Ano arranca com sinais positivos para o setor do grande consumo em Portugal
O setor do grande consumo em Portugal iniciou 2025 com uma evolução positiva, marcada por maior confiança dos consumidores, novas dinâmicas de compra e um comportamento mais equilibrado face às marcas de distribuição.

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Os dados do Painel de Lares da Kantar, analisados com a Centromarca – Associação Portuguesa de Empresas de Produtos de Marca, revelam uma conjuntura de estabilização e adaptação, sustentada pela desaceleração da inflação.
Um dos indicadores mais relevantes prende-se com a redução das dificuldades financeiras sentidas pelos consumidores. A percentagem de portugueses com dificuldades na gestão do orçamento familiar desceu para 28%, menos 6,4 pontos percentuais face a 2024. Esta melhoria está a impulsionar o crescimento do consumo, tanto dentro como fora de casa, com destaque para um aumento de 4,8% no consumo fora do lar no primeiro trimestre do ano.
A coexistência e complementaridade entre os formatos de retalho está também em destaque. Cerca de 84% dos portugueses fazem compras tanto em lojas de Sortido Amplo como em Sortido Curto, demonstrando uma abordagem flexível e estratégica ao ato de compra. Enquanto as lojas de Sortido Amplo reforçam a sua proposta de valor assente na diversidade de marcas de fabricante (MDF), o crescimento das lojas de Sortido Curto continua, embora assente sobretudo na intensificação da compra por cliente, e não na perda de quota do formato concorrente.
“O que estamos a observar é uma evolução natural e saudável do mercado retalhista, onde diferentes formatos encontram o seu espaço e se complementam. Esta dinâmica cria um cenário win-to-win em que para um ganhar não é necessário que o outro perca, beneficiando não só os operadores, mas, fundamentalmente, o consumidor, que ganha em diversidade e opções de escolha”, refere Marta Santos, clients and analytics director da Kantar.
Apesar de as Marcas de Distribuição (MDD) continuarem a ganhar quota, o ritmo de crescimento abrandou. A sua expansão, mais notória no Sortido Amplo, resulta sobretudo da procura por preços mais acessíveis. Contudo, o estudo alerta para os riscos de um crescimento excessivo das MDD, que poderá comprometer o valor das categorias, sobretudo quando não é acompanhado por inovação ou diferenciação.
“Este início de ano positivo é um sinal encorajador para todo o setor. Para que este dinamismo se consolide, é fundamental que retalhistas e fabricantes trabalhem em sintonia, valorizando a oferta diferenciada e a inovação que as Marcas de Fabricante trazem, para que possam responder a um consumidor que procura ativamente qualidade e novas propostas”, conclui Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca.
Os dados de compra são baseados no Painel de Lares da Kantar, com uma amostra de 4.000 lares participantes, representativos de Portugal Continental, dispersos em mais de 1.000 Pontos de Sondagem, que declararam as suas compras no período em análise, com dados até ao dia 23 de março de 2025. Os resultados apresentados têm um nível de confiança de 95 %, com erro amostral associado de 1,96 %.