Ânimos diferentes para empresas e consumidores

De acordo com os resultados do inquérito do INE (Instituto Nacional de Estatística) à conjuntura das Empresas e Consumidores, os consumidores portugueses não prevêem uma melhoria a economia nacional durante os próximos meses, demonstrando algum receio pelo aumento do desemprego e dificuldades na poupança de dinheiro. Os empresários, por sua vez, mostram-se confiantes na procura demonstrada pela clientela.

Desde Agosto de 2005 que a confiança dos consumidores não apresentava resultados tão baixos, voltando a manifestar dificuldades financeiras e um decréscimo na aquisição de bens duradouros como carros ou electrodomésticos. Ao contrário da vontade demonstrada nos últimos oito meses, a palavra de ordem é poupar.

A confiança dos comerciantes foi recuperada pelo segundo mês consecutivo com lojistas e grossistas a declarar que as suas perspectivas de encomendas a fornecedores melhoraram e não antevêem qualquer pressão relativamente à subida de preços.

O optimismo é partilhado pelas empresas prestadoras de serviços em consequência da melhoria na evolução da carteira de encomendas e da actividade corrente. Também os industriais demonstraram uma maior confiança durante o mês de Março. Segundo o INE, existiu uma melhoria na procura dos seus produtos pelo terceiro mês consecutivo, atingindo o melhor nível desde Agosto de 2004.

Relativamente às perspectivas de produção, o patronato industrial revela, também, um optimismo não atingido desde Maio de 2002.