Comércio mundial de vinho em queda
Um recente relatório do Foreign Agricultural Service do Departamento de Agricultura dos EUA refere que o comércio mundial de vinho baixou de 42,5 (em 2007) para os 41 milhões de hectolitros, em 2009.
Victor Jorge
Sabe bem neste Verão: a sugestão de Ângela Sarmento, diretora de marketing e comunicação dos Supermercados Apolónia
Auchan de Setúbal reabre com conceito inovador e sustentável
Os desafios da alimentação animal vão ser debatidos pelos industriais do setor
Presidente da ADENE nomeado para o CDAP
AEP organiza congresso sobre as tendências e o futuro das empresas
Brother estende para cinco anos a garantia das impressoras TJ
Associações da UE pedem ação urgente e estratégia a longo prazo para a água
Empresas querem aumentar receitas com vendas online para novos mercados
Sabe bem neste verão: a sugestão de João Basto, diretor-geral da Centazzi
Bebidas lácteas em pó ‘Yogoody Shake’ no Continente Food Lab
De acordo com os dados apresentados pelo Foreign Agricultural Service (FAS) do Departamento de Agricultura dos EUA, e depois de ano seguidos de crescimento, até alcançar os 42,5 milhões de hectolitros, em 2007, os últimos anos têm sido de quebra no sector do vinho mundial, tendo totalizado 41 milhões hectolitros, em 2009, em consequência das dificuldades económicas vividas em praticamente todos os mercados.
Do lado dos importadores, o FAS revela que a União Europeia (UE) aumentou as suas importações em 5%, em 2009, para os 13 milhões de hectolitros, com mais destaque para a procura de vinhos provenientes do Chile e África do Sul, enquanto os vinhos dos EUA registaram uma diminuição nas importações europeias.
Do outro lado do Atlântico, os EUA aumentaram as suas importações de vinho em 10%, para 9 milhões de hectolitros, destacando o FAS a maior procura por vinhos mais baratos a granel do Chile e Austrália, depois engarrafados em terras do tio Sam.
A Rússia também reduziu as importações de vinho em 25%, totalizando 4,3 milhões de hectolitros, totalizando os vinhos a granel e os mostos 1,3 milhões de hectolitros.
O Japão, por sua vez, manteve-se constante, diminuindo, contudo, 20% o valor das importações devido à procura de vinhos mais baratos.
O mercado chinês travou um pouco as importações, embora o valor dos produtos registe um aumento, sugerindo, assim, que os consumidores estão a mudar para produtos de maior qualidade.
Do lado dos exportadores, os EUA baixaram as exportações em 15% para os 3,8 milhões de hectolitros (em 2008, essas exportações totalizavam 4,3 milhões de hectolitros, embora tenham registado uma melhoria das vendas para mercados como Hong Kong e China, mantendo-se os dois maiores mercados dos vinhos norte-americanos – Canadá e UE – estáveis.
Já as exportações da UE diminuíram quase 10% para os 16,4 milhões de hectolitros, devido à crise e fraca procura por parte, principalmente, dos EUA e Rússia.
Caso particularmente destacada pelo FAS é a Austrália que só produz 5% da totalidade do vinho no mundo, alcançando as suas exportações 15% do total global.
As exportações do Chile cresceram para os 7milhões de hectolitros, principalmente pela procura dos EUA e UE, enquanto os acordos de livre comércio com o Japão e EUA favoreceram estas trocas. Por fim, as exportações da África do Sul mantiveram-se nos 4,3 milhões de hectolitros, travando o rápido crescimento dos últimos anos.
A FAS revela ainda que as exportações aumentaram 10%, em 2009, para alcançar 7,7 milhões de hectolitros, em consequência da procura nos EUA, Canadá e Japão, adiantando que os menores custos em consequência da maior exportação de vinhos a granel faz com que os consumidores adquiram vinhos de menor qualidade.