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Jungheinrich assina todas as partes de empilhadores com baterias de iões de lítio
A filial portuguesa da produtora de equipamentos de movimentação de carga Jungheinrich montou um “showroom” de 1700 metros quadrados na sua sede em Mem Martins, no distrito de Lisboa, para apresentar ao mercado as mais recentes inovações. Além dos equipamentos de baterias de iões de lítio totalmente concebidos pela marca, destaca-se a nova Serie M e a atualização do sistema de gestão de armazém, assim como o sistemas de segurança e automação
Ana Catarina Monteiro
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A marca alemã criou as primeiras máquinas de movimentação de carga com baterias de iões de lítio cujos componentes são fabricados na totalidade por si e garante ser a primeira do setor dos empilhadores a conquistar o feito.
A filial portuguesa da produtora de equipamentos de movimentação de carga Jungheinrich montou um “showroom” de 1700 metros quadrados na sua sede em Mem Martins, no distrito de Lisboa, para apresentar ao mercado as mais recentes inovações. Destacam-se os equipamentos de baterias de iões de lítio totalmente concebidos pela marca, a nova Serie M, assim como a atualização do sistema de gestão de armazém.
Baterias de iões de lítio
A fornecedora de empilhadores tem vindo a apostar na produção própria de baterias de iões de lítio, que garantem equipamentos mais eficientes, tendo-se tonado a “primeira do setor a produzir por completo todos os sistemas que constituem as máquinas” com tecnologia de iões de lítio, desde a bateria ao carregador, explica em entrevista ao HIPERSUPER Patrícia Sousa, gestora de produto e logística da Jungheinrich Portugal.
O objetivo é migrar todas as máquinas com baterias de chumbo ácido para as de iões de lítio. Até ao momento, os empilhadores de mastro retrátil e contrapesados de “24 e 48 volts já integram estas baterias. Falta converter os equipamentos de 80 volts”, que estão agora a ser testados. “Contamos que até final do próximo ano, o produto possa estar disponível para comercialização”. Nas máquinas de maior potência elétrica, “o peso da bateria de chumbo ácido serve de contrapeso para que o equipamento possa suportar a carga”, o que obrigou a empresa a “redesenhar” o produto ao convertê-lo para a nova tecnologia.
A ideia de migrar as baterias convencionais para as de iões de lítio nasceu “há cerca de seis anos”. Desde essa altura que a empresa está focada no desenvolvimento “de raiz todos os componentes da máquina”, incluindo bateria e carregador, para conseguir para conseguir, desde logo, “oferecer algo mais que a concorrência” mas sobretudo para “garantir a eficiência energética e eliminar riscos de segurança dos produtos”, dá conta Patrícia Sousa. “As baterias de iões de lítio são uma matéria mais perigosa e, para conseguirmos garantir ao cliente a segurança total na utilização do produto, quisemos desenvolver os produtos de raiz”. Neste sentido, a Jungheinrich desenvolveu o próprio sistema de controladores e monitorização das células das baterias.
Com uma vida útil que ronda em média os “seis anos”, os empilhadores com baterias de iões de lítio duram entre “duas a três vezes mais” e permitem a utilização contínua até 24 horas por dia, durante sete dias por semana, sem necessidade de substituição. Podem ser utilizados, por exemplo, na indústria alimentar, não apresentando restrições de aplicação devido a gases e ácidos libertados. “Se pensarmos que, para investir nestes equipamentos, não há necessidade de adaptar as instalações do cliente com estações de troca, salas de carga, infraestruturas com ventilação, zonas de lavagem, secagem e manutenção, estamos a falar em redução do investimento”.
Serie M
A nova série M compõe-se pelo porta-paletes elétrico EJE M13/M15 e os stackers eléctricos EJC M10 E, com monomastro, e EJC M10 ZT, de mastro duplo. Os novos equipamentos, lançados em setembro no mercado nacional, são indicados para operações ligeiras em espaços limitados. Ideais para empresas de “pequena e média dimensão”, as máquinas apresentam características como o motor de marcha de corrente trifásica, que reduz o consumo de energia.
Os dois novos modelos de stackers elétricos foram desenvolvidos para apoiar o transporte de paletes e de artigos ao longo de distâncias curtas, com um peso de até 1000 quilogramas. Através do mastro duplo, disponível em quatro elevações que vão dos 2300 aos 3300 milímetros, o EJC M10 ZT destina-se à “preparação ocasional de encomendas e empilhamento de paletes”. O porta-paletes elétrico, por sua vez, tem a opção de ser encomendado com um equipamento de pesagem incorporado.
EasyPilot
O EasyPilot é um sistema que permite comandar à distância os order pickers horizontais ECE da marca, aumentando a produtividade na preparação de encomendas. A máquina pode ser manuseada através de um controlo remoto. Com dois ou três toques no comando, transportado no braço para que o operador fique com as mãos livres, o order picker desloca-se por distâncias pré-definidas. Desta forma, a máquina move-se para o local de recolha seguinte, sem que o operador tenha que subir e descer constantemente da mesma, “poupando tempo e aumentando em 30% a produtividade e proporcionar uma descida do consumo energético por recolha de cerca de 16%”.
Além disso, para evitar colisões entre veículos e peões, a empresa desenvolveu uma câmara de bordo inteligente que reconhece a silhueta de seres humanos. O sistema de segurança ajuda a prevenir acidentes entre empilhadores e pessoas, ativando um alerta sonoro em caso de risco eminente para que o condutor tenha capacidade de resposta.
Warehouse Management System 2.0
A Jungheirich apresentou também a segunda geração do sistema informático de gestão de armazém, cuja principal vantagem está na adaptação das funcionalidades a cada negócio. A versão original “lançada no mercado há já algum tempo”, apenas permitia adquirir uma única solução que englobava todas as funções possíveis, sejam clientes de grande ou pequena dimensão, “o que comportava também um investimento financeiro superior para PME [pequenas e médias empresas] comparando com uma multinacional”, explica ao HIPERSUPER Nelson Lopes, responsável de vendas da filial nacional da produtora alemã. “A solução era muito pesada para empresas que estão nos primeiros anos de vida, ou que ainda não têm uma dimensão média, as quais apenas precisavam de uma ou outra opção entre todas as funcionalidades que o WMS oferece, seja a gestão do fluxo de material, entradas e saídas de mercadoria do armazém, análise de dados, entre outras”.
A versão 2.0 permite às empresas customizar o WMS consoante as suas necessidades. “É como se fosse um fato feito à medida do cliente”, reforça Nelson Lopes. Está acessível para os negócios de menor dimensão, que podem adquirir uma versão básica e depois ir adicionando os módulos consoante as necessidades que surgirem na operação. Com esta atualização, o sistema de gestão de armazém promete aumentar a eficiência dos processos intralogisticos e “reduzir os custos até 70%”.
A fornecedora sediada em Hamburgo, disponibiliza ainda o sistema Logistics Interface, que funciona como uma “tradutor de línguas” permitindo que caso o cliente tenha adotado um sistema de gestão de armazém que não o da Jungheinrich possa interligar a plataforma aos equipamentos desta marca. Os Lisgistics Interface permite conectar “98 diferentes linguagens de sistemas de gestão de armazém com os nossos equipamentos”.