aos dois gestores dependia do bom desempenho financeiro do retalhista. A empresa alega que, se estivesse consciente do sucedido, a comissão de remunerações não recomendaria qualquer pagamento.
Reivindicando 52 milhões de euros a Jooste, a empresa sul-africana pede ainda os 2,1 milhões de euros de bónus que o antigo presidente executivo recebeu sem a necessária autorização prévia.