Vinhos ibéricos

A realizar no final do mês de Novembro na capital espanhola de Madrid, a iberWine 2005 tem como objectivo impulsionar as vendas dos vinhos espanhóis e portugueses no mercado mundial. Esta será uma boa oportunidade para os produtores portugueses promoverem os seus néctares no mercado do país vizinho e compará-los em termos qualitativos.

Os dias 29, 30 de Novembro e 1 de Dezembro de 2005 verão a primeira feira de vinhos de carácter ibérico, com a realização da iberWine, em Madrid. Organizada pela Empório Ferial, a iberWine pretende ser um salto evolutivo a partir do tradicional Salão Internacional do Vinho que, em cinco edições anuais, consolidou a sua posição de liderança como feira do sector do vinho em Espanha.

Apresentada recentemente na Sala Ogival no Terreiro do Paço, em Lisboa, contando com a presença do presidente do Comité Organizador da Feira, Carlos Falcó, do presidente da ViniPortugal, Vasco d´Avillez, presidente do G7, Paulo Amorim, director-geral da Federação Espanhola do Vinho, Rafael del Rey e da directora comercial da iberWine, Sofia Palha, a associação das entidades portugueses foi classificada de importante para o sucesso do evento.

A organização da feira destacou a importância da associação dos produtores e distribuidores nacionais com a percepção de que a união entre Portugal e Espanha, representa uma produção superior à de qualquer outro país do mundo. A ideia de unir esforços para ocupar um espaço importante no mercado mundial, enfrentando assim a forte concorrência oferecida por países como a Austrália, EUA (fundamentalmente Califórnia), África do Sul e Chile, entre outros, foi explicada por Carlos Falcó com o facto de «pensarmos que a velha Ibéria seja talvez a melhor base para responder ao avassalador repto do Novo Mundo. Somos o Novo Mundo do Velho Mundo».

O responsável pela organização da feira considerou ainda que os dois países reúnem excepcionais condições de clima e solo para a produção de vinho, destacando também, a capacidade criativa dos viticultores, produtores e enólogos que estão a “criar” vinhos cada vez mais reconhecidos pela sua excelente relação qualidade/preço. «Está-se a viver, nos últimos anos, um autêntico renascimento, tanto em Espanha como em Portugal», referiu Carlos Falcó.

Por outro lado, os especialistas do sector diagnosticaram que o ponto fraco da cadeia se encontra na comercialização e no uso das ferramentas de marketing, ou melhor, na não utilização correcta destas, sobre as quais, aliás, a iberWine pretende actuar. O evento que pretende concentrar a produção de vinhos de qualidade de Portugal e Espanha, atraindo as mais importantes empresas importadoras, multiplicando ao mesmo tempo as oportunidade de negócios para quem vende e para quem compra, ainda não possui confirmação da presença de qualquer produtor português.