Produtos alimentares e bebidas impulsionam exportações em fevereiro

As exportações portuguesas cresceram 2,3% em fevereiro, lideradas pelo setor dos produtos alimentares e bebidas que registaram um aumento de 14,8% nas vendas para os mercados externos.

“Em fevereiro de 2024, as exportações e as importações de bens registaram variações homólogas nominais de +2,3% e +1,5%, respetivamente. De notar que esta é a primeira variação positiva das importações desde março de 2023”, revelam os dados do comércio internacional publicadas esta semana pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Para além do crescimento das exportações de produtos alimentares e bebidas em 14,8%, maioritariamente para Espanha, fevereiro registou ainda, face ao mês homólogo, um aumento de vendas de combustíveis e lubrificantes (15,2%), sobretudo para a Finlândia, e máquinas e outros bens de capital (6,0%), principalmente para a Alemanha. Em sentido contrário, houve uma queda nas exportações de fornecimentos industriais (-4,8%).

Já em relação às importações, aumentaram as compras externas de material de transporte (5,0%), bens de consumo (6,0%) e máquinas e outros bens de capital (4,5%). Por outro lado, houve um decréscimo nas importações de combustíveis e lubrificantes (-6,5%), “que reflete descidas nos preços (-16,8%), dado que em volume se registou um aumento de 12,3%”, indica o INE.

Mais exportações para Alemanha e Reino Unido

Em relação a janeiro, o crescimento das exportações foi de 0,5%. Em resultado destes dados, em fevereiro deste ano o défice da balança comercial atingiu 2.356 milhões de euros, tendo recuado 12 milhões de euros quando comparado com fevereiro de 2023, mas aumentado 673 milhões de euros face ao mês anterior.

Entre os principais países de destino das exportações portuguesas, os dados do comércio internacional divulgados pelo INE indicam o crescimento das vendas de bens para a Alemanha (+8,7%), sobretudo de máquinas e outros bens de capital, e para o Reino Unido (+18,5%), com destaque para material de transporte, maioritariamente automóveis de passageiros.

No que diz respeito às importações, destaca-se o acréscimo dos Estados Unidos (+41,5%), sobretudo combustíveis e lubrificantes, nomeadamente óleos brutos de petróleo e gás natural. Em sentido contrário, Portugal importou menos do Brasil (-44,7%), principalmente óleos brutos de petróleo.