Unicer alarga águas à cosmética
A cosmética é o novo desafio da Unicer. Água para a pele é o mais recente conceito da Vitalis. O segmento das bebidas não ficou de fora e também apresenta […]

Rita Barradas
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A cosmética é o novo desafio da Unicer. Água para a pele é o mais recente conceito da Vitalis. O segmento das bebidas não ficou de fora e também apresenta novidades, desta vez a pensar nos mais activos. A luta pela consolidação da liderança está nos objectivos da empresa e a estratégia passa pela inovação constante.
A Unicer vai-se lançar num novo desafio. Desta vez, o alvo é o mercado de cosmética. A marca líder de bebidas em Portugal decidiu apostar na sua maior referência de águas, a Vitalis, e presentear o mercado com a nova Vitalis Skin.
A máxima é um sistema de spray, “bomba pump”, com 200ml de água mineral Vitalis, sem adição de conservantes, nem azoto. Aproveitando o facto de a água Vitalis ser uma água rica em Sílica, um oligoelemento benéfico para a pele, a Unicer acolhe a oportunidade e alarga a sua gama à cosmética, disponibilizando ao consumidor um produto que, até agora, apenas se encontrava à venda em farmácias e a preços bastante elevados.
Esta nova aposta da empresa liderada por António Pires de Lima visa gerar valor acrescentado à marca e ao mercado investindo na inovação e dinamizando a marca Vitalis. Este produto está destinado às mulheres jovens adultas dinâmicas e sofisticadas. Este contributo de bem-estar que hidrata e refresca todo o tipo de peles é também favorecido pela conveniência do seu tamanho pois pode ser facilmente transportado nas carteiras das senhoras.
Águas funcionais em voga
No entanto, esta não é a única novidade da Vitalis que, no segmento das águas funcionais e após o lançamento da Vitalis Elegante Tangerina e Elegante Limão, lança agora a Vitalis Smart Maracujá.
A recente inovação da Vitalis junta à água mineral natural o sabor do maracujá e um conjunto de ingredientes naturais que ajudam no desempenho intelectual da memória e da concentração, centrada num público jovem e adulto, activo e urbano. Esta nova água funcional inova pela adição de ingredientes como o ginseng, ginko biloba, vitaminas do complexo B e zinco.
“A Vitalis Smart pode ser consumida por qualquer pessoa. Mas é especialmente útil para todos aqueles que são obrigados regularmente a esforços intelectuais mais intensos ou para pessoas que em determinados momentos do seu dia são obrigados a períodos de maior concentração” explica o director de marketing das águas Unicer, Rafael Pinto.
A empresa detentora das águas Vitalis, Caramulo e 7Fontes lançou-se no segmento das águas funcionais em 2006. A razão, explica Rafael Pinto, “esteve nas várias análises das tendências de consumo a nível internacional e também em estudos de marcado. Percebemos que havia abertura por parte do consumidor para um conceito de águas com sabores. Estudamos as alternativas que tínhamos e percebemos que no mercado europeu o conceito estava a evoluir de dia para dia, assim decidimos entrar neste segmento”.
A escolha da marca Vitalis para dar início a este novo segmento não foi em vão. O responsável das águas Unicer salienta que “a escolha de Vitalis deve-se ao facto de ser a marca com maior posição de mercado e com mais notoriedade. Nomeadamente é marca líder no canal Horeca e portanto tinha todas as condições para triunfar. Entramos com uma gama mais pequena e à medida que fomos percebendo que havia adesão por parte do consumidor fomos alargando a gama e ainda hoje estamos nesse caminho”.
O sucesso do investimento de 5 milhões de euros comprova-se pelos resultados obtidos no último ano, com um crescimento cerca de 300%. Ainda que verifique apenas 2% em volume, representa 11% em valor e este ano já verificou crescimentos de 108%.
Água ou refrigerante
Apesar de se encontrar no linear das águas, esta bebida, por razões legais, não pode ser considerada água. Rafael Pinto assegura que para a empresa está na hora de definir legalmente uma categoria justa para este tipo de produtos. “A lei em Portugal diz que uma água para ser considerada água mineral não pode ser manipulada. Assim uma empresa como a Unicer tem que engarrafar aquilo que sai da própria natureza. A partir do momento em que a manipula, não lhe podemos chamar água. Deveria haver uma categoria de águas enriquecidas, de águas com sabor, mas não há, e ao não podermos chamar água, temos que encontrar uma categoria possível. A única solução é considerar uma bebida refrigerante à base de água mineral natural. A verdade é que não nos sentimos mal com isso porque a Vitalis elegante é constituída por 97% de água mineral Vitalis, logo parece-nos adequado chamar água. Contudo, estamos a trabalhar na legislação no sentido de encontrar um espaço legal para fazer reflectir esta situação”.
Águas gasocarbónicas
O mercado das águas com gás também é uma preocupação constante da empresa que promete estar a trabalhar para desmistificar algumas ideias associadas à má disposição, assim como pretende fomentar o consumo deste produto às refeições. O portfólio da Unicer neste segmento é constituído pela Pedras Salgadas, líder no mercado, Melgaço e Vidago. Rafael Pinto explica que “são águas minerais naturais gasocarbónicas, ou seja estamos a falar de águas 100% naturais, em que o próprio gás é natural e muitas vezes o consumidor não tem essa noção”. O responsável avança ainda que “a evolução tem sido positiva, consideramos que em Portugal o consumo per capita é muito inferior comparativamente aos outros países da Europa e do mundo. De maneira que estamos interessados em alargar as ocasiões de consumo destas águas. As águas com gás no nosso País estão muito associadas a acompanhar o café ou a contribuir para a boa disposição digestiva. Acreditamos que é uma água que pelas suas características pode e deve ser consumida por prazer, assim como pode e deve ser consumida às refeições. Não há qualquer tipo de contra-indicação e é esse trabalho que estamos a desenvolver”.
Pelo facto de a água com gás estar erradamente associada a alguns problemas de saúde, a Unicer teve necessidade de fazer um longo trabalho, com o apoio de médicos nutricionistas e de várias pessoas conceituadas, enquanto ao mesmo tempo fez um árduo trabalho de investigação, para hoje em dia poder dizer ao público que mitos como “o gás calcifica ou faz mal aos rins”, são falsos e não têm que ser uma barreira ao consumo de água com gás. “Foi um trabalho de desmistificação, sentimos que eram travões ao consumo e por serem falsos queremos esclarecer o consumidor”, garante o responsável.
Águas rentáveis
No que se refere à distribuição desta categoria de produtos, Rafael Pinto sublinha que “por ser um segmento de mercado que atribuímos valor acrescentado, significa que o preço de venda ao público é elevado face a uma água regular. Elevado quer dizer que há mais margem na cadeia, logo é um segmento muito atractivo para as cadeias hiper e super. Hoje em dia há muita pressão, muitas marcas a competir. Apostar neste tipo de produtos é muito rentável para a grande distribuição. Seria muito gratificante se em 2010 conseguíssemos manter a quota de mercado em 50%”, remata o responsável.