Olivier Establet, CEO da DPD Portugal

“A rápida evolução tecnológica a que assistimos, aliada ao cenário de sensibilização para a sustentabilidade e a importância de adaptar o modelo das cidades e comportamentos, em particular no que diz respeito aos hábitos de consumo, são temas a que o mercado deve continuar atento e nos quais deve investir”, considera Olivier Establet, CEO da DPD, em declarações ao Hipersuper. “É este o caminho que continuará a permitir a evolução das cidades e abrir portas para um futuro mais sustentável para o planeta”, defende, acrescentando que, aliado a isto, “é muito importante apostar na retenção de talento, porque só assim se conseguirá chegar ao objetivo final: a satisfação máxima dos consumidores”.

Entre os projetos que contribuem para a saúde do planeta e da empresa, destacam-se o investimento na descarbonização da frota e a expansão da rede de lojas Pickup, atualmente com 1.000 espaços, e da rede de lockers, com cerca de 200 cacifos espalhados por diferentes zonas do País. Através da rede de lojas e cacifos, a empresa “poupa recursos e reduz as deslocações”, uma vez que “concentra um conjunto de encomendas no mesmo ponto”, reduzindo as emissões de CO2, salienta o CEO.

A empresa anunciou recentemente um investimento de 28 milhões de euros para construir um hub em Loures. O novo entreposto visa dar resposta ao aumento do fluxo de encomendas e irá contar com uma máquina de triagem com um “sistema de crossbelt único em Portugal”, salienta Olivier Establet. O novo edifício terá, também, certificação Breeam Excellent, sistema de avaliação internacional desenvolvido pelo BRE (Building Research Establishment), que permite medir o grau de sustentabilidade ambiental dos edifícios e disponibilizará, ainda, 120 postos de carregamento elétrico.

Com conclusão prevista para 2023, o hub irá dar resposta em termos de entregas às zonas de Lisboa, Odivelas, Loures, Vila Franca de Xira, Mafra, Torres Vedras, Alenquer e Carregado.

Na área da descarbonização, a empresa conta atualmente com 127 viaturas elétricas em várias cidades do país. Em Lisboa, tem já com uma frota 100% elétrica, medida que será alargada a quatro novas cidades: Porto, Guarda, Évora e Viseu, passando a representar 18% da frota. “Em 2023, prendemos expandir este número para 208 viaturas verdes, o que irá representar 20% da frota total”, avança Olivier Establet.

A aposta na descarbonização e no alargamento das soluções de entrega ao segmento “out of home” irão permitir à empresa, por outro lado, reduzir os custos com a fatura da energia.

Na vertente da digitalização, a DPD tem vindo a investir na agilização da comunicação com os seus clientes, através de ferramentas que melhoram a conveniência e flexibilidade da experiência. São exemplos a app myDPD, na qual os e-shoppers podem acompanhar o trajeto das suas encomendas, assim como redirecioná-las sempre que necessário, e o DPD Now, um serviço, em parceria com a Stuart, através do qual os clientes podem escolher receber a encomenda no próprio dia com um prazo de entrega de uma hora após efetuar a compra ou programar a entrega até sete dias após a encomenda.

Além de simplificar os processos de encomenda e entrega, a empresa procura, através da tecnologia, melhorar a eficiência operacional. “O chatbot Maria permite que a informação flua de forma mais célere entre os clientes e a DPD e a funcionalidade You’re next, indexada ao Predict, permite aos eshoppers não só conhecerem a janela de uma hora da entrega da encomenda, como saberem que a mesma será entregue nos próximos minutos. Isto permite melhorar a taxa de sucesso à primeira tentativa de entrega e minorar o consumo de energia, já que reduz as deslocações dos nossos condutores”, exemplifica o gestor.